O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco/PSC - SE. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, hoje é um dia muito especial para o meu Estado, o Estado de Sergipe, para todos nós sergipanos, onde temos importantes conquistas a comemorar. A primeira delas é, sobretudo, a liberação de recursos da emenda de bancada por mim proposta ainda quando Deputado Federal para garantir a construção do Hospital do Câncer do meu Estado.

            Srª Presidente, no mês passado, precisamente no dia 14 de setembro, da tribuna desta Casa, fiz um pronunciamento falando de um sonho coletivo, sonhado por todos nós sergipanos, qual seja a construção do hospital especializado no tratamento de pacientes oncológicos.

            E eu bem sei o que é isso, como médico especialista no tratamento da dor, sobretudo da dor do paciente com câncer. E agora, felizmente, podemos começar a materializar este sonho. A esperança vira realidade.

            Neste momento, quero demonstrar toda a minha enorme gratidão a todos os que participaram da Caravana Unidos pela Vida, que começou sua peregrinação pelo Estado de Sergipe em março deste ano, no centro de Aracaju, e terminou em agosto, no alto sertão sergipano, como já falei, aqui, desta tribuna.

            Foram coletadas, durante a Caravana Unidos pela Vida, mais de 150 mil assinaturas, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, representando, verdadeiramente, os tijolos que, simbolicamente, já materializavam a tão sonhada construção do nosso hospital.

            A primeira batalha foi vencida com a indiscutível ajuda de todo o povo de Sergipe, mas a luta continua, e continuaremos caminhando juntos, até que o Hospital do Câncer de Sergipe seja, de fato, uma realidade.

            Agradeço aqui ao Ministro Padilha pela sua sensibilidade. Agradeço ao Governador de Sergipe, Marcelo Déda, ao Secretário, a todas as pessoas que, por meio de seus sites, apelavam para que realmente o Governo Federal entendesse que Sergipe não pode mais ficar sem uma unidade hospitalar como esta. 

            Em segundo lugar, Srª Presidente, quero falar sobre a sanção da Lei que cria o Pronatec, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, pela Presidente Dilma Rousseff, que teve a senhora como Relatora aqui nesta Casa, que ocorreu hoje no Palácio do Planalto.

            Serão criadas, até 2014, oito milhões de vagas em cursos de formação técnica - eu que fiz escola técnica anos atrás - e profissional para estudantes do ensino médio de escolas públicas e para trabalhadores; cerca de 5,6 milhões, para cursos de curta duração, destinados à qualificação profissional de trabalhadores; e outros 2,4 milhões de vagas para cursos técnicos voltados aos estudantes do ensino médio, com duração mínima de um ano. Serão investidos R$24 bilhões, ao longo dos próximos anos.

            Existem, no País, mais de três milhões de jovens, entre 18 e 24 anos, sem trabalho em função da falta de qualificação profissional, e todos nós sabemos que, sem educação de qualidade, não é possível existir uma base sólida de desenvolvimento.

            Por isso é que acredito e confio fortemente nesse programa, que oportuniza para todos os jovens e adultos a obtenção do conhecimento teórico e da prática necessária para que possam ingressar no mercado de trabalho, uma vez que, além de universalizar o ensino, investe na qualidade, na expansão e na interiorização.

            O Pronatec prevê que 30% dos recursos serão destinados à ampliação da oferta de educação profissional e tecnológica, sobretudo nas regiões do Norte e Nordeste, e reserva 5% das vagas para formação de pessoas com deficiência.

            Outra novidade importante é a parceria entre o Governo Federal e as prefeituras, que serão responsáveis pela participação da população adulta do Bolsa Família no programa. Estão sendo construídas cerca de 208 novas unidades de ensino federais de educação, ciência e tecnologia, sendo que, destas, 35 deverão ficar prontas ainda este ano.

            Foram também investidos cerca de R$1,7 bilhões na construção de 176 escolas técnicas estaduais, assim como na reforma, ampliação e compra de equipamentos de outras 543 unidades.

            Não podemos deixar de citar uma importante parceria que está sendo feita entre o Governo Federal e o Sistema S - Senai e Senac -, que só este ano irá ampliar a oferta de cursos profissionalizantes gratuitos para mais de 630 mil vagas.

            O Pronatec também irá financiar cursos técnicos em escolas privadas de educação profissional por meio do Fies - Fundo de Financiamento Estudantil, a exemplo do que é feito hoje com o ensino superior.

            Sem dúvida nenhuma, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, este programa é a maior reforma da educação profissional já feita em nosso País.

            Gostaria de aproveitar ainda a oportunidade para parabenizar, Sr. Presidente, os funcionários do Banco do Nordeste, que, finalmente, ontem, terminaram a greve em prol de seus direitos, e também a diretoria do Banco pela negociação que levou, na noite de ontem, ao fim da greve.

            Parabenizo, ainda, o grande empresário e amigo Adierson Monteiro, do nosso Estado, que, ano a ano, continua dando sua contribuição e hoje, mais uma vez, comemora um dia muito especial.

            Por último, Sr. Presidente, quero me congratular com os participantes do 9º Congresso Nacional dos Radialistas, que está sendo aberto, neste instante, em Aracaju.

            Em Sergipe, temos, como em muitos cantos deste País, desta Nação, o hábito - e, na Bahia, com certeza, não é diferente, Sr. Presidente - de ouvirmos frequentemente o rádio. São os radialistas que transmitem as verdades, que transmitem as notícias e muito contribuem para o desenvolvimento e a prosperidade da nossa Nação.

            Finalmente, Sr. Presidente, de forma muito emocionada, quero agradecer ao povo do meu Estado, ao Governo Federal, à Presidente Dilma, ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao Governador do meu Estado, Marcelo Déda, ao Secretário de Saúde, a toda a bancada sergipana, Deputados Federais, Deputados Estaduais, às pessoas que foram para a rua, que se manifestaram e que imploraram e pediram ao Governo Federal, ao Ministério da Saúde, que liberassem, finalmente, os recursos para que Sergipe tenha um Hospital do Câncer.

            Sr. Presidente, eu conheci as ruas mais distantes do centro da minha capital, Aracaju, Senador Eunício, dentro de uma Kombi de uma entidade que cuidava e tratava pacientes com câncer.

            Foi percebendo isso, notadamente vendo o sonho de muitos outros médicos profissionais, que já sonhavam, desde a década de 60, que Sergipe viesse a ter um Hospital do Câncer, para que o paciente oncológico, o paciente com dor por câncer e o paciente que, após tomar uma quimioterapia, tem o seu vômito, tem a sua náusea, tem os seus efeitos colaterais, não procurasse qualquer hospital de urgência, para que ele procurasse, sim, um hospital especializado, com profissionais preparados, profissionais sensibilizados e equipados, com instrumentos à mão, para aliviar o sofrimento e a dor de muitos. Hospital que, com certeza, atenderá não só a nós, sergipanos, mas também aos baianos, aos alagoanos, aos pernambucanos, porque é assim que fazemos. Nunca fechamos as nossas portas, sobretudo das nossas unidades hospitalares, para atender os irmãos que vêm de outros Estados, às vezes devido à distância, Sr. Presidente.

            Então, agradeço, mais uma vez, a enorme sensibilidade do Governo Federal, sobretudo do Ministro Alexandre Padilha, com esse grande pleito, com esse grande sonho, que começa a se materializar para o povo de Sergipe. Com certeza, muitas vidas serão salvas, muitas dores serão aliviadas e o povo de Sergipe agradece enormemente à Presidente Dilma e ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, por entender tudo isso e liberar emenda de bancada de nossa autoria, é lógico que com o apoio do toda a bancada sergipana, para que assim fizéssemos e assim pudéssemos, neste momento, aqui estar comemorando.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.