Pronunciamento de Valdir Raupp em 19/03/2012
Discurso durante a 31ª Sessão Especial, no Senado Federal
Comemoração do lançamento, pela CNBB, da Campanha da Fraternidade 2012, com o tema “Fraternidade e Saúde Pública”.
- Autor
- Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
- Nome completo: Valdir Raupp de Matos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.:
- Comemoração do lançamento, pela CNBB, da Campanha da Fraternidade 2012, com o tema “Fraternidade e Saúde Pública”.
- Publicação
- Publicação no DSF de 20/03/2012 - Página 7057
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- HOMENAGEM, CAMPANHA DA FRATERNIDADE, CONFERENCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB), REGISTRO, ANO, DEFESA, SAUDE PUBLICA, IMPORTANCIA, BUSCA, MELHORAMENTO, ATIVIDADE, AREA, SAUDE.
O SR. VALDIR RAUPP (Bloco/PMDB - RO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, desde 1964, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB, tem na Quaresma o momento para a Campanha da Fraternidade, haja vista que o período imediatamente anterior à Páscoa é tempo de pensar, examinar, refletir, enfim, de tecer considerações sobre as grandes questões que envolvam tanto a nós indivíduos, quanto nossas famílias e comunidades, bem como a sociedade brasileira de modo geral.
De tal maneira, o tema da Campanha da Fraternidade de 2012 é “A fraternidade e saúde pública”, cujo lema é “Que a saúde se difunda sobre a Terra”.
O tema é dos mais relevantes e poderia dizer central para a sociedade brasileira. A nossa constituição de 1988, a Constituição Cidadã, nas palavras do saudoso Ulysses Guimarães, concebeu um sofisticado sistema de seguridade social. Para tanto, entre tantas medidas, estabeleceu o SUS - Sistema Único de Saúde - planejado para garantir atendimento para todos os brasileiros, independentemente de qualquer tipo de contribuição prévia. Hoje, passados quase vinte e cinco anos, podemos verificar que se o atendimento é universal, falta avançar muito em direção ao atendimento de qualidade, ainda muito aquém daquilo que o brasileiro deve receber.
Neste momento da campanha, parece claro que o SUS acabou por não cumprir inteiramente seus objetivos. É o tempo, pois, de avançar no sentido de uma reflexão mais consistente sobre o que devemos fazer para aprimorar o sistema de modo a transformá-lo em padrão de referência mundial.
A questão, evidentemente, não diz respeito ao atendimento gratuito, haja vista que as nações desenvolvidas da Europa conseguem conciliar universalidade e qualidade. É preciso olhar para os modelos bem-sucedidos e importar, sem ter vergonha, o que lá foi bem-sucedido em termos de gestão.
Além disso, creio que este é também o momento para refletir sobre os objetivos específicos postos pela Campanha da Fraternidade da CNBB.
Dentre tais objetivos, gostaria de destacar o de “disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável”. As pessoas, de modo geral, não dão a devida atenção à prática de atos saudáveis. Isso é especialmente grave quando observamos que o Brasil enfrenta uma verdadeira epidemia de obesidade graças ao consumo de alimentos nutricionalmente pobres, mas ricos em calorias. Tal epidemia gera, como consequência, doenças do coração, diabetes, acidentes circulatórios e uma miríade de patologias que pioram sensivelmente os padrões de saúde de nossa gente.
Além disso, um estilo de vida sedentário se espalha também de maneira preocupante; menos atividade física leva a uma série de complicações na saúde. Pois bem, a prevenção, com melhor alimentação, melhor nível de atividade física e menor consumo de substâncias nocivas - como fumo, gordura e álcool - são o caminho para melhorar a qualidade de vida do brasileiro.
Espero que a Campanha da Fraternidade consiga sensibilizar os brasileiros, e espero que consigamos ter mais saúde por meio da prevenção e da adoção de hábitos saudáveis, o que constitui um dos objetivos da Campanha.
Obrigado à CNBB por essa meritória ação que anualmente tem colaborado para tornar o Brasil um país melhor.
Era o que tinha a dizer. Muito obrigado.