Pela Liderança durante a 214ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários acerca do cenário econômico mundial e apoio às medidas tomadas pelo Governo Federal para mitigar os efeitos da crise. (como Líder)

Autor
Francisco Dornelles (PP - Progressistas/RJ)
Nome completo: Francisco Oswaldo Neves Dornelles
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
ECONOMIA INTERNACIONAL. ECONOMIA NACIONAL.:
  • Comentários acerca do cenário econômico mundial e apoio às medidas tomadas pelo Governo Federal para mitigar os efeitos da crise. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 25/11/2011 - Página 48682
Assunto
Outros > ECONOMIA INTERNACIONAL. ECONOMIA NACIONAL.
Indexação
  • COMENTARIO, REUNIÃO, GRUPO, EMPRESARIO, RELAÇÃO, PAIS INDUSTRIALIZADO, PAIS EM DESENVOLVIMENTO, OBJETIVO, DISCUSSÃO, POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA, SISTEMA MONETARIO INTERNACIONAL, VARIAÇÃO, TAXA DE CAMBIO, FLUXO, CAPITAL ESPECULATIVO.
  • ELOGIO, DECISÃO, ECONOMIA, GOVERNO FEDERAL, OBJETIVO, REDUÇÃO, CRISE, FINANÇAS, REFERENCIA, DEFESA, INDUSTRIA, PAIS, LIMITAÇÃO, TAXA DE CAMBIO.

            O SR. FRANCISCO DORNELLES (Bloco/PP - RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª Presidenta, Srªs e Srs. Senadores, no início de novembro deste ano reuniu-se em Cannes, França, o G20, grupo do qual fazem parte as maiores economias do mundo. Em paralelo, foi realizada a cúpula empresarial dos países que o compõem, conhecido como o B20. O B20 é composto por presidentes de confederações empresariais e por 120 dirigentes de empresas globais. A delegação brasileira que participou do B20 foi chefiada pelo Presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade.

            Srª Presidenta, o cenário econômico mundial tem se deteriorado, com piora do quadro na zona do euro. A crise das dívidas na Europa tem produzido oscilações nas bolsas e levado as agências de risco a diminuir a nota de várias instituições bancárias e até de países. A taxa anualizada de inflação na zona do euro ficou em 3% em outubro, índice alto para os padrões europeus, enquanto o crescimento da economia ficou em apenas 0,2% no último trimestre. Analistas tendem a concordar que há risco real de que a Europa entre em recessão, caminho já trilhado por algumas de suas economias.

            O Governo brasileiro tem tomado decisões importantes para mitigar os efeitos da crise, como as medidas contidas no Plano Brasil Maior em defesa da indústria nacional e a redução da taxa Selic, com efeito especialmente benéfico sobre as contas públicas. A participação dos representantes no B20 deu-se contra esse pano de fundo.

            Srª Presidenta, além de concluírem pela necessidade de colaboração, em um ambiente em que as trocas internacionais consolidaram elos entre as economias, o B20 elaborou um extenso plano de trabalho, elegendo temas cruciais para a comunidade empresarial, alertando para um fato singelo, porém crucial: de que as empresas tanto dependem como podem também contribuir para a recuperação da economia.

            Temas como "comércio e investimentos", "governança global", "políticas econômicas", "prioridades sociais", "tecnologia de informação", "crescimento verde" e "sistema monetário internacional" estiveram sob o foco do B20 e, quanto a este último item, referente ao sistema monetário internacional, o Brasil participou no B20 sob a liderança do Presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson de Andrade.

            O eixo das discussões foi a volatilidade das taxas de câmbio e dos fluxos de capitais de curto prazo, procurando estimar os impactos sobre a alocação de recursos, a competitividade, os fluxos de comércio e os investimentos dos países afetados.

            Nesse cenário, um ponto de atenção para o Brasil diz respeito ao compromisso das grandes economias com políticas macroeconômicas responsáveis e com taxas de câmbio flexíveis, que respondam aos fundamentos macroeconômicos dos países. É preciso, portanto, atacar o problema das políticas de desvalorização cambial distorcidas, as quais comprometem o equilíbrio das contas mundiais gerando mecanismos compensatórios, como, por exemplo, formas mais ou menos explícitas de protecionismo.

            Algumas das sugestões do B20, entre elas o fortalecimento do FMI, parecem ter recebido a atenção dos principais dirigentes europeus. O grupo de trabalho coordenado, no caso do Brasil, pelo Presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson de Andrade, julgou ser imprescindível o “reforço do papel do FMI em suas funções de supervisão e apoio à coordenação das políticas macroeconômicas nacionais, aumento da transparência nos mercados financeiros e apoio ao desenvolvimento de mercados financeiros eficientes”. Não se esqueceu também da representatividade dos países membros, sobretudo os emergentes, na composição do capital votante e no organograma do FMI.

            Srª Presidenta, gostaria de destacar a importância dos trabalhos do B20, sua consolidação institucional e os excelentes resultados obtidos pela delegação de empresários brasileiros sob a liderança do Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a quem parabenizo pelo empenho e competência na defesa dos interesses empresariais do País naquele foro.

            O empresariado brasileiro está de parabéns pela sua participação no B20

            Muito obrigado, Srª Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/11/2011 - Página 48682