A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB - AM. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) - Muito obrigada, Sr. Presidente Senador Moka, Srs. Senadores, companheiros e companheiras.

            Sr. Presidente, venho hoje a esta tribuna para tratar de um assunto que deveria, na realidade, tratar no dia de amanhã. Entretanto, por compromissos que tenho com o mandato, fora do Senado, não poderei aqui estar no dia de amanhã e antecipo, portanto, as minhas homenagens a um grande veículo de comunicação do meu querido Estado do Amazonas, que amanhã, dia 19 de abril, estará celebrando mais um aniversário.

            Eu aqui me refiro, Senador Mozarildo, ao jornal A Crítica, que, amanhã, completará 63 anos de atividades, desenvolvendo o bom jornalismo e fazendo com que a comunicação sirva não apenas como um veículo de informações, mas também elo e um meio de ecoar as reivindicações de todo um povo, de toda uma gente, de toda uma região.

            O jornal A Crítica foi fundado, Sr. Presidente, Srs. Senadores, por um visionário do ramo da comunicação, um jornalista chamado Umberto Calderaro Filho, que dizia correr em suas veias tinta de jornal em vez de sangue.

            Desde a sua fundação, em 19 de abril de 1949, o jornal assumiu o papel de principal porta-voz dos anseios da população amazonense.

            Para além da simples atividade de comunicação ou do jornalismo, o jornal A Crítica sempre teve uma participação ativa nas grandes lutas do povo amazonense, como a defesa do Banco de Crédito da Borracha, a posição contra a desativação dos bondes e em favor da criação da Zona Franca de Manaus.

            Essas são algumas das lutas que o jornal fez questão não apenas de divulgar, mas também de que participou ativamente, fazendo, inclusive, com que o jornal sediasse muitos dos organizadores dessas tão importantes manifestações em favor do desenvolvimento da nossa cidade e do Estado do Amazonas.

            Hoje o trabalho de Calderaro continua sob a direção da atual Presidente da rede, Ritta de Araújo Calderaro, viúva do jornalista, junto com sua filha Cristina e os netos Dissica, Umberto e Tatiana.

            Antes de fundar o jornal A Crítica, Calderaro fez circular na cidade de Manaus um jornal que ficou conhecido por "Onzeorino", uma vez que chegava às ruas sempre por volta de 11 horas, para evitar a concorrência.

            Superado este primeiro momento de adequação e adaptação das ferramentas de produção e estabelecido o perfil editorial do jornal, o A Crítica deu início ao seu compromisso de incentivar o debate, de questionar os atos públicos e, sobretudo, de defender a sociedade amazonense.

            Neste sentido, o ideaiizador do matutino cunhou o slogan que permanece até hoje, "De mãos dadas com o povo". Em todo o Estado, na cidade inteira e, penso, até na região, quando se diz “de mãos dadas com o povo”, todos pensam no jornal A Crítica.

            Esse slogan foi concebido e vem sendo mantido até os dias atuais porque representa perfeitamente a sua luta no sentido da busca para fazer valer os ideais do jornalista Umberto Calderaro Filho.

            Também quero aqui destacar que, durante a instalação do regime militar no Brasil, em 1964, por diversas vezes, o jornalista foi ameaçado de morte, mas, superada essa fase difícil, Calderaro expandiu seus sonhos para além do jornal A Crítica e fundou também a TV A Crítica. Hoje, a TV A Crítica, que pertence ao grupo Calderaro de Comunicação, é uma das afiliadas da Rede Record e transmite a sua programação para aproximadamente 50 Municípios do interior do Estado do Amazonas.

            O jornalista Calderaro, detentor de....

(Interrupção do som.)

            A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB - AM) - Agradeço e concluo, Sr. Presidente.

            Detentor de reconhecimento local e também nacional, o jornal A Crítica foi agraciado com vários prémios importantes. Entre eles, o de melhor jornal do Norte pela Fundação Ayrton Senna, Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

            Portanto, aqui, neste momento, quero parabenizar esse importante veículo de comunicação amazonense e aproveito o momento para homenagear os funcionários do jornal, que não economizam esforços no sentido de fazer a melhor comunicação possível.

            Por fim, quero fazer uma saudação especial à Presidenta Ritta Calderaro, que se encontra acamada no momento, mas não temos dúvida nenhuma de que ela vai superar este momento dificil na saúde e continuará dirigindo esse importante veículo de comunicação.

            Muito obrigada.