O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - A Presidência agradece muito à Orquestra Batucadas de Zumbi, que, espontaneamente, sem cobrar nenhum cachê, fez essa bela apresentação para nós, aqui, como fez também outro dia na Comissão de Direitos Humanos.

            Já que não há cachê, outra salva de palmas. (Palmas.)

            Estamos juntos nesta caminhada.

            Eu queria agradecer a todos os convidados. Eu já fiz o meu pronunciamento na abertura, mas vou rapidamente dizer da alegria de ter recebido os seguintes embaixadores: Embaixador da África do Sul, Embaixador do Egito, Embaixador de Barbados, Embaixador da Indonésia, Embaixador da Sérvia, Embaixador da Suíça, Embaixador de Benin, Representante do Instituto Rio Branco, Representante da Embaixada de Cuba, Representante da Embaixada da Argélia, enfim, todos os nossos convidados aqui da Mesa, com muito carinho, especialmente a Orquestra Batucadas de Zumbi, que fez três apresentações: Canção Sorriso Negro, Canção Zé do Caroço e, agora, o Hino Nacional.

            Foi uma sessão especial do Senado Federal que festejou, lembrou e comemorou o Dia Nacional da Consciência Negra, o Dia de Zumbi dos Palmares, o Ano Internacional dos Afrodescendentes, os 23 anos da Fundação Cultural Palmares, um ano de vigência do Estatuto da Igualdade Racial, e homenageou o grande líder e inesquecível ex-Senador Abdias do Nascimento.

            Agradeço aos nossos convidados da Mesa, à Senadora Lídice da Mata, ao nosso querido Senador Anibal Diniz, também signatário. Agradeço a todos os que estão aqui neste momento. Não preciso repetir o nome de todos. Só vou citar o Embaixador da República do Zimbábue, o Secretário Geral da Seppir, o representante do Comando da Aeronáutica, o representante do Comando da Marinha Brasileira, o Presidente da Fundação Cultural Palmares, o Secretário Geral da Nova Central Sindical, representando o movimento sindical, e a representante do Movimento Negro e da sociedade civil.

            Só quero terminar dizendo, sem fazer outro pronunciamento, o que seria um abuso, tendo em vista o nosso horário, que só acredito efetivamente que este País, que tem tudo para dar certo, será um País de primeiro mundo no momento em que.... Lembro, aqui, as palavras de um grande pensador que foi assassinado nos Estados Unidos. Ele disse, um dia, que sonhava que aquele país haveria de ser uma grande potência no momento em que brancos, negros, índios, ciganos, sentassem-se à sombra de uma mesma árvore e comessem do mesmo pão. Referi-me a Martin Luther king.

            Só acredito que o Brasil será uma Nação do primeiro mundo - e tem tudo para ser - plagiando e reproduzindo esta mesma fala. Só quando negros, brancos, índios, pessoas de todos os segmentos sociais, idosos, mulheres, crianças, todos os que são discriminados se derem as mãos e fizerem a mesma caminhada; quando combatermos todos os preconceitos. Repito: quando ninguém for discriminado por motivo nenhum, aí, sim, venceremos e seremos um País de primeiro mundo.

            É bom lembrar Gandhi, para concluir, para não falar só de Zumbi, de Mandela, de Martin Luther King. Gandhi derrubou o imperito britânico pregando a paz e as mãos dadas de todo o seu povo, sem violência.

            Viva o país com igualdade de oportunidade para todos.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Está encerrada a sessão.

            (Levanta-se a sessão às 14 horas e 5 minutos.)