O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PTB - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Deputada Benedita da Silva, senhores e senhoras aqui presentes, na verdade eu poderia falar muito, se não fossem apenas três minutos, sobre as mulheres. Até porque eu sempre digo que a mulher inteligente consegue fazer com que o homem pense que ele comanda sem estar comandando. Digo isso por experiência própria, porque vivo com a mesma mulher há 52 anos, e o mérito é todo dela.

            Sou ginecologista obstetra e quero dizer que admiro muito as mulheres em todos os aspectos. Não preciso ressaltar o quanto elas são mais do que nós. São capazes de gestar, de terem filhos, de amamentarem, e nós estamos longe de aquilatar o valor de tudo isso.

            Mas muito mais importante, ou igualmente importante, tem sido a participação das mulheres, desde quando Getúlio Vargas, do meu PTB, deu às mulheres o direito de votar. E vemos esse avanço na vida pública, no cenário nacional. O Brasil, eu tenho certeza, vem comandando essa evolução das conquistas das mulheres.

            No mundo todo, nós temos, desde a pré-história até aqui, a presença de mulheres guerreiras como Joana d’Arc, como Cleópatra, cientista como Madame Curie; no Brasil, tivemos inúmeras outras. Mas é importante que hoje a mulher realmente participe mais da vida pública.

            Aqui foi falado muito sobre a questão da eleição das mulheres. Enfrento um problema, como presidente do partido, lá em Roraima, de nunca conseguirmos ter os 30% que a lei manda que sejam dedicados às mulheres ou aos homens, no caso de as mulheres serem a maioria. Mas talvez seja compreensível, porque ainda persistem, no seio das famílias, no seio da própria sociedade, dificuldades enormes para que a mulher, de fato, possa se dedicar à vida pública. Mas todas que se dedicam têm mostrado o quanto são importantes. Temos o exemplo aqui da primeira Senadora eleita, Senadora Eunice Michiles, e da própria Presidente Benedita da Silva, com quem tive oportunidade de conviver.

            É muito importante ter não só a capacidade, mas a sensibilidade que a mulher tem e que muitas vezes falta ao homem no trato da coisa pública. Portanto, eu não poderia deixar de fazer aqui a minha homenagem a todas as mulheres do Brasil, especialmente a minha mãe, que completa 88 anos no mês que vem, a minha esposa, com quem, como já disse, convivo há 52 anos, as minhas filhas e as minhas netas. E principalmente às mulheres da Amazônia e do meu Estado de Roraima.

            Muito obrigado.