Discurso durante a 204ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do transcurso, hoje, do Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento.

Autor
Jorge Afonso Argello (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/DF)
Nome completo: Jorge Afonso Argello
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Registro do transcurso, hoje, do Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento.
Publicação
Publicação no DSF de 11/11/2011 - Página 46950
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • REGISTRO, COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, CIENCIAS, PAZ, DESENVOLVIMENTO, PROMOÇÃO, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO A CIENCIA E A CULTURA (UNESCO).

            O SR. GIM ARGELLO (PTB - DF. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, vou usar a comunicação inadiável para fazer um registro que acredito ser muito importante. Não poderia deixar passar em branco na condição de Vice-Presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação do Senado da República. Hoje, dia 10 de novembro, por iniciativa da Unesco, comemora-se o Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento. É muito importante deixar esse registro.

            Quero aproveitar esta data especial, Srª Presidente, para chamar atenção para um trabalho formidável empreendido pela Unesco, que, desde 2011, celebra o Dia Mundial da Ciência, ciência essa que é muito importante. Podemos até usar como modelo o leite de rosas. Para extrair um litro de leite de rosas, é preciso esmagar cinco mil rosas, mas, quimicamente, pode se fazer uma essência dentro do laboratório, sem ferir a nossa natureza, aproveitando o discurso do Jayme Campos falando sobre Código Florestal.

            Então, queria que V. Exª aceitasse esse breve pronunciamento e o desse como lido para que eu possa, então, apreciar as palavras do nosso querido Jorge Viana.

            Era só esse o nosso comunicado.

            Muito obrigado, Srª Presidente.

 

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SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTO DO SR. SENADOR GIM ARGELLO

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            O SR. GIM ARGELLO (PTB - DF. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, hoje, 10 de novembro, por iniciativa da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura, mais conhecida pela sigla JJHE8CCL comemora-se o Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento.

            Como vice-presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia desta casa, não poderia deixar passar a data sem fazer uma menção especial aos muitos brasileiros que se dedicam à ciência, à pesquisa científica, que se esmeram para explicar o mundo e para melhorá-lo.

            Quero aproveitar esta data especial, senhor presidente, para chamar a atenção para um trabalho formidável empreendido pela UNESCO, que, neste 2011, celebra o Dia Mundial da Ciência adotando-o como o ponto máximo do Ano Internacional da Química.

            Aqui no Brasil, em comemoração a um e a outro, a UNESCO promoveu um concurso de trabalhos escritos e desenhos entre os estudantes brasileiros do ensino médio, que deveriam refletir sobre a importância da química em nosso cotidiano.

            Os dez melhores trabalhos, tanto escritos quanto desenhos, foram editados neste livro, entitulado "Química: nossa vida, nosso futuro". Quero de pronto e publicamente parabenizar a UNESCO e os profissionais envolvidos na avaliação dos trabalhos^ quem homenageio nas pessoas dos senhores~7flrton Lugarinho/ representante/da Secretaria de Estado da Ciência e da Tecnologia do Distrito Federal, e Gerson Mol, professor da Universidade de Brasília e representante da Sociedade Brasileira de Química.

            É do professor Mol, inclusive, a apresentação do livro. E, dele, peço licença para resumir um raciocínio prosaico e brilhante: sublinhando a indústria da perfumaria - para citar um dos casos em que a química está presente no nosso cotidiano -, o professor Mol relembra o desenvolvimento da síntese química no século 19. A partir dela, o ser humano permitiu-se produzir em laboratório substâncias só encontradas em pequenas quantidades da natureza.

            Tomemos o exemplo do óleo de rosa. Para se retirar da natureza um quilo dessa substância, necessita-se de nada menos do que cinco toneladas dessas flores. O processo não só torna-se proibitivo do ponto de vista de custo, quanto demanda grandes áreas de plantio. Ao permitir que o óleo essencial seja produzido em laboratório, a síntese química não só barateia os custos de produção -- e portando o preço para o consumidor - quanto dispõe grande vantagem do ponto de vista ambiental, ao poupar terra de ocupação pela indústria de cosméticos.

            Não quero me alongar, senhor presidente, mas não posso acabar o pronunciamento sem parabenizar os jovens brilhantes que participaram do concurso promovido pela UNESCO. Sintam-se abraçados todos os 20 estudantes brasileiros que tiveram seus trabalhos escolhidos pela comissão de avaliação.

            Sinta-se especialmente abraçada a Louys Lenne Martins da Silva, de 16 anos, aluna do segundo ano do ensino médio da Escola de Educação Básica e Profissional Fundação Bradesco, de João Pessoa, Paraíba. Ela teve o trabalho premiado com o primeiro lugar na categoria desenho, com sua ilustração entitulada "Mulheres e química, mistura perfeita de delicadeza e surpresa". Uma pena não dispormos aqui e agora de um telão para reproduzirmos as formas e cores absolutamente harmoniosas, graciosas, desenhadas pela Louys Lenne.

            Sinta-se também especialmente abraçada a Bárbara Sakamoto Ligero, de 14 anos, aluna do primeiro ano do ensino médio do Colégio Guilherme Dumont Villares, de São Paulo capital. Assim como sua orientadora, professora Maria Celeste de Souza. A Bárbara obteve o primeiro lugar com seu escrito entitulado "O papel da química no desenvolvimento". Que maravilha ver uma jovem de 14 anos pensando no desenvolvimento, senhor presidente.

            Peço licença à Bárbara para reproduzir umas poucas, porém brilhantes palavras das considerações finais dela no trabalho: "A humanidade parece ter percebido, finalmente, as conseqüências que alguns de seus atos trazem a longo prazo. Sendo impossível mudar o que já foi feito, procuram-se novos modos de progredir sem futuros prejuízos. Para isso, deve-se adquirir uma nova maneira de pensar em relação ao que pode ser usado".

            Amém, querida Bárbara.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/11/2011 - Página 46950