Discurso durante a 46ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem ao corpo de policiais legislativos do Senado Federal pelo transcurso dos 188 anos de sua criação; e outro assunto.

Autor
Inácio Arruda (PC DO B - Partido Comunista do Brasil/CE)
Nome completo: Inácio Francisco de Assis Nunes Arruda
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem ao corpo de policiais legislativos do Senado Federal pelo transcurso dos 188 anos de sua criação; e outro assunto.
Aparteantes
Rodrigo Rollemberg.
Publicação
Publicação no DSF de 28/03/2012 - Página 8376
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • REGISTRO, HOMENAGEM, POLICIA, SENADO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, COMENTARIO, IMPORTANCIA, CATEGORIA, CONGRESSO NACIONAL.
  • REGISTRO, HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PC DO B), COMENTARIO, IMPORTANCIA, DEMOCRACIA, PAIS.

            O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Claro. Sr. Presidente, apenas para um registro breve. Trata-se de prestar a nossa homenagem aos funcionários do Senado Federal, que exercem um papel, digamos assim, mais difícil, qual seja o de garantir a segurança da Casa: os policiais do Senado Federal. São policiais Federais que trabalham no Senado Federal. Esse corpo de funcionários completa 188 anos! Praticamente nasceu com o Senado Federal. Queria, então, que V. Exª pudesse receber, a fim de que ficasse registrado nos Anais da Casa, do Senado Federal, o tributo que nós oferecemos a esses profissionais do Senado Federal, que nos ajudam, que contribuem para que a Casa funcione permanentemente.

            Vez por outra temos de nos enfrentar aqui no Senado Federal, isso porque o Senador Paulo Paim, o Rodrigo Rollemberg, eu e outros convocamos, muitas vezes, reuniões com movimentos populares, com movimentos sociais, e, para poder segurar esse povo no Senado Federal, com as suas manifestações, que são garantidas constitucionalmente, muitas vezes temos que, praticamente, enfrentar a própria Polícia do Senado Federal. Todavia, é ela que garante que o nosso Senado Federal, Senador Rollemberg, possa funcionar diuturnamente, inclusive nas Comissões Parlamentares de Inquérito. Ali, eles nos garantem a segurança, trabalhando ligados diretamente aos Senadores, e, no caso das Comissões Mistas, aos Senadores e Deputados Federais.

            Concedo a palavra a V. Exª para que também possa prestar sua homenagem a esses profissionais.

            O Sr. Rodrigo Rollemberg (Bloco/PSB - DF) - Muito obrigado, Senador Inácio Arruda. Quero me associar a V. Exª nessa homenagem, nesse reconhecimento que V. Exª faz ao trabalho da Polícia Legislativa, extremamente profissional, extremamente competente. Queria também me associar e dar os parabéns. Mas quero aproveitar também e cumprimentar V. Exª e todos os dirigentes e militantes do Partido Comunista do Brasil pelo transcurso dos seus 90 anos de história, sempre em defesa do povo brasileiro. O Partido Comunista do Brasil é um irmão mais velho do Partido Socialista Brasileiro.

            Temos muito orgulho dessa convivência. Tenho certeza de que todos os militantes do PCdoB, como todos os militantes das causas democráticas, populares e socialistas do nosso País têm um orgulho muito grande da história do Partido Comunista do Brasil, que forjou muitos quadros que são exemplo e referência para todos nós que militamos na esquerda. Receba V. Exª, em meu nome e em nome de todos os militantes do PSB... Ontem, o nosso Presidente, Eduardo Campos, prestigiou a cerimônia de aniversário, a celebração dos 90 anos, mas eu não poderia deixar de fazer esse registro. Que V. Exª leve a todos os militantes do PCdoB o nosso carinho, a nossa admiração, pela história muito bonita, pela trajetória muito bonita e muito significativa em defesa do povo brasileiro e do Partido Comunista do Brasil!

            O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE) - Eu agradeço V. Exª. Veja que essa organização dos Policiais Legislativos Federais do Senado Federal também nasceu no mesmo dia, 25 de março. Portanto, foi uma coincidência. E ontem, como o dia foi ocupado praticamente pelo aniversário do Partido Comunista do Brasil, nós - eu, o Paim também já registrou essa data - fazemos esse registro importante dos profissionais que garantem... Ontem mesmo eles tiveram muito trabalho, porque - antigamente, na brincadeira se dizia que os comunistas não cabiam numa Kombi - ontem eles superlotaram o plenário do Senado Federal.

            Nós ficamos muito felizes, primeiro porque tivemos a presença do Presidente do PSB, Eduardo Campos, que disse que os comunistas não conseguiram filiá-lo, mas a formação política dele estava intimamente ligada à ação dos comunistas, em Pernambuco e nacionalmente, porque ele teve uma trajetória no movimento estudantil muito próxima da nossa turma da viração, sempre muito junto, muito unido. Acho que isso forjou também uma relação muito sólida entre nós, o Presidente do PSB e muitos militantes do PSB, no Brasil inteiro. Nós somos muito próximos, tanto que talvez a relação mais duradoura de uma instituição, no Senado e no Congresso Nacional, tanto na Câmara como no Senado, é a relação do PCdoB com o PSB, tanto que até hoje nós formamos uma frente, na Câmara Federal, do PSB com o PCdoB, que já incluiu o PDT. Já tivemos inclusive com o PT na mesma frente, na Câmara, e mantemos até hoje com o PSB.

            A mesma coisa ocorre aqui. Aqui nós mantemos uma frente que reúne o PSB, o PT e o PCdoB. Acho que, desde que atua no Senado, o PSB atua em frente com o Partido dos Trabalhadores, antes mesmo da eleição do Presidente Lula. Depois isso se fortaleceu mais ainda.

            Então, eu agradeço a manifestação de V. Exª, que é muito importante para nós. Ontem também falou aqui a líder do PSB, Senadora Lídice da Mata, e nós já tivemos a satisfação de tê-la entre os quadros do PCdoB. É tanto que, às vezes, na brincadeira, o pessoal conta os Senadores do PCdoB aqui no Plenário e alcançam os seis Senadores, porque aqui nós temos a Lídice da Mata, temos o Lindbergh Farias, temos a Gleisi Hoffmann e tivemos também, até pouco tempo, o João Pedro. Todos foram militantes e formaram-se nessa escola de política que é o Partido Comunista do Brasil.

            Então, eu agradeço, Sr. Presidente. Eu queria fazer este registro com V. Exª e agradecer, uma vez mais, a manifestação dos Senadores, no dia de ontem, nesta Casa. Muitos estiveram aqui e ficaram também satisfeitos com a sessão solene do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Era uma sessão conjunta do Congresso Nacional registrando a passagem dos 90 anos do Partido Comunista e da atuação dos comunistas no Brasil.

            Isso tem a ver com a história política. Talvez não tenha um partido que funcione hoje no Brasil que não tenha tido alguma relação de militância, de proximidade, com os comunistas. Pensando neste País desenvolvido, num país grandioso, num país industrializado, num país com o domínio da ciência e da tecnologia.

            Ainda ontem, anteontem, de domingo para segunda, eu vi o anúncio do Presidente Obama, lá na Coréia do Sul, porque eles estão lá numa conferência sobre a questão nuclear, na verdade é uma conferência para o desarmamento e não para a proliferação de armas nucleares, e ele anunciava que tudo faria para impedir que os coreanos do Norte conseguissem colocar um satélite no espaço, com os seus próprios meios.

            E eu me lembro que o Brasil, com este tamanho, com esta capacidade, com esta formação ainda não conseguiu colocar o seu satélite no espaço. Olha a batalha que se trava no mundo.

            Então, os comunistas estão ligados a essas causas. As causas do desenvolvimento, da ciência, da tecnologia, das conquistas sociais e das batalhas que nós travamos aqui pela redução da jornada de trabalho para liquidar esse tal fator previdenciário, que é um espinho na garganta dos trabalhadores até hoje e que nós precisamos resolver. É parte das nossas lutas comuns. E o Senador Paim é intimamente ligado a esta questão, como também o Assis, lá em Caxias do Sul, metalúrgico, Deputado Federal.

            Então, defendendo as nossas causas, com o nosso sentimento, com o nosso destemor em enfrentar as questões e as situações mais difíceis para defender a liberdade e a democracia, às vezes, temos que enfrentar as forças conservadoras, a direita brasileira, que sempre se armou contra a permanência da democracia, porque a permanência da democracia permite que as ideias mais avançadas também prosperem.

            Então, a nossa sessão de ontem foi um dia assim muito marcante para nós, e eu quero, Senador Paim, agradecer ao Congresso Nacional, por meio de V. Exª, por aquela sessão solene de homenagem aos 90 anos do Partido Comunista do Brasil.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/03/2012 - Página 8376