A SRª ANA AMÉLIA (Bloco/PP - RS. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) - Caro Presidente Senador José Pimentel, que preside esta sessão, Senadores, Senadoras, nossos telespectadores da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado, na última quinta-feira, neste mesmo plenário e nesta mesma tribuna, falei sobre os prejuízos gravíssimos que os temporais de granizo haviam causado no meu Estado na noite de quarta-feira.

            Até aquele momento, não se tinha ainda a clara noção, Sr. Presidente, dos estragos que esse acidente climático havia causado nas lavouras de toda a região da serra do meu Estado - a Serra Gaúcha, tão bonita neste Natal, que recebe milhares e milhares de turistas na região de Gramado. Os estragos causados pelo granizo foram violentos e prejudicaram não só a produção de uvas, mas boa parte das plantações de hortigranjeiros, pomares de frutas de clima temperado, como o pêssego e a maçã, e grande parte dos parreirais de uva, Senador Pimentel.

            Aquela é também uma região produtora de vinho, e o vinho faz bem à saúde, Senador Mozarildo Cavalcanti, quanto tomado moderadamente. É muito bom para a saúde, dizem os cardiologistas que um cálice de vinho à refeição é recomendável e a virtude está exatamente na moderação.

            Mas, em muitos parreirais, a chuva causou a destruição total, e os agricultores estimam que leve de duas a três safras para que as videiras voltem a dar frutos.

            Ontem, o Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Caio Rocha, conheceu de perto a situação do setor na região, prometendo, para esta semana ainda, uma resposta quanto ao auxílio que poderá ser concedido às famílias dos pequenos agricultores familiares que sofreram esses prejuízos decorrentes desse acidente clilmático, no caso, o fortíssimo granizo.

            Por isso, gostaria de agradecer ao Ministério da Agricultura, comandado pelo meu conterrâneo, o Deputado Mendes Ribeiro Filho, pela agilidade no envio de um emissário e de uma equipe, que pudessem conhecer o estrago causado pelo granizo.

            E também reforçar um SOS ao Ministro da Integração Nacional, Ministro Fernando Bezerra Coelho, para a necessidade de que seja levado auxílio, via Defesa Civil, sem caráter emergencial e inadíavel, urgente, aos produtores de toda essa região, que não podem ficar esperando pela burocracia, que, normalmente, se impõe nesses casos.

            Para se ter uma ideia, Presidente Mozarildo Cavalcanti, no Município de São Jerônimo, o Prefeito Marcelo Schreinert, mais conhecido como Pata, neste ano de 2011, teve três acidente climáticos, no início do ano, no meio do ano e agora. No primeiro caso, foram enchentes muito violentas, decretado estado de calamidade, de emergência, para a Defesa Civil, com toda a documentação, e agora esse granizo que destelhou muitas casas.

            Queria, em nome do prefeito, agradecer a agilidade que a Defesa Civil, no Rio Grande do Sul, do Governador Tarso Genro, teve em relação ao socorro, às pessoas que estavam totalmente desabrigadas e algumas vivendo de favor na casa de familiares.

            A agilidade da Defesa Civil, no Rio Grande do Sul, eu queria que fosse reproduzida também no plano federal, para que o Ministério da Integração liberasse algum valor desses prejuízos graves que ocorreram no início deste ano de 2011, mas, até agora, nem um tostão. Lá no Rio Grande, se diz: “nem um pila” foi liberado. Nem um pila, Senador Pimentel, é um tostão, é um real de dinheiro. Então, nem um pila foi liberado para os que sofreram.

            No caso de São Jerônimo, desde o início deste ano, essa é a terceira enchente, numa sequência de acidentes gravíssimos que afetaram não somente os moradores, mas escolas, templos, igrejas, comércio, lojas, indústrias. Enfim, não havia sequer telhas e a Defesa Civil providenciou. Por isso, faço este registro, reforçando esse SOS ao Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

            Claro, eu faço isso também em nome do Senador Paulo Paim e do Senador Pedro Simon, porque esta é uma causa que nós, gaúchos, temos de defender, pela urgência e necessidade.

            Muito obrigada, Sr. Presidente.