Discurso durante a 199ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Ponderações sobre as mais recentes informações da posição que o Brasil ocupa no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Autor
Geovani Borges (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
Nome completo: Geovani Pinheiro Borges
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE DESENVOLVIMENTO.:
  • Ponderações sobre as mais recentes informações da posição que o Brasil ocupa no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Publicação
Publicação no DSF de 04/11/2011 - Página 45382
Assunto
Outros > POLITICA DE DESENVOLVIMENTO.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, COMENTARIO, POSIÇÃO, BRASIL, REFERENCIA, CLASSIFICAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO, PAIS.

            O SR. GEOVANI BORGES (Bloco/PMDB - AP. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, permitam-me solicitar o registro nos anais desta casa, de algumas ponderações sobre as mais recentes informações da posição que o Brasil ocupa no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

            Elaborado anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o estudo mostra que embora o Brasil tenha subido uma posição - de 85° para 84°, entre 187 países - nosso país continua atrás de nações como Bósnia (74ª), Cazaquistão (68°), Kuwait (63°) e Trinidad e Tobago (62°).

            Ao mesmo tempo, vizinhos com economias bem mais., modestas, como Argentina (45ª) e Chile (44°), integraram, este ano, o seleto grupo de Estados com a mais alta qualidade de vida no mundo.

            Merece nossa reflexão porque o índice reflete uma das maiores preocupações e um dos maiores desafios do atual governo, que é a desigualdade social.

            A conta é cartesiana. O Brasil subiria 41 posições caso eliminasse as disparidades internas.

            Além da concentração de renda, responsável por 40% da desigualdade medida pelo IDHD, a educação é apontada como catalisador essencial para acelerar o desenvolvimento humano brasileiro.

            É verdade e é preciso que se diga que crescemos na última década, mas não o suficiente.

            Para termos idéia do tamanho do desafio, os brasileiros têm, em média, 7,2 anos de escolaridade, o mesmo número observado no Zimbábue, cuja posição no ranking do IDH é de 173°.

            Já no quesito expectativa de vida - que completa o tripé renda, educação e saúde, o Brasil subiu de 73,1 anos, em 2010, para 73,5 em 2011.

            Apesar do avanço destacado, a expectativa de vida dos brasileiros está bem abaixo não só dos primeiros colocados no ranking, como a Noruega, onde se espera viver 81 anos, como das nações com características semelhantes.

            Na Colômbia. por exemplo, a esperança ao nascer é de 73,7; na Argentina, de 75,9; e no México, de 77.

            Não podemos negar os avanços na saúde pública ao longo das últimas décadas. Mas a meta precisa ser perseguida com mais empenho.

            É preciso virar a página negativa da desigualdade em nosso país, e a melhor forma continua sendo a mais óbvia de todas as opções:

            A EDUCAÇÃO.

            A educação é o pilar que pode dar bases mais sólidas para a evolução do IDH brasileiro.

            Também reconhecemos nos programas de transferência de renda, empreendidos pelo ex-presidente Lula e defendido e aplicado com ardor pela Presidenta Dilma, uma nota de louvor.

            Mas vejam. mesmo esses programas. como o Bolsa Família. ainda não são bastante para causar impacto na redução das disparidades.

            Eles reduzem a pobreza extrema, mas não nos faz virar a página da desigualdade.

            Nosso apelo, nosso voto, nosso empenho e trabalho estão voltados para o alcance dessas metas. Por isso colocamos aqui em discussão os dados levantados que podem nortear a consolidação dessa caminhada.

            Era nosso registro. Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/11/2011 - Página 45382