Pronunciamento de Eduardo Braga em 03/04/2012
Pela Liderança durante a 51ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comemoração com o lançamento da segunda fase do Plano Brasil Maior pelo Governo Federal. (como Líder)
- Autor
- Eduardo Braga (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AM)
- Nome completo: Carlos Eduardo de Souza Braga
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela Liderança
- Resumo por assunto
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ECONOMIA NACIONAL, PROGRAMA DE GOVERNO, POLITICA INDUSTRIAL.:
- Comemoração com o lançamento da segunda fase do Plano Brasil Maior pelo Governo Federal. (como Líder)
- Publicação
- Publicação no DSF de 04/04/2012 - Página 10880
- Assunto
- Outros > ECONOMIA NACIONAL, PROGRAMA DE GOVERNO, POLITICA INDUSTRIAL.
- Indexação
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- COMENTARIO, ELOGIO, GOVERNO FEDERAL, PROVIDENCIA, RELAÇÃO, ECONOMIA, FATO, LANÇAMENTO, PROGRAMA DE GOVERNO, OBJETIVO, INCENTIVO FISCAL, INDUSTRIA NACIONAL, PROTEÇÃO, INDUSTRIA, PAIS, MOTIVO, REDUÇÃO, PRODUÇÃO INDUSTRIAL, MUNDO.
O SR. EDUARDO BRAGA (Bloco/PMDB - AM. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª Presidenta, nossa Senadora Marta Suplicy, Srs. Senadores, Srªs e Senhores que nos acompanham pelas diversas formas de comunicação do Senado, pela TV Senado, pela Rádio, pela mídia social do Senado.
Senhoras e Senhores, hoje a Presidenta Dilma lança mais uma etapa do enfretamento dessa crise internacional, voltando seus olhos para dois grandes setores da economia brasileira. Um, o setor dinâmico, pujante do mercado doméstico brasileiro, que cada vez mais se fortalece, que cada vez mais se amplia pela geração de emprego no Brasil, pela forma como o poder aquisitivo do ganho real do salário no Brasil vem se avolumando nos últimos anos pelas políticas de transferência de renda, que acabaram provocando o surgimento de milhares, de inúmeros arranjos produtivos locais, principalmente nas regiões periféricas do Brasil principalmente na Amazônia, no Estado do Acre, no Estado do Amazonas, nas regiões mais excluídas do Brasil. Milhares de arranjos produtivos surgiram a partir desses programas de transferência de renda.A primeira etapa do Brasil Maior, como todos lembram e como todos acompanharam, foi uma etapa muito importante, voltada para o primeiro enfrentamento dessa onda, dessa crise que estava ainda iniciando, mais precisamente na Europa, ainda com uma grande instabilidade na economia americana e com leves sintomas de desaceleração da economia em vários países emergentes, entre eles o principal propulsor da economia mundial, a China, que começava a apontar para uma desaceleração de sua economia.
No dia de hoje, Srª Presidenta, Srªs e Srs. Senadores, lançamos para o Brasil -.a Presidenta Dilma e o Ministro Guido Mantega, Ministro Fernando Pimentel, bem como os nossos companheiros, tanto da CNI quanto dos representantes do Sindicato dos Trabalhadores - o resultado de um avanço nessas políticas de geração de emprego e renda e do enfretamento da possibilidade de uma desindustrialização de nosso País diante da forte ação dos países emergentes em busca de novos mercados e de mercados emergentes.
Portanto, o que hoje assistimos foi ao Brasil dando passo à frente, fortalecendo a indústria brasileira, fortalecendo segmentos da nossa indústria, desonerando diversos setores da nossa economia do encargo sobre o trabalhador, fazendo com que o preço e o imposto a ser pago para geração de emprego formal diminua em setores estratégicos da economia.
É importante destacar que vários desses setores estavam perdendo competitividade porque há a questão da desvalorização das moedas, que tem feito com que haja um tsunami de liquidez, desvalorização de moedas tradicionais como o euro, como o dólar e até mesmo de outros setores da nossa economia internacional. Eu diria, Srª Presidente, que destaco o enfrentamento cambial, o enfrentamento da desoneração estratégica de setores estratégicos da nossa economia, o fortalecimento da questão dos bens de capital para que possamos ter competitividade nos bens de capitais. Façamos, portanto, uma política para a indústria automotiva, Senador Jarbas Vasconcelos, que possa efetivamente incluir tecnologia embarcada e inovação tecnológica dentro dessa indústria. Veja, Srª Presidenta, o Brasil tem, para alguns, o terceiro maior mercado; para outros, o quarto maior mercado mundial de automóveis, e não fomos capazes de gerar marcas mundiais nesse setor, enquanto países como a Coreia, Coreia do Sul mais precisamente, que não tem, portanto, um tamanho de mercado como o nosso, conseguiu gerar, em duas décadas, três grandes marcas mundiais, como é o caso da Hyunday, como é o caso da Subaru, como é o caso da Kia.
O que não é justo é que nós estejamos abrindo esse mercado, o nacional, para que esses produtos adentrem o nosso mercado, não gerando emprego no Brasil e, sim, exportando empregos. Nós não podemos destruir a indústria de autopeças no Brasil, gerando desemprego no Brasil e fortalecendo, fortificando uma indústria de autopeças fora do Brasil.
As indústrias de ar-condicionado - e posso dizer inclusive que no Estado do Amazonas, que não tem indústria automobilística, tem hoje indústrias do setor de ar condicionado fechadas - não conseguem competir com esse tsunami que vem com a desvalorização cambial, que vem com dumping, muitas vezes, e que ainda acaba adentrando nosso território com uma falta de competitividade dos nossos produtos.
Eu quero portanto parabenizar, Srª Presidenta, Srs. Senadores, e destacar a importância ....
(Interrupção do som.)
O SR. EDUARDO BRAGA (Bloco/PMDB - AM) - Agradeço a V. Exª.
Destaco a importância da decisão tomada pela Presidenta Dilma e o momento oportuno, porque exatamente no momento em que saem os índices do primeiro trimestre do crescimento da nossa indústria, que mostram números preocupantes, imediatamente o Governo vem e apresenta um leque de ações do na área de desoneração, como eu disse, na área cambial, como já disse, mas também na área de crédito - crédito para o financiamento das ações de investimento na economia brasileira e crédito também para financiar as nossas exportações, dando mais competitividade a nossa economia.
Eu sei que estou com o tempo estourado. Vejo o Senador Ricardo Ferraço querendo apartear, mas, como V. Exª sabe, eu teria dificuldades...
A SRª PRESIDENTE (Marta Suplicy. Bloco/PT - SP) - A Liderança não pode ser aparteada, Senador.
(A Srª Presidente faz soar a campainha)
O SR. EDUARDO BRAGA (Bloco/PMDB - AM) - Então, Srª Presidenta, apenas para concluir.
Quero também destacar que aqui, na questão do “inovar para competir, competir para crescer”, do Brasil Maior, foram destacadas ações com incentivo fiscal de crédito para as questões tecnológicas, para questões científicas e para questão de inovação tecnológica. Na área de oncologia, foram desonerados os investimentos, para que nós pudéssemos melhorar o investimento e a taxa de retorno de capital. Assim, saúde, na área de combate ao câncer, principalmente ao câncer de mama e ao câncer do colo do útero, terá vantagens financeiras, creditícias e de impostos, para que a gente possa avançar, também, nessa área tão importante.
Venho à tribuna, Srª Presidenta, para parabenizar e reconhecer o esforço do Governo num momento tão importante para a nossa economia e para os trabalhadores brasileiros.