Discurso durante a 195ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Alerta para os altos índices de desemprego entre os jovens de 18 a 20 anos.

Autor
Geovani Borges (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
Nome completo: Geovani Pinheiro Borges
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESEMPREGO.:
  • Alerta para os altos índices de desemprego entre os jovens de 18 a 20 anos.
Publicação
Publicação no DSF de 27/10/2011 - Página 44153
Assunto
Outros > DESEMPREGO.
Indexação
  • COMENTARIO, RELATORIO, AUTORIA, MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE), DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATISTICA E ESTUDOS SOCIO ECONOMICOS (DIEESE), RELAÇÃO, INDICE, AUMENTO, DESEMPREGO, JUVENTUDE, MULHER, NEGRO, OCUPAÇÃO, MERCADO DE TRABALHO.
  • REGISTRO, PRESENÇA, PLENARIO, SENADO, ATLETA AMADOR, ESTADO DO AMAPA (AP).

            O SR. GEOVANI BORGES (Bloco/PMDB - AP. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Srª Presidenta, Srªs e Srs. Senadores, prega a sabedoria popular, Senador Mozarildo Cavalcanti, que o futuro não vai bem se o presente vai mal.

            E a nos lembrar isso está o Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda 2010/2011, lançado esta semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - Dieese.

            As informações ali contidas são angustiantes ao apontar que metade dos jovens entre dezoito e vinte anos não consegue emprego formal neste País.

            O levantamento, dividido em seis tópicos, traça um quadro que precisa ser olhado com o máximo critério e determinação para transformar a desesperança em alguma forma real de estímulo.

            Foram ali analisados aspectos como: mercado de trabalho, intermediação de mão de obra, seguro-desemprego, qualificação profissional, economia solidária e juventude.

            E vejam que o Ministério do Trabalho, ao submeter à sociedade os resultados desses estudos, está dando uma inequívoca demonstração de compromisso com a transparência e a busca de meios para solucionar um problema que é real e que agrava, de forma terrível, outros problemas como, por exemplo, a questão da violência.

            Com relação aos jovens com menos de vinte anos, o Anuário é cruel, revelando uma taxa de desemprego assustadoramente alta.

            Mas existe luz no fim do túnel.

            O próprio diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, informa que, no geral, os dados mostram que há uma forte geração de empregos com carteira assinada e, consequentemente, redução do desemprego e da informalidade. Pelo menos em alguns setores favorecidos pelo crescimento, como o setor das cooperativas, que já somam mais de 25 mil no País, impulsionando a oferta de vagas. Mas esse quantitativo ainda não abrange os jovens, objeto de nossa preocupação neste breve pronunciamento.

            Esse mesmo diretor aponta, como exemplos mais representativos, o desemprego entre mulheres, negros e jovens. Ou seja, mais uma vez, como já temos registrado nesta tribuna, o desfavorecimento tem um perfil de sexo, de idade e de raça.

            A pesquisa apresentada pelo Ministério do Trabalho e pelo Dieese revela que há ainda um caminho muito longo para que mulheres, negros e jovens tenham uma participação mais igualitária do ponto de vista da ocupação e das condições de trabalho.

            Por isso nosso manifesto. Por isso nosso olhar sobre os dados revelados. Porque almejamos para todas as pessoas um sistema de proteção social adequado, e isso passa, incontinentemente, pelo emprego e pela renda.

            Segundo dados do Anuário, o desemprego entre os jovens de dezoito a vinte chega a 50%; entre as mulheres, são 11,1% (contra 6,2% entre os homens); e entre os negros, 10% (contra 7,3% da população branca e 9,1% da parda).

(A Srª Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. GEOVANI BORGES (Bloco/PMDB - AP) - Para o Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o Anuário é uma "fotografia numérica" do emprego em cada região.

            Eu prosseguiria no meu discurso, Srª Presidenta, mas como V. Exª já me alertou com a campainha, peço que seja dado como lido.

            Antes de encerrar, porém, quero aproveitar a oportunidade para registrar a presença em nosso plenário do atleta de cicloturismo, o Sr. Edmundo Falcão, lá do meu Estado do Amapá, e parabenizá-lo pelo trabalho que vem desenvolvendo em suas andanças pelo País, levando uma mensagem contra a violência e divulgando o papel importante que o esporte tem nessa sua luta. Edmundo pedalou durante um mês, de Macapá a Brasília, aqui passará dez dias, e pretende entregar uma carta à Presidenta Dilma relatando as suas experiências e o seu pensamento em prol do esporte e contra a violência.

            Parabéns, Edmundo, pela segunda vez. V. Sª conseguiu, como atleta, entregar uma carta ao Presidente Lula. Agora está tentando entregar outra carta, depois de toda essa caminhada, essa peregrinação em sua bicicleta, à Presidente Dilma. Desejo-lhe sorte e espero que a Presidenta o receba, a exemplo do que fez o Presidente Lula.

            Muito obrigado, Senadora Marta Suplicy. Agradeço a sua generosidade em relação ao tempo e concluo o meu pronunciamento da tarde de hoje.

 

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SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTO DO SR. SENADOR GEOVANI BORGES

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            O SR. GEOVANI BORGES (Bloco/PMDB - AP. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero aproveitar essa oportunidade, para registrar a presença aqui no Plenário, do atleta de ciclo turismo, Senhor Edmundo Falcão, do Estado do Amapá. Parabenizá-lo pelo trabalho que vem desenvolvendo em suas andanças pelo País, levando uma mensagem contra a violência e do papel importante que o esporte tem nessa sua luta. Edmundo pedalou durante um mês, de Macapá a Brasília, aqui passará dez dias, e pretende entregar uma carta a Presidenta Dilma, relatando as suas experiências e o seu pensamento em prol do esporte e contra a violência. Parabéns Edmundo!

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, prega a sabedoria popular que o futuro não vai bem, se o presente vai mal.

            E a nos lembrar isso, está o Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda 2010/2011, lançado esta semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - o Dieese).

            As informações ali contidas são angustiantes ao apontar que metade dos jovens entre 18 e 20 anos não consegue emprego formal neste país.

            O levantamento, dividido em seis tópicos, traça um quadro que precisa ser olhado com o máximo critério e determinação para transformar a desesperança em alguma forma real de estímulo.

            Foram ali analisados aspectos como mercado de trabalho, a intermediação de mão de obra, o seguro-desemprego, a qualificação profissional, a economia solidária e a juventude.

            E vejam que o Ministério do Trabalho, ao submeter à sociedade os resultados desses estudos, está dando uma inequívoca demonstração de compromisso com a transparência e a busca de meios para solucionar um problema que é real e que agrava de forma terrível, outros problemas como, por exemplo, a questão da violência.

            Com relação aos jovens, com menos de vinte anos, o anuário é cruel, revelando uma taxa de desemprego assustadoramente alta.

            Mas existe luz no fim do túnel.

            O próprio diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, informa que, no geral, os dados mostram que há uma forte geração de empregos com carteira assinada e, consequentemente, redução do desemprego e da informalidade.

            Pelo menos em alguns setores, favorecidos pelo crescimento, como o setor das cooperativas, que já somam mais de 25 mil no país, impulsionando a oferta de vagas. Mas esse quantitativo ainda não abrange os jovens, objeto de nossa preocupação nesse breve pronunciamento.

            Esse mesmo diretor aponta, como exemplos mais representativos, o desemprego entre mulheres, negros e jovens.

            Ou seja, mais uma vez, como já temos registrado nessa tribuna, o desfavorecimento tem um perfil de sexo, de idade e de raça.

            A pesquisa apresentada pelo Ministério do Trabalho e pelo Dieese, revela que há ainda um caminho muito longo para que mulheres, negros e jovens tenham uma participação mais igualitária do ponto de vista da ocupação e das condições de trabalho.

            Por isso nosso manifesto. Por isso nosso olhar sobre os dados revelados. Porque almejamos para todas as pessoas um sistema de proteção social adequado e isso passa, incontinentemente, pelo emprego e pela renda.

            Segundo dados do anuário, o desemprego entre os jovens de 18 a 20 chega a 50%.

            Entre as mulheres são 11,1% (contra 6,2% entre os homens).

            E entre os negros, 10% (contra 7,3% da população branca e 9,1% da parda).

            Para o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o anuário é uma "fotografia numérica" do emprego em cada região.

            E vai além!

            Serve como referência, como norte, para o traçar de políticas de emprego e qualificação dessas pessoas.

            Há pouco tempo eu falei aqui sobre as expectativas dos jovens do Amapá, que sonham, com coisas que tantos brasileiros já têm com muito mais naturalidade - o acesso à banda larga, à comunicação virtual eficiente, facilitando-lhes a vida, os estudos, o conhecimento. As desigualdades são, portanto regionais também.

            Mas eu, que somo no coro dos que acreditam na pujança desse país e na capacidade de enfrenta mento desses problemas, vislumbro a pesquisa como ponto de partida.

            Dias melhores virão. E conhecer a realidade é o primeiro passo para transformá-la.

            Era nosso registro.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/10/2011 - Página 44153