Pronunciamento de Lauro Antonio em 19/12/2011
Discurso durante a 232ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Considerações sobre a necessidade de aumento da produção de fertilizantes para a redução dos custos da produção agrícola.
- Autor
- Lauro Antonio (PR - Partido Liberal/SE)
- Nome completo: Lauro Antonio Texeira Menezes
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA AGRICOLA.:
- Considerações sobre a necessidade de aumento da produção de fertilizantes para a redução dos custos da produção agrícola.
- Publicação
- Publicação no DSF de 20/12/2011 - Página 54719
- Assunto
- Outros > POLITICA AGRICOLA.
- Indexação
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- COMENTARIO, NECESSIDADE, AUMENTO, PRODUÇÃO, FERTILIZANTE, PAIS, MOTIVO, REDUÇÃO, CUSTO, PRODUÇÃO AGRICOLA, CUSTO DE PRODUÇÃO, ALIMENTOS, MERCADO INTERNO, IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, ESTADO DE SERGIPE (SE), RELAÇÃO, ATIVIDADE AGRICOLA, OBJETIVO, DESENVOLVIMENTO NACIONAL.
O SR. LAURO ANTONIO (PR - SE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, todos sabem que o Brasil é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. A nossa safra 2011/2012 de grãos deve chegar a 159 milhões de toneladas e a estimativa é que até 2019 a nossa produção agrícola seja ampliada em 40%. Dessa maneira, obviamente, precisaremos de uma maior quantidade de adubos.
E hoje já somos o quarto país em consumo de fertilizantes. Em contrapartida, produzimos apenas 10% dos insumos utilizados no agronegócio e na agricultura familiar. Isso porque importamos 90% das necessidades de potássio, 73% do nitrogênio e 50% do fosfato. Esses minerais são produzidos a partir do petróleo e são eles os componentes utilizados na formulação básica (NPK) dos fertilizantes.
O que nos impressiona, Srªs e Srs. Senadores, é que vivemos em um País rico em minérios. A Vale Fertilizantes tem negócios de fosfato e nitrogenados em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná. E toda produção de potássio no Brasil, iniciada em 1985, está alocada no Complexo Mina/Usina Taquari-Vassouras, no meu Estado de Sergipe.
Esse Complexo operado pela Companhia Vale do Rio Doce/Vale tem uma capacidade de produção de 750 mil toneladas/ano. Atualmente, a Companhia desenvolve o projeto Carnalita, localizado no Município de Maruim, que se encontra em fase avançada de estudo de viabilidade e implantação e, quando entrar em atividade, terá uma produção inicial estimada 1,2 milhão de toneladas anuais de potássio.
Já a empresa canadense Rio Verde começou sua campanha de pesquisa e sondagem na bacia de Sergipe, mais especificamente no Município de São Cristóvão, a quarta cidade mais antiga do País, em fevereiro deste ano. Esse é o primeiro de três poços previstos no Projeto Sergi. E apenas neste primeiro poço, o potencial de produção é de 600 milhões de toneladas de minério de potássio e deve começar a ser explorado nos próximos dois anos.
Entretanto, o Projeto Potássio Sergipe, da Rio Verde Minerals, é composto de 12 blocos para prospecção mineral distribuídos em 22 Municípios do Estado, tendo como projetos mais importantes o Sergi, Capela 1 e Rio do Sal.
Com tudo isso, o que podemos constatar é que Sergipe, além de ser o único produtor de potássio do País, guarda em seu subsolo a maior reserva desse mineral em todo o hemisfério sul.
Acreditamos que, num futuro próximo, despontaremos como polo de produção de fertilizantes capaz de atender a crescente demanda agrícola do País e reduzir as importações do produto. Isso certamente diminuirá os custos da produção agrícola, tornando o País, desse modo, ainda mais competitivo no mercado externo e barateando o custo dos alimentos no mercado interno, além de movimentar a economia do nosso Estado através da arrecadação de tributos e da geração de empregos diretos e indiretos.
Muito obrigado.