O SR. MAGNO MALTA (PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, queria fazer um registro muito importante.

            No sábado passado, tivemos, no Rio de Janeiro, um evento mundial, o Ultimate Fight no Brasil, com os olhos do mundo voltados para nós.

            Penso, de uma maneira particular - e V. Exª, que é um batalhador pelo Estado de Sergipe, na defesa da família e no enfrentamento às drogas -, que começamos, a partir desse momento, a escrever um momento novo no arrefecimento do uso e do abuso das drogas no País, com o avanço do esporte, com o crescimento do MMA no mundo, hoje esse mix de artes marciais que encanta o mundo e cresce mais do que o futebol.

            O mundo voltou os olhos para o Brasil no sábado. A fantástica luta de Anderson Silva, o Pelé do MMA no mundo; o ressurgimento da lenda Minotauro; o nocaute brilhante do Shogun e, com muito orgulho, faço um registro da presença de Paulo Tiago aqui conosco, policial do Bope que lutou sábado lá no UFC. Foi uma luta fantástica e emocionante.

            A entrada do Paulo Tiago foi uma apoteose, porque a música era a de Tropa de Elite, e 20 mil pessoas gritando: “Caveira! Caveira! Caveira!”

            Penso que seja uma coisa solidária a uma polícia que se fez respeitar no Brasil, que é o Bope, uma polícia em que o Rio de Janeiro confia, em que Brasília confia. E este atleta, Sr. Presidente, Paulo Tiago, ali sentado, recebendo os cumprimentos, ao lado do seu empresário Wallid Ismail, uma lenda do jiu-jitsu no mundo inteiro, uma referência no mundo inteiro.

            Aliás, com todo o respeito ao jiu-jitsu e aos Gracie, mas o Wallid foi o único atleta a ter vencido no mundo quatro Gracie; é conhecido no mundo como serial killer dos Gracie.

            Hoje, o esporte é confraternização, respeito, não é marginalizado como há alguns anos; é entendido como um esporte. Havia 20 mil pessoas, de uma geração saúde, lá dentro do HSBC Arena, no Rio de Janeiro.

            As academias estão cheias; os jovens, os adolescentes, encantados com atleta do porte de Paulo Tiago, que aqui se faz acompanhar pelo campeão olímpico de vôlei, o Pampa, medalha de ouro; por Wallid Ismail, essa lenda do jiu-jitsu, do moab; do Maurício. Mas quero abraçar o Paulo Tiago, e, fazendo isso, Sr. Presidente, abraço o Erick Silva, o nocaute mais rápido da noite: 35 segundos. Um menino do meu Estado do Espírito Santo, de Cobilândia; filho de um sindicalista, do Nunes, do nosso amigo Presidente da CUT. Tive o prazer e o privilégio de participar do treinamento dele, de dar parte do meu tempo puxando um treinamento de box para ele e de vê-lo nocautear de pé, na sua estréia. Um garoto pobre de Cobilândia. O Espírito Santo, na verdade, tem vocação para produzir campeões.

            Ver o resultado da luta do Paulo, o Yuri Marajó, daqueles que estavam começando - o Paulo Tiago já é uma lenda nos Estados Unidos - nos orgulha muito.

            Saio aqui do Senado, muitas vezes, às oito horas, às dez horas, e ainda vou à academia para, com muito orgulho, participar do treinamento de box do Paulo, um atleta absolutamente forte. E estive no corner dele, no Rio de Janeiro, nesse evento maravilhoso, olhando de perto, participando desse momento tão emocionante da vida do Brasil, quando os olhos do mundo se voltavam para nós.

            Paulo, eu quero agradecer o exemplo que você é para as nossas crianças. E espero que nós tenhamos outros Paulos Tiagos, outros Andersons Silvas, outros Minotauros da vida, que vão criar uma cultura nova de uma geração longe das drogas, de uma geração saúde neste País. E nós temos um celeiro aqui no País e, certamente, vamos exportar muitos lutadores ainda da qualidade do Sr. Wallid Ismail e de tantos outros. Este País vocacionado para vencer no esporte.

            Por isso faço este registro emocionado, feliz por tudo que aconteceu e com a presença do nosso querido Paulo Capitão Nascimento Tiago, do Bope, que arrebentou sábado lá no UFC, no Rio de Janeiro.