Discurso durante a 217ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Associação às homenagens prestadas ao Ministério da Aeronáutica e à Força Aérea Brasileira pelo transcurso dos 70 anos dessas duas instituições.

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Associação às homenagens prestadas ao Ministério da Aeronáutica e à Força Aérea Brasileira pelo transcurso dos 70 anos dessas duas instituições.
Publicação
Publicação no DSF de 30/11/2011 - Página 50519
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, REFERENCIA, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, MINISTERIO DA AERONAUTICA (MAER), FORÇA AEREA BRASILEIRA (FAB), REGISTRO, HISTORIA, INSTITUIÇÃO FEDERAL.

            O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é com muita satisfação que me associo às homenagens prestadas ao Ministério da Aeronáutica e à Força Aérea Brasileira, pelo transcurso dos 70 anos dessas duas admiráveis instituições.

            A reverência às nossas forças do ar, Senhor Presidente, além de ser extremamente justa - por tudo que elas sempre representaram e continuam representando para o País -, não deixa de ser, também, uma reverência a todo o povo brasileiro, que sempre levou às últimas consequências o sonho de voar da espécie humana.

            Não podemos esquecer, por exemplo, a enorme ajuda que prestou à concretização desse sonho o padre Bartolomeu de Gusmão, que em 1709 - portanto, há mais de trezentos anos -, construiu o que chamou de "um instrumento para se andar pelo ar", a passarola.

            E se fomos pioneiros na construção de um equipamento capaz de voar, também o fomos, é claro, no momento de levar aos céus um aparelho mais pesado que o ar. Quase duzentos anos depois, ou seja, em 1906, Santos Dumont voava no campo de Bagatelle com o seu 14-Bis.

            A partir daí, Srªs e Srs. Senadores, Srªs e Srs. Deputados, registra-se uma série de eventos bastante significativos.

            Em 1911, é criado o Aeroclube Brasileiro, que em poucos meses abrirá uma escola de formação de pilotos.

            Em 1927, voos do hidroavião Atlântico entre Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande, operados pela empresa Condor, inauguram a aviação comercial brasileira.

            Paralelamente ao início dos voos comerciais, Senhor Presidente, também surgem naquela época - final dos anos 20 - as primeiras discussões sobre a necessidade de criarmos um Ministério específico para o setor e uma força aérea única, juntando as já existentes aviações do Exército e da Marinha.

            As discussões ganham ainda mais força na década de 30, culminando com o lançamento de uma campanha para a criação do Ministério do Ar.

            o advento da Segunda Guerra Mundial, por fim, faz ver a nossas autoridades que a medida é urgente, inadiável, imprescindível.

            De modo que finalmente, em 20 de janeiro de 1941, o Presidente Getúlio Vargas assina o Decreto nº 2.961, que cria o Ministério da Aeronáutica e as Forças Aéreas Nacionais. Poucos meses depois, em maio, as forças recém-criadas recebem o nome definitivo: Força Aérea Brasileira.

            Desde então, Senhor Presidente, o que temos são 70 anos de muito patriotismo, de muita dedicação e de muita competência. Virtudes que só poderiam ser traduzidas - como, de fato, acabaram sendo traduzidas - em incontáveis conquistas e glórias.

            Não é o caso, evidentemente, de repetir todas essas conquistas e todas essas glórias, já ressaltadas pelos oradores que me antecederam.

            E que estão configuradas, por exemplo, tanto no heroísmo demonstrado por nossos combatentes da F AB - integrantes da Força Expedicionária Brasileira - nas refregas da frente italiana, como na competência científica e tecnológica que há tempos podemos observar nas instituições vinculadas ao Ministério da Aeronáutica e à Força Aérea Brasileira, como, entre outras, a Academia da Força Aérea, a Escola de Especialistas de Aeronáutica, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica, a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, o Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.

            O elo a unir tanto heroísmo e tanta competência, volto a insistir, é aquele cunhado pelo patriotismo, pela vontade de servir ao Brasil com todas as forças.

            Por tudo isso, Sr. Presidente, levo daqui meu afetuoso abraço às dezenas de milhares de profissionais - militares e civis, homens e mulheres - que dia após dia fazem a grandeza do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira, e que transformaram essas duas instituições em motivo de orgulho para todos os cidadãos do País.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/11/2011 - Página 50519