Pela Liderança durante a 47ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Ponderações sobre o restabelecimento da ordem no Estado do Pará; e outro assunto. (como Líder)

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL. POLITICA MINERAL.:
  • Ponderações sobre o restabelecimento da ordem no Estado do Pará; e outro assunto. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 29/03/2012 - Página 8626
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL. POLITICA MINERAL.
Indexação
  • APRESENTAÇÃO, DADOS, REFERENCIA, AUMENTO, NUMERO, EMPREGO, FATO, REDUÇÃO, VIOLENCIA, REGIÃO, ESTADO DO PARA (PA), MOTIVO, ATUAÇÃO, GOVERNO ESTADUAL.
  • APRESENTAÇÃO, SITUAÇÃO, PREJUIZO, ESTADO DO PARA (PA), MOTIVO, ATUAÇÃO, COMPANHIA VALE DO RIO DOCE (CVRD), REGIÃO, REGISTRO, IMPORTANCIA, FISCALIZAÇÃO, EMPRESA.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senhoras e Senhores Senadores, olho a Bandeira Nacional e leio “Ordem e Progresso”.

            Senador Paulo Paim, V. Exª, por muitas vezes,. assistiu a discursos deste Senador, discursos quase diários, falando sobre a situação do meu Estado.

            Hoje, venho a esta tribuna, Senador, dizer que o meu Estado tem ordem e tem progresso. Falei muitas vezes que o povo paraense caía nas ruas quase que diariamente, atingido por bala ou por faca.

            Não quero dizer com isso que a violência acabou. Mas quero dizer que a ordem, no meu Estado, começa a ser recuperada; que o progresso, no meu Estado, começa a ser recuperado.

Salve, ó terra de ricas florestas,

Fecundadas ao sol do equador!

Teu destino é viver entre festas,

Do progresso, da paz e do amor!

            Meu nobre Senador Cícero Lucena, essa é parte do hino do meu querido Estado do Pará, da minha querida Virgem de Nazaré. Fico feliz, fico alegre. A euforia começa a me contagiar quando vejo números que mostram a recuperação da nossa ordem e do nosso progresso. O Pará, após um ano de governo de Simão Jatene, é outro Pará, meu Senador Paulo Paim.

            Nós batemos um novo recorde, após um ano, na geração de emprego. No ano passado, foi o Estado do Pará o primeiro lugar do norte do Brasil na oferta de empregos com carteira assinada. Só em fevereiro foram 2.137 postos com carteira assinada. E mais, Senador Paulo Paim, na Grande Belém, 19.500 empregos com carteira assinada.

            É este Pará novamente da ordem e do progresso. É este Pará que sonhávamos. É deste Pará que queríamos falar sempre desta tribuna. É este Pará que hoje começa a respirar novamente ares de progresso.

            Batemos o recorde de emprego, em 2011. Em 2012, já batemos nos primeiros meses; e, até o final do ano, teremos novo recorde na geração de empregos.

            Na área de segurança pública, meu querido paraense, sabemos que ainda temos muito que caminhar, sabemos que ainda temos muito que trabalhar, sabemos que recebemos um Pará nas mãos dos bandidos, que tomaram conta do nosso Estado. Calcule meu querido paraense, para um carteiro entregar uma carta em um bairro de Belém era preciso pagar pedágio! Calcule meu querido paraense, que, para um servidor das Centrais Elétricas do Pará tirar a anotação da conta de luz nos bairros do Pará, era preciso pagar pedágio!

            A evolução dos crimes, a evolução de homicídios era assustadora. Quantas vezes eu vim aqui a esta tribuna com os jornais! Quantas vezes falei da evolução e do crescimento de assassinatos tanto no interior do Pará como na capital! Hoje, eu venho, com muita honra e com muito prazer, dizer que ainda falta muito, mas já começa a dar sinais de combate à violência no meu Estado.

            O latrocínio caiu 53%, em 2011; o homicídio doloso caiu 30%, em 2011; o roubo caiu 12%, em 2011.

            No Estado como um todo, o latrocínio caiu em 38%, paraense; o homicídio doloso, em 16%, paraense; e o roubo, em 11%.

            Volto a repetir, meu querido Pará: estamos longe de conseguir ainda aquilo que desejamos, que é acabar mais e mais com a violência no nosso Estado. Mas, para quem recebeu um Estado endividado, para quem recebeu um Estado devendo mais de R$700 milhões, para quem recebeu um Estado cheio de corrupção, para quem recebeu um Estado com uma violência brutal, ler esses números na tribuna do Senado significa um sinal muito forte do combate da violência no meu Estado.

Salve, ó terra de ricas florestas,

Fecundadas ao sol do equador!

Teu destino é viver entre festas,

            Do progresso, da paz e do amor

            É isso que estamos conseguindo, Pará. É isto que está voltando a ser conquistado, Pará, no nosso Estado: é a geração de emprego, é o combate à violência. São as obras que começam a fluir, que começam a acontecer. São as estradas melhorando.

            O Pará, em 2012, vai virar um canteiro de obras, porque já recuperou a sua economia, meu caro paraense. O Pará hoje tem recursos para fazer escolas, para construir hospitais, para recuperar estradas, para combater a violência.

            O Governo do Pará é sério. Se não fosse serio, não recuperava as finanças do Pará. Se não fosse sério, não pagava a dívida que foi deixada. Se não fosse sério, não teria dinheiro em caixa hoje para fazer as obras para o bem-estar social da comunidade paraense.

            Ordem e progresso, Senador Paim, é o que estamos conquistando novamente. Pena, Senador, que não contamos com parceiras, como com a Vale do Rio Doce. Essa empresa, Pará, vive há muito tempo em solo paraense. Quero mostrar uma foto aqui.

            Eu gostaria que a TV Senado mostrasse bem próximo ao paraense o que a Vale faz com o solo paraense. Quantos bilhões e bilhões em minério a Vale já retirou do nosso solo e não colabora com o nosso Estado.

            A Vale precisa ser fiscalizada. Este Senador vai pedir uma comissão de Senadores para fiscalizar a Vale in locu. Este Senador vai pedir o estudo de uma CPI que verifique as finanças da Vale. É uma quantia muito alta o que a Vale arrecada, o que essa empresa arrecada dos paraenses. A extração de ferro, ferro de qualidade, representa 70% do minério que a Vale explora no Brasil inteiro. O minério de melhor qualidade que a empresa tem é o ferro paraense. E essa empresa vira as costas ao Pará. Essa empresa não quer pagar o imposto sobre o que tira, sobre o que explora no solo paraense. Essa empresa, Pará, está entrando com um agravo no supremo Tribunal Federal para não pagar o imposto devido aos paraenses e devido ao nosso Estado.

            Olhe, Pará! Sabe quanto a Vale arrecadou no ano passado do solo paraense? O que representa mais de 50%: U$23 bilhões de dólares, mais de R$40 bilhões, e essa empresa nada fez pelo Pará até hoje. Precisamos nos reunir, paraenses, precisamos da união de todos os paraenses para fazer a Vale respeitar o nosso Estado, para fazer a Vale respeitar o nosso povo. Precisamos não deixar mais que os trens da Vale passem dentro do nosso território, levando nosso minério para outros Estados.

            Olhe, Pará, olhe como fica o solo paraense! Olhe o que a Vale faz no solo paraense! Olhe o que a Vale destrói no nosso Estado! Olhe como fica! Isso jamais será recuperado. Isso parece a primeira foto da Lua que vi na minha vida, aos dezoito anos de idade. E a Vale entra com mandado de segurança, entra com agravo no Supremo Tribunal Federal para não pagar os impostos do minério que explora no Estado do Pará.

            Essa empresa, paraenses, deve muito a nós! Essa empresa, paraenses, já devia ter o respeito devido a cada um de nós! Essa empresa, paraenses, explora, explora e vira as costas para o nosso Estado!

            O Pará hoje tem ordem e progresso. O Pará hoje pode cobrar daqueles que lhe estão devendo. O Pará hoje pode cobrar da Vale. O Pará de hoje é um Pará respeitado. O Pará de hoje é um Pará que tem representantes aqui nesta Casa que podem pedir uma investigação nas finanças da Vale. É isso que vou fazer e espero o apoio dos Senadores paraenses para que, juntos, possamos cobrar o direito de cada um de nós que nascemos naquela terra querida de Nossa Senhora de Nazaré.

            Salvem o Pará! Salvem, paraenses! Salvem o Pará, que saiu de um vulcão, que saiu da beira de um abismo, que começa a retomar o seu progresso, que começa a fazer com que o Pará, a partir deste ano, vire um canteiro de obras. Recuperamos as nossas finanças. Devemos ao Governador Simão Jatene a capacidade de recuperar o nosso governo, de recuperar as nossas finanças.

            Paraenses, estamos certos de que teremos mais hospitais. Paraenses, estamos certos de que teremos melhores estradas. Paraenses, estamos combatendo fortemente. Agora mesmo, contratamos mais três mil homens para colocar nas ruas. O que se vê em cada esquina, o que se vê em cada rua de Belém são homens fortemente armados, com viaturas, fiscalizando as ruas das nossas cidades. Paraenses, com certeza, retomamos o nosso progresso.

Salve, ó terra de ricas florestas,

Fecundadas ao sol do equador!

Teu destino é viver entre festas,

            Do progresso, da paz e do amor.

            Pará, recuperamos as tuas finanças. Pará, recuperamos o teu destino. Pará, saíste daquele vulcão. Pará, saíste de perto do abismo.

            Meus queridos paraenses, faço, pela primeira vez, o discurso mais longo em torno do meu otimismo em função do crescimento do nosso Estado, em função do otimismo e do bem-estar da sociedade paraense, tão sacrificada, tão maltratada pelo governo petista, pela Governadora Ana Júlia Carepa.

            Salve, ó Pátria amada. Salve, ó Pará.

            Muito obrigado, Senador Paim.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/03/2012 - Página 8626