Discurso durante a 230ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Satisfação pela instalação de agência do Banco da Amazônia em São Miguel do Guaporé, no Estado de Rondônia; e outros assuntos.

Autor
Ivo Cassol (PP - Progressistas/RO)
Nome completo: Ivo Narciso Cassol
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Satisfação pela instalação de agência do Banco da Amazônia em São Miguel do Guaporé, no Estado de Rondônia; e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 16/12/2011 - Página 54251
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • REGISTRO, ELOGIO, INSTALAÇÃO, BANCO DA AMAZONIA S/A (BASA), MUNICIPIO, SÃO MIGUEL DO GUAPORE (RO), ESTADO DE RONDONIA (RO), IMPORTANCIA, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, SAUDAÇÃO, LIDERANÇA, INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, COMENTARIO, NECESSIDADE, INVESTIMENTO, SETOR, PRODUÇÃO, PAIS, OBJETIVO, DESENVOLVIMENTO NACIONAL.
  • REGISTRO, ENTREGA, SOLICITAÇÃO, AUTORIA, CONGRESSISTA, ESTADO DE RONDONIA (RO), OBJETIVO, LIBERAÇÃO, EMENDA, MELHORIA, REGIÃO, NECESSIDADE, AMPLIAÇÃO, AEROPORTO, REGIÃO NORTE.

            O SR. IVO CASSOL (Bloco/PP - RO. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente. Srªs e Srs. Senadores, é com alegria e satisfação que mais uma vez ocupo esta tribuna. Desta vez, é para fazer um agradecimento especial a toda a família. Quando falo família, são a diretoria e os funcionários do Banco da Amazônia, o conhecido Basa, especialmente na gestão do Presidente Abadia José de Souza Júnior, também do Superintendente Regional Wilson Evaristo, que foi superintendente por vários anos no Estado de Rondônia, e também do Superintendente em Rondônia, Valdecir José de Souza.

            Na época em que eu era Governador, até o ano passado, várias vezes encaminhei documento para o Ministério da Fazenda, para o Ministério do Planejamento e para o Basa, para termos agência de fomento em várias cidades-polo no Estado de Rondônia. Graças a Deus, as nossas solicitações foram atendidas, tanto na Ponta do Abunã, Extrema, como também na cidade de Jaru, que é a maior bacia leiteira do Estado de Rondônia.

            Há poucos dias também houve a inauguração da agência de fomento do Banco Basa na cidade de Pimenta Bueno, que é o polo de confecções, é o polo de cerâmica e é a cidade onde se fabricam as bicicletas Cairu. Foram homenageados nesta Casa tanto o Eugênio quanto o Flávio.

            Na última segunda-feira, tivemos a alegria de ter o Banco Basa também na cidade de São Miguel do Guaporé, no Vale do Guaporé. Ao mesmo tempo, essas agências vêm ao encontro para poderem atender especialmente os nossos pequenos produtores rurais, aqueles que tinham de se deslocar das cidades de Jaru, Jorge Teixeira, Theobroma, Vale do Anari, Mirante da Serra, Nova União para a cidade de Ji-Paraná ou para a cidade de Ariquemes.

            E muitos desses nossos agricultores, comerciantes e empresários sequer tinham acesso ao crédito a juros subsidiados. Agora, Jaru tem agência. Então, estamos de parabéns.

            Não é diferente com Pimenta Bueno, de onde as pessoas tinham de se deslocar para a cidade de Cacoal. Não é diferente da Ponta do Abunã, de Extrema, de onde os agricultores, produtores e comerciantes tinham de se deslocar 360 quilômetros, passando por uma balsa na rodovia que interliga Porto Velho ao Acre e a Rio Branco, para vir a Porto Velho, gastando mais de cinco, seis horas de viagem, para ter acesso ao crédito, para ter acesso a juros subsidiados.

            Da mesma maneira, todos os Municípios da BR-429. Tanto de Costa Marques como de São Francisco, de Seringueira, de São Miguel e de Brasilândia, as pessoas se deslocavam para cidade de Rolim de Moura para serem atendidas com crédito a juros baixos, para fomentar indústria, agricultura e o comércio.

            Graças a Deus, São Miguel do Guaporé, a cidade do nosso Prefeito Ângelo Pastório, recebeu, na última segunda-feira, uma agência. Desta vez, uma agência de fomento do Basa, para incentivar ainda mais aquela região.

            Mas quero aqui, além de parabenizar o presidente e o supervisor-geral Wilson Evaristo, parabenizo também o superintendente de Rondônia e solicito mais agências do Basa. Nós precisamos também urgentemente de uma agência do Basa na grande região de Ouro Preto, uma região rica, uma região que tem uma agricultura forte, que tem uma cafeicultura forte e que tem também uma bacia leiteira muito forte. Não é diferente da região de Presidente Médici, próximo à cidade de Ji-Paraná, onde a produção é muito grande, assim como de São Francisco do Guaporé, que praticamente margeia o rio São Miguel; o rio Guaporé na divisa com a Bolívia, cujos produtores têm de se deslocar em torno de 150 quilômetros de Costa Marques para poderem ter acesso, ainda hoje, na cidade de São Miguel.

            Então, essa é a nossa busca, essa é a nossa reivindicação. É a busca no dia a dia para fortalecermos ainda mais o setor produtivo do nosso Brasil, especialmente da região amazônica.

            Mas, além disso tudo, Sr. Presidente, quero dizer que a nossa Bancada de Rondônia, unida e integrada, trabalhou e esteve na Casa Civil, com a Ministra Gleisi Hoffmann, entregando solicitações para que sejam liberadas emendas de bancada, especialmente para fomentar o Estado de Rondônia.

            Muitos dos que estão nos vendo em Rondônia podem até estranhar: “Mas o Senador Cassol é um Senador de oposição ao Governo do Estado!” Eu sou oposição politicamente, mas administrativamente eu sou a favor do desenvolvimento e do progresso do nosso Estado.

            Nós não podemos, Sr. Presidente, Srs. Senadores, perder nenhum tostão. Nós temos de angariar todos os recursos possíveis para fortalecer o Estado. Assim trabalhamos para fazer a reforma e a ampliação do aeroporto de Ji-Paraná. Não foi diferente com um pedido da associação dos Municípios do Estado de Rondônia para comprar máquinas e equipamentos, mas, ao mesmo tempo, nós ficamos tristes.

            Eu fico triste, porque nós fomos beneficiados com uma emenda do anel viário, em 2009, na cidade de Ji-Paraná, quando o Estado de Rondônia estava sob o meu comando como Governador. O Ministério dos Transportes nos autorizou a fazer o projeto. Nós fizemos o projeto do asfaltamento do anel viário para tirar o trânsito pesado do centro da cidade de Ji-Paraná. Fizemos o projeto. Os recursos estavam empenhados no Ministério dos Transportes: R$12 milhões. Doze milhões: um empenho de dez e outro de dois. Infelizmente, a gestão da nova Rondônia, do Governo do Estado, perdeu o dinheiro por não ter equipe, não ter pessoas comprometidas.

            Aí, eu até fico, em momento de reflexão no final de ano, pensativo e analisando quando, muitas vezes, a gente ouve. A gente analisou um projeto, nesta semana, de empréstimo. Mas para que pegar dinheiro emprestado se a equipe nem competência tem para garantir os recursos que já estão assegurados, recursos colocados pelo Governo Federal?

            A ponte o Governo do Estado fez, Sr. Presidente, Srs. Senadores. Nós fizemos a ponte. Investimos em torno de R$20 milhões na ponte do anel viário de Ji-Paraná, com recursos próprios, ponte que foi inaugurada no ano passado. Mas, infelizmente, não tiveram competência sequer para fazer o aterro. Por que não pegaram esses R$12 milhões e fizeram o aterro? Não fizeram pelo menos o cascalhamento, para poder tirar o trânsito pesado?

            Infelizmente, perderam R$12 milhões, R$12 milhões, gente! Para muitos, parece pouco, mas para quem sabe administrar, para quem sabe fazer, é muito dinheiro.

            O anel viário de Ji-Paraná... Especialmente as nossas lideranças, vereadores e presidente da Câmara de Ji-Paraná, a sociedade, comerciantes, empresários, motoristas, proprietários de caminhões, quem não gostaria que fossem utilizados esses R$12 milhões para se fazer o aterro da ponte do rio Machado? Para se fazer o cascalhamento dos dez quilômetros que interligam esse anel viário, da entrada de Ji-Paraná, à esquerda, até a saída de Ji-Paraná para Porto Velho?

            Infelizmente, por falta de equipe, por falta de gestão, perderam os recursos.

            É difícil para nós, aqui, batermos de porta em porta nos ministérios, diuturnamente, para liberar algumas migalhas de reais. E é mais triste ainda vermos que, quando o dinheiro está para chegar ao Estado, por falta de licitação, por falta de contratar obras, perdem-se os recursos. E quantas empresas paradas! Quantas empresas do nosso Estado paradas porque não têm recursos, paradas porque há obras, infelizmente, precisando ser concluídas, e não há dinheiro. Quando se tem dinheiro, não foram contratadas.

            Vão dizer: “Culpado é o Cassol, que saiu”. Não! Eu preparei o projeto, estava pronto para ir para a licitação. Não fizeram. Mas esse cargo não me cabe mais.

            Mas cabe-me aqui, desta tribuna, dizer que perdemos. Sr. Presidente, R$12 milhões do anel viário de Ji-Paraná. Foram embora, foram cancelados; esses não voltam mais. A Ministra Miriam, do Planejamento, disse-nos, hoje: “Não tem como recuperar; não tem como recuperar”. A bancada até que tentou, unida, fazer isso, mas perdemos.

            Então, infelizmente, vou para casa, neste fim de semana, triste, porque Rondônia não pode desperdiçar R$12 milhões da maneira como foram desperdiçados.

            Agradeço a oportunidade, deixo o meu abraço, e quero, aqui, dizer aos prefeitos e ao Governo do Estado: trabalhem para não perderem recursos, porque o trabalho do parlamentar aqui é diuturno para conseguir essas verbas e, se os perder, quem perde é o povo, e quem sai no prejuízo é a população do nosso Estado, e a população da cidade de Ji-Paraná perdeu o anel viário porque a ponte está pronta, mas não fizeram o aterro. Portanto não há como passar e utilizar esse desvio, esse anel viário.

            Meu abraço.

            Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/12/2011 - Página 54251