A SRª MARTA SUPLICY (Bloco/PT - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Prezado Presidente do Congresso, Exmº Sr. José Sarney; Presidenta da República Federativa do Brasil e agraciada, Dilma Rousseff; Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Marco Maia; Vice-Presidente da República do Brasil, Sr. Michel Temer; 1ª Vice-Presidente da Câmara dos Deputados, Deputada Rose de Freitas; Presidente do Conselho do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz e requerente da presente sessão, Senadora Vanessa Grazziotin; representante da Bancada feminina na Câmara dos Deputados, Deputada Benedita da Silva; e Ministra-Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Srª Eleonora Menicucci, Presidenta e caras agraciadas, Srª Rosali Scalabrin, Maria Prestes, Ana Alice Alcântara Costa, Eunice Michiles, é uma honra hoje nós estarmos aqui com todas vocês, principalmente com a Presidenta Dilma, uma das agraciadas, porque Bertha Lutz para nós, mulheres, é realmente uma luz, uma luz que foi a luta deste País para conseguirmos o direito ao voto. E se me fosse perguntado hoje quem representa, qual o movimento, qual a figura mais importante, a ação mais importante que tivemos neste País para a mulher, eu diria que foi o direito a voto, conquistado em 32 - e Bertha Lutz foi a grande inspiradora desse movimento -, e a eleição da primeira Presidenta da República, Dilma Rousseff. Isso, Presidenta, porque o voto nos deu a categoria de cidadãs plenas, mas a eleição da primeira mulher Presidenta teve um efeito muito forte de duas formas. A primeira, nós já vemos no primeiro ano da eleição de Vossa Excelência, quando temos 10 Ministras - partimos nas últimas gestões, de 3, 5 e agora temos o dobro. Além do impacto que isso está tendo, não só aqui nesta Casa, com a minha eleição para Vice-Presidenta, mas na Câmara, com a eleição de Rose de Freitas; e também no Senado, temos hoje uma Diretora-Geral. Abriu-se uma avenida para nós, mulheres, também no campo privado.

            Mas mais que tudo, Presidente, é no simbólico que tenho esperança, o simbólico de todo dia esta Nação ver uma mulher como Chefe da Nação, como a maior autoridade do Brasil; isso vai ter um impacto também muito grande no imaginário das meninas.

            Outro dia, nós tivemos aqui a entrega do Projeto de Pró-Equidade de Gênero e Raça, já do Governo de Vossa Excelência, que o Senado aderiu, e eu falava que as meninas, talvez daqui a pouquinho, não vão mais brincar só de boneca, elas vão brincar de Presidenta. Acredito que isso vai acontecer. Não vai ser mais o cavalo que passará com o cavaleiro para levar a princesa; as mulheres vão ter autonomia, confiança, independência, força, e vão ter um companheiro igual a elas. Esse é nosso futuro. E aí, para minha surpresa, uma jornalista perguntou para a minha netinha de 8 anos, que estava junto: “Você brinca de Presidenta?”. Ela olhou meio desconcertada e falou: “Eu não, eu brinco de eleita”. (Palmas.)