Discurso durante a 48ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

– Destaque ao sucesso da cooperativa alagoana de Pindorama.

Autor
Benedito de Lira (PP - Progressistas/AL)
Nome completo: Benedito de Lira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COOPERATIVISMO.:
  • – Destaque ao sucesso da cooperativa alagoana de Pindorama.
Aparteantes
Ana Amélia, Ana Rita, Eduardo Suplicy, Lídice da Mata, Wellington Dias.
Publicação
Publicação no DSF de 30/03/2012 - Página 8782
Assunto
Outros > COOPERATIVISMO.
Indexação
  • HOMENAGEM, COOPERATIVA AGROPECUARIA, ESTADO DE ALAGOAS (AL), APOIO, INVESTIMENTO, ENTIDADE, PROJETO, CONSTRUÇÃO, INDUSTRIA, SUCO NATURAL, LATICINIO, IMPORTANCIA, COOPERATIVISMO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, FORTIFICAÇÃO, PEQUENO AGRICULTOR, AGRICULTURA FAMILIAR.

            O SR. BENEDITO DE LIRA (Bloco/PP - AL. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores, na tarde de hoje, venho a esta tribuna para tratar de um assunto que reputo da maior importância para este País e que ainda não tem a abrangência que todos nós desejamos.

            Em 1953, década de 50, aportava em Alagoas um homem oriundo de outros países, como a Suíça e a França, e que se dirigiu ao litoral sul do meu Estado. Lá chegando, ficou impressionado, Sr. Presidente, com o êxodo rural. Então cuidou de trabalhar na direção de criar uma cooperativa, a fim de proporcionar melhores condições para aquelas pessoas que saíam da zona rural para a cidade e não tinham como ali viver com dignidade. E nos idos de 1956, nasceu a cooperativa da Pindorama, localizada na região sul do meu Estado, nos Municípios de Penedo, Coruripe e Feliz Deserto.

            Sr. Presidente, assim se formou a maior cooperativa agropecuária do Nordeste brasileiro, um empreendimento coletivo que acredita na força do homem do campo. Está localizada, repito, nos Municípios de Penedo, Coruripe e Feliz Deserto, na região sul do Estado de Alagoas, numa área de aproximadamente 30 mil hectares, onde cerca de 30 mil pessoas vivem do cultivo da terra de forma racional e com tecnologia moderna.

            A atividade desenvolvida pela cooperativa é a agricultura e a pecuária. Naquela região, 90% da terra é absolutamente agricultável. Como Alagoas tem vocação para o turismo e é um Estado pequeno, mas que, na verdade, até pouco tempo representava o segundo maior produtor de açúcar e álcool do Brasil, o que fez René Bertholet, um suíço francês? Adquiriu essa área através de doação do governo, que hoje tem aproximadamente 30 mil hectares, e instruiu aqueles agricultores a começarem a plantar a cana-de-açúcar e a fruticultura.

            Aquela cooperativa, Sr. Presidente, fez nascer uma coisa inédita na história deste País e acredito que até do mundo: uma usina que não tem dono, não tem usineiro - por trás dela não tem usineiro, figura conhecida no Brasil como proprietário das usinas que fabricam açúcar e álcool.

            Ele incentivou as pessoas a terem aquela usina. O dono era o trabalhador, o operário. E aquela instituição hoje tem 1.100 associados que cuidam da terra, produzindo cana e levando para a usina, que fabrica açúcar e álcool.

            Achando pouca essa atividade, eles enveredaram pelo caminho do plantio de frutas, tornando aquela instituição autossuficiente na produção de sucos. Quando se fala em Pindorama, leva-se em consideração o suco de maracujá, que foi o primeiro suco fabricado naquela cooperativa. Depois, então, eles estenderam para outros sabores.

            Hoje, Sr. Presidente, a cooperativa de Pindorama quebra cerca de cinco mil toneladas de cana ao dia, para produzir 330 mil litros de álcool anidro e hidratado. Além disso, produz seis mil sacos de açúcar diários.

            Em 2003 nasceu a usina para a produção de açúcar. Naquela oportunidade foi feito um investimento da ordem de R$13.800 milhões. Há de se perguntar: foram recursos do governo ou recursos financiados? Não, recursos da economia do trabalho, recursos próprios daquela instituição.

            Pois bem, Sr. Presidente, atualmente ela produz diversos tipos de refrescos, inclusive o refresco em pó. Quer dizer, a cada dia que passa, ela melhora a qualidade do seu serviço e utiliza tecnologia de ponta.

            Há uma coisa, Sr. Presidente Paim, que é natural, que está acontecendo hoje, meu querido Senador Wellington Dias. As empresas familiares estão, gradativamente, dividindo-se. O que é de extraordinária recepção é que não há briga entre os 1.100 sócios. Não há briga. Eles não brigam. Muito pelo contrário, brigam para que sua indústria, dia a dia, possa se fortalecer cada vez mais.

            Lembro-me que, há algum tempo, houve crises, o que é natural nessas instituições. Eu era Deputado Estadual e procurei participar do dia a dia para ajudar a instituição a não fechar suas portas. Hoje, ela dispõe de uma média de 900 empregos fixos. No momento da moagem, ela contrata mais 1.300 empregados. E com a atividade permanente dos filhos, das mulheres e dos donos da usina, a média total chega a 12 mil pessoas, são 12 mil empregos direitos. É algo extraordinário!

            Quando eu conversava com os diretores da instituição, lembrei-me de V. Exª, Senador Wellington. Em nossas caminhadas diárias, V. Exª me fez ver o resultado do que realizou no Estado do Piauí, que hoje, para a alegria dos brasileiros, dos nordestinos, é o maior produtor de castanha de caju do Brasil e, sem dúvida nenhuma - acredito -, também o maior produtor de mel. Isso foi alçando por meio do cooperativismo.

            Hoje, o que acontece na Pindorama? A indústria de suco está produzindo cerca de duas mil caixas de 24 garrafas de 500 ml por dia. Há os derivados do coco. Com ele, ela produz o leite de coco e, com o bagaço, faz o doce. Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a indústria produz uma média de 500 caixas de 24 garrafas de 500 ml por dia e 700 quilos por dia de coco ralado.

            Outro segmento que está também tendo muita prosperidade é o laticínio. Eles estão tentando transformar aquela região sul do meu Estado numa bacia de leite importante, uma bacia leiteira. Para isso, na semana próxima passada, visitou aquela cooperativa o Ministro da Integração Nacional, o Sr. Fernando Bezerra, que não conhecia aquela estrutura. E ficou entusiasmado.

            Certo dia, eu conversava com ele no seu gabinete de trabalho, onde levei o presidente da cooperativa, Dr. Klécio, e lá nós fizemos uma solicitação, uma reivindicação ao Ministro, que era exatamente a construção de uma indústria para transformar o leite em leite em pó. E nós vamos fazer isso. O ministro se comprometeu. A Pindorama dá toda a estrutura.

            Inclusive, fomos mais além. No meu Estado, mais precisamente no vale do rio São Francisco, lá no Marituba, banhando a margem do rio São Francisco, tem um projeto de irrigação da Codevasf que não está praticamente funcionando. Eu, então, disse ao Ministro Fernando Bezerra que seria interessante que ele pudesse passar para a cooperativa 2.000 ha a fim de que ele pudesse implantar ali uma bacia leiteira.

            Hoje, na cooperativa, por exemplo, ele recebe uma média de 10 mil litros/leite/dia, que é o leite produzido pelos trabalhadores na própria atividade. O leite vem lá da cooperativa da Pindorama, onde eles produzem não só o laticínio, o suco, o açúcar, álcool. Agora, está sendo criada uma tangência paralela, que é dar ocupação às senhoras, às esposas, às mulheres dos trabalhadores donos das usinas, através da costura. Para os jovens está sendo feito um projeto para que eles possam aprender a plantar pimenta. Já estão plantando, produzindo e levando para uma indústria em Maratá, no Estado de Sergipe.

            Essa atividade, essa ação de organizar as pessoas, tem sido da maior importância, e é bom que o Governo da Presidente Dilma, nobre Presidente, comece a analisar este caminho: dar a primeira atenção àqueles que, na verdade, estavam fora de qualquer tipo de participação na riqueza do País, através dos programas sociais criados na época do Presidente Lula, com o incremento do Bolsa Família. Agora, está criando o Brasil Sem Miséria.

            Mas é preciso cuidar dessa ação, organizar as pessoas, dar oportunidade, com a tecnologia que temos, com a boa vontade das pessoas e com esse exemplo de cooperativa que temos no meu Estado de Alagoas.

            O Sr. Wellington Dias (Bloco/PT - PI) - Pediria um aparte a V. Exª.

            O SR. BENEDITO DE LIRA (Bloco/PP - AL) - Espero que isso possa, na verdade, melhorar a vida das pessoas, e de todas as pessoas deste País, que precisam realmente dessa ação coletiva.

            Concedo o aparte, com muita alegria, ao eminente Senador Wellington Dias, que vai, realmente, contar ao Brasil a experiência que está tendo no Estado do Piauí. Ouço, com muita alegria, V. Exª.

            O Sr. Wellington Dias (Bloco/PT - PI) - Com o maior prazer, meu querido Senador Bendito de Lira, meu querido Presidente Paulo Paim. Primeiro, fico triplamente feliz aqui. O relato entusiasmado que V. Exª faz, com uma experiência - parece-me, já, em torno de 40 anos - da cooperativa Pindorama. Feliz também, além do seu entusiasmo, por ser em Alagoas. Alagoas tem tantas vitórias importantes, mas, a exemplo do meu Estado e de outros Estados, ainda tem muitos desafios a enfrentar na área social. Vejo e destaco aqui o esforço de V. Exª, de tantas lideranças lá e também dos movimentos sociais nessa vertente do cooperativismo. Quero destacar ainda o fato da diversificação; ou seja, começa dando certo a partir da cana-de-açúcar que, normalmente, inclusive em Alagoas, é uma atividade típica dos grandes, dos usineiros, como conhecemos, sendo feita por pequenos. Um conjunto de pequenos - V. Exª me dizia -, com alguns hectares de cana, que abastece uma base industrial, produz álcool e agora está caminhando para a produção do açúcar, garantindo um retorno que tira essas pessoas da miséria, da pobreza, enfim, numa região que muito precisa. Agora, caminha com esse mesmo modelo, com essa experiência para outras áreas. Fico feliz em ver aí a fruticultura. Vejo agora o esforço nessa área da bacia leiteira, na área vinculada à pimenta. Aliás, em Campo Maior, no Piauí, o Prefeito Paulo Martins está com essa ideia da produção e industrialização da pimenta. E também a oportunidade para homens e mulheres como essa da área têxtil. Então, quero aqui comemorar com V. Exª, com o povo de Alagoas, por estar acontecendo essa bela experiência a partir dos movimentos sociais em Alagoas. No nosso Estado, como V. Exª tem, nós temos este modelo da central de cooperativa: é um modelo em que várias associações e cooperativas se juntam, se tornam grandes, e ganham as condições de disputar com o mercado nacional, com o mercado mundial, o que derruba a tese de que pequeno não tem vez. Pequeno tem vez, sim, desde que siga o método correto. E quero aqui, para encerrar, me somar a V. Exª, apoiando-o nessa cobrança, para que o Governo Federal, a exemplo do que aconteceu lá... E eu quero conhecer Pindorama, quero ir lá com V. Exª, quero levar alguns produtores do meu Estado para conhecerem a cooperativa. Assim, a exemplo da ida do Ministro Fernando Bezerra, com tantas lideranças, eu acho que precisamos buscar um conjunto dessas atividades no País. Aliás, Presidente Paulo Paim, isso tem tudo a ver com aquele trabalho da comissão de acompanhamento ao Brasil sem Miséria. De um lado, tem que proteger, mas é preciso encontrar a porta da independência definitiva. Parabéns, Alagoas! Parabéns a V. Exª! E mando aqui um abraço aos vitoriosos cooperados lá de Pindorama, em Alagoas.

            O SR. BENEDITO DE LIRA (Bloco/PP - AL) - Agradeço ao nobre Senador Wellington Dias por esse aparte, que é muito incentivador.

            E queria, Sr. Presidente, continuando, dizer que, além da atividade primordial, que era cana-de-açúcar, álcool e açúcar, agora com um volume considerável de sucos, dos mais diversos sabores, ainda tem a piscicultura, a que eles estão dando muito ênfase, principalmente puxando os jovens para que possam continuar acreditando na terra, na atividade agrícola produtiva. E há treinamento através do Sebrae, do Sesi, do Senar, órgãos que fazem essa interlocução, qualificando os jovens, para que eles possam ter uma atividade, direcionando as suas ações para essa atividade primária.

            Vejam a importância - que coisa maravilhosa! -, Sr. Presidente, nobre Senador Wellington Dias, Srªs e Srs. Senadores: uma cooperativa de trabalhadores que teve um faturamento, de 2010 a 2011, da ordem de R$170 milhões, e para a safra 2011/2012 há uma perspectiva da ordem de aproximadamente de R$200 milhões.

            E o senhor quer saber de uma coisa, Presidente?

            Após, logicamente, o encerramento do balanço, tirando as despesas normais e o lucro gerado, eles, os donos, não querem os lucros de participação: eles pedem para que seja reinvestido dentro da indústria, para que ela possa crescer.

            Além disso, Sr. Presidente, uma coisa que chama a atenção é que, na rua, não se vê um pedinte. Uma criança não está na rua. Ela está na escola; quando não está na escola, está numa escola música, aprendendo música; quando não está aprendendo música, está aprendendo como plantar pimenta, como plantar abacaxi, como plantar a fruta, para que ele possa ver, daquele seu trabalho, o resultado da sua vida no futuro.

            Então, a Pindorama é um exemplo de dignidade de trabalho, de responsabilidade, de seriedade. Queria aqui aproveitar a oportunidade, antes de terminar a minha manifestação, para fazer um apelo ao Ministério da Agricultura, ao Ministério do Desenvolvimento Econômico e Social, à Presidenta Dilma, para que determine a esses ministros, a fim de que possamos cada vez mais incrementar, porque o cooperativismo é forte na região Sul do meu País, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

            Agora, nobre Senador Suplicy, o caminho está aberto. É preciso que tenhamos essa visão, para que encontremos caminhos, dando oportunidade de financiamento, de gestão. Tenho certeza absoluta de que isso irá melhorar a vida das pessoas que hoje vivem com dificuldade.

            Quero, com muita honra, Sr. Presidente, ouvir o aparte da eminente Senadora Ana Amélia.

            A Srª Ana Amélia (Bloco/PP - RS) - Caro Senador Benedito de Lira, é sempre positivo trazer a essa tribuna e a este Plenário informações que mostram uma capacidade enorme do povo brasileiro, em especial do seu Estado, com empreendedorismo e com o sistema cooperativo, que penso seja o capitalismo socialmente mais justo. Parabéns a V. Exª por trazer essas informações tão importantes. No meu Estado, bem sabe V. Exª, o cooperativismo é muito forte não só no setor de produção, mas também no crédito, na área médica e em várias outras áreas. E o Senador Suplicy é autor de um projeto chamado ato cooperativo, cuja audiência pública vamos fazer na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. Essa sugestão de V. Exª, dada agora da tribuna, para que o Governo encontre mecanismos, será, sem dúvida, objeto da nossa discussão. E vamos encaminhar pela Comissão também ao Governo iniciativas e providências para facilitar e estimular exatamente esse caráter associativista da economia solidária que o cooperativismo envolvendo pequenos agricultores pode representar em desenvolvimento econômico e humano para todo o País. Parabéns a V. Exª também pelo pronunciamento, Senador Benedito de Lira.

            O SR. BENEDITO DE LIRA (Bloco/PP - AL) - Muito obrigado, eminente Senadora Ana Amélia.

            Ouço, com muita alegria, o eminente Senador Suplicy.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Eu quero me somar às vozes dos Senadores Wellington Dias e Ana Amélia, de apoio a V. Exª, enaltecendo iniciativas positivas de formas cooperativas de produção ali em Alagoas. É fato que, juntamente com a Senadora Ana Amélia, propusemos um requerimento para uma nova audiência pública sobre os projetos de lei, um do Senador Osmar Dias e outro de minha autoria. Já houve um parecer votado favoravelmente, do Senador Renato Casagrande, e a Senadora Ana Amélia houve por bem chamar novamente as organizações como a OCB, a Unisol, a Unicafes e outros especialistas, para que possamos ouvir antes de darmos o veredicto final, nosso voto final, sobre as formas cooperativas. E, sobretudo neste ano, que é o ano da cooperativa, assim proclamado pela Organização das Nações Unidas, será muito relevante o meu esforço conjunto com a Senadora Ana Amélia no sentido de que possamos votar essa matéria ainda neste semestre. Ela dá o sinal positivo. Estou em harmonia com o pronunciamento de V. Exª.

            O SR. BENEDITO DE LIRA (Bloco/PP - AL) - Agradeço ao eminente Senador Suplicy por essa manifestação de solidariedade, e, na verdade, precisamos caminhar juntos no dia a dia para darmos qualidade de vida às pessoas que estão muito distantes dela. Esse é o caminho.

            A Srª Lídice da Mata (Bloco/PSB - BA) - Um aparte.

            O SR. BENEDITO DE LIRA (Bloco/PP - AL) - Ouço, com muita alegria, Sr. Presidente - e peço paciência a V. Exª para ouvi-la -, a eminente Senadora da Bahia, a minha querida amiga Lídice da Mata.

            A Srª Lídice da Mata (Bloco/PSB - BA) - Senador Benedito de Lira, quero apenas parabenizá-lo pelo pronunciamento que faz V. Exª é o nosso presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo e, à frente dessa comissão, tem abordado, com muita dedicação e competência, os temas de interesse da nossa região, voltados particularmente para agricultura familiar, o pequeno produtor, a produção e, agora, o cooperativismo. V. Exª já promoveu um debate importante naquela comissão sobre a dívida dos produtores rurais do Nordeste brasileiro e nos lidera nesse processo de luta para dar oportunidade à população da nossa região de uma vida melhor.

            O SR. BENEDITO DE LIRA (Bloco/PP - AL) - Agradeço a V. Exª pela sua intervenção.

            A Srª Ana Rita (Bloco/PT - ES) - Um aparte, nobre Senador.

            O SR. BENEDITO DE LIRA (Bloco/PP - AL) - Quero, com muita alegria, após agradecimento à eminente Senadora Lídice da Mata, que é da região Nordeste e, realmente, sabe as dificuldades que atravessamos, ouvir a eminente Senadora Ana Rita.

            A Srª Ana Rita (Bloco/PT - ES) - Rapidamente, Senador, eu quero também aproveitar a oportunidade para parabenizar V. Exª pela condução da Comissão de Desenvolvimento Regional, pelas reuniões que têm sido feitas nas regiões do nosso País, mas, em particular, pelo projeto de lei do cooperativismo. Recentemente, eu fiz um pronunciamento aqui nesta Casa a respeito do tema, que é de fundamental importância, especialmente para a agricultura familiar. Vivemos um momento novo no nosso País, de debates, de articulação entre as mais variadas entidades cooperativistas que existem no País, e o Estado do Espírito Santo é um dos que têm avançado muito nessa área. A aprovação do projeto de lei que está tramitando nesta Casa é fundamental para termos uma lei que contemple as necessidades do cooperativismo brasileiro. Então, quero parabenizar V. Exª e dizer que me somo à possibilidade de realizar essa audiência pública, para que possamos realmente fazer um bom debate sobre esse tema aqui. Parabéns, e também quero me colocar à disposição para contribuir nesse debate.

            O SR. BENEDITO DE LIRA (Bloco/PP - AL) - Muito obrigado, Senadora Ana Rita. Quero dizer que estamos desenvolvendo na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo um trabalho conjunto. Eu tenho a participação da Senadora Ana Amélia, da Senadora Ana Rita, da Senadora Lídice da Mata, do Senador Rollemberg, do Senador Wellington Dias e de outros companheiros. Exatamente em função desse trabalho que estamos desenvolvendo na comissão é que poderemos lograr projetos importantes para atender às necessidades da população do nosso Nordeste e desenvolver as regiões.

            Mas, Sr. Presidente, para encerrar, eu queria, nesta oportunidade, prestar uma homenagem aos trabalhadores, aos donos da cooperativa, da Pindorama, no Estado de Alagoas. É desse exemplo que poderemos transformar outras regiões, transformar outras comunidades. É uma coisa fantástica, é uma coisa inédita, meu caro Senador Rollemberg. Trata-se de uma cidadezinha - não é uma cidade -, um povoado, uma vila no Município de Coruripe, e, brevemente, se Deus quiser, meu caro Presidente, deverá estar recebendo a instalação de um grande empreendimento, que é o Estaleiro Eisa. Temos lutado muito por isso, que vai mudar, sem dúvida, a cara daquela região e do meu Estado.

            Por isso, cumprimento os diretores da cooperativa, que são trabalhadores, são donos de lotes - não são executivos que tenham buscado fora, mas são de lá mesmo. Eles cuidam do dia a dia daquela cooperativa, que está indo muito bem, e esperamos que ainda melhore. E agora mesmo tivemos um projeto, não só da construção da fábrica de leite em pó, para criarmos um outro campo, para aumentar a capacidade de produção da fruticultura.

            Sr. Presidente, quero agradecer a V. Exª pela tolerância e agradecer às Srªs e aos Srs. Senadores que participaram do debate.

            Parabéns à cooperativa. Nós estamos juntos para continuar lutando, cada vez mais, para que ela fique grande e atenda melhor à sua população, podendo, assim, transferir de lá para outras regiões aquilo que eu vi lá, aquilo que o Ministro viu.

            Gostaria de convidar meus colegas Senadores, os que tiverem interesse, para visitar o parque industrial do trabalhador da agricultura familiar.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/03/2012 - Página 8782