Discurso durante a 65ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem pelo transcurso do aniversário de fundação do Grande Oriente do Distrito Federal e de Santa Catarina.

Autor
Mozarildo Cavalcanti (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/RR)
Nome completo: Francisco Mozarildo de Melo Cavalcanti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem pelo transcurso do aniversário de fundação do Grande Oriente do Distrito Federal e de Santa Catarina.
Publicação
Publicação no DSF de 24/04/2012 - Página 14014
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, MAÇONARIA, DISTRITO FEDERAL (DF), REGISTRO, HISTORIA, DADOS, ENTIDADE.
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, INTERNET, ASSUNTO, MAÇONARIA, DISTRITO FEDERAL (DF).

            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador João Ribeiro; Srs. Senadores; Srª Senadora Ana Amélia; telespectadores da TV Senado; ouvintes da Rádio Senado, neste ano, Sr. Presidente, o Grande Oriente do Brasil, a potência maçônica mais antiga da Maçonaria brasileira, criada no dia 17 de junho de 1822, completará, este ano, 190 anos. Portanto, caminha para o segundo século de existência.

            O Grande Oriente do Brasil nasceu até da inspiração de maçons brasileiros que foram estudar na Europa, voltaram e trouxeram para cá as sementes do Iluminismo, da ideia da independência, e se reuniam em lojas.

            Portanto, a criação do Grande Oriente do Brasil se deu, Senadora Ana Amélia, com um objetivo principal: fazer a independência do Brasil.

            O primeiro Grão-Mestre da Grande Oriente do Brasil foi justamente José Bonifácio, que era, na verdade, o Ministro do Reino e de Estrangeiros.

            Então, veja V. Exª: um maçom, que era político, portanto com ideais libertários, se juntou a outros maçons e criaram o Grande Oriente do Brasil, oriunda de outras três lojas no Rio de janeiro, a Comércio e Artes, a União e Tranquilidade e a Esperança de Niterói, dando origem, então, ao Grande Oriente do Brasil. A partir daí, a loja Grande Oriente do Brasil não parou mais de se expandir.

            Portanto, em junho, vamos comemorar os 190 anos do Grande Oriente do Brasil.

            Quem lê a própria história do Brasil sabe que foi por intermédio de um movimento alimentado pela Maçonaria que deu origem não só à Independência do Brasil, mas também à Abolição da Escravatura assim como a Proclamação da República.

            E a Maçonaria se expandiu Brasil afora.

            Hoje temos em todo o País, desde Roraima, lá no extremo norte do nosso Caburaí até o seu Chuí, no Rio Grande do Sul, lojas maçônicas. E todas elas se congregam, dentro do Grande Oriente do Brasil, em Grandes Orientes estaduais. Portanto, cada Grão-Mestre estadual coordena as lojas que atuam nos seus respectivos Estados.

            Neste mês de abril tivemos dois eventos que eu faço questão de registrar aqui: primeiro, os 62 anos de criação do Grande Oriente de Santa Catarina, tendo como Grão-Mestre, o nosso irmão Wagner Sandoval Barbosa, que a preside nesse momento. O Grande Oriente de Santa Catarina é de um Estado que tem uma tradição maçônica muito importante.

            Inicialmente, o Grande Oriente do Brasil, em Santa Catarina, existia como Grande Oriente do Estado de Santa Catarina, fundado em 12 de abril de 1950.

            Portanto, veja V. Exª, Senadora Ana Amélia, porque muito se pensa no mundo não maçônico que Maçonaria é algo restrito a homens, mas não é. As nossas esposas, as esposas dos maçons, têm um papel, eu diria, de maior relevo na atividade social tanto quando o dos próprios maçons. As ações sociais, todas elas, sejam em creches, em escolas, em abrigos para idosos e outras ações sociais são feitas prioritariamente pelas mulheres, as esposas dos maçons, que, nós irmãos maçons, as chamamos de “cunhadas”. Elas se congregam em uma instituição paramaçônica, que chamamos Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul. Na verdade, elas trabalham em perfeita sintonia tanto com os maçons como com as entidades juvenis da Maçonaria, como os DeMolays, a Associação Paramaçônica Juvenil, as Filhas de Jô e tantas instituições que já preparam os jovens para os fundamentos da Maçonaria, àqueles que justamente vão formar cidadãos úteis para a sociedade, àqueles que tenham preocupação básica com a família, com a Pátria, com a sociedade.

            Mas eu quero, portanto, prestar uma homenagem muito especial aos irmãos de Santa Catarina, porque, quando foi fundado o Grande Oriente de Santa Catarina, apenas existiam os Grandes Oriente no Estado de São Paulo, no Ceará e em Pernambuco, que eram federadas ao Grande Oriente do Brasil. Portanto, apenas três Grandes Orientes estavam federados ao Grande Oriente do Brasil quando foi criado o Grande Oriente de Santa Catarina, a quem quero - repito - parabenizar na figura do seu Grão-Mestre, o irmão Wagner Sandoval Barbosa.

            Sr. Presidente, dia 21 de abril, sábado próximo passado, comemoramos, aqui em Brasília, os 41 anos de existência do Grande Oriente do Distrito Federal, atualmente presidido, dirigido pelo Grão-Mestre irmão Jafé Torres, um homem que dedica, de maneira forte, o seu tempo a conduzir as lojas em Brasília.

            Senador João Ribeiro, quero ler um pouquinho da história do Grande Oriente do Distrito Federal:

Fundado no dia 21 de abril de 197, é a unidade jurisdicional local, federada ao Grande Oriente do Brasil, que aglutina as Lojas Maçônicas de Brasília e das cidades-satélites, em número de 74 Lojas filiadas, contando com a participação de mais de quatro mil membros ativos.

            É muito importante dizer que no aniversário de Brasília, em 1971, foi quando surgiu o Grande Oriente do Distrito Federal, com o ideal de congregar todas as lojas maçônicas e todos os maçons que viviam no território da nova capital brasileira.

É o dia 21 de abril tão significativo para a Maçonaria por lembrar Tiradentes, seu obreiro e mártir da independência pátria, e, também, por festejar os 11 anos de fundação da Capital de todos os brasileiros.

            Portanto, o Grande Oriente do Brasil foi fundado quando Brasília comemorava 11 anos de existência.

            Quero dizer também a todo o Brasil da importância que tem todos os Grandes Orientes estaduais, mas, aqui, estou homenageando o Grande Oriente de Santa Catarina, o Grande Oriente do Distrito Federal, e não poderia deixar de mencionar o trabalho que se faz aqui em Brasília, de maneira muito intensa, sob o comando do irmão Jafé, do Grão-Mestre Adjunto Lucas Galdeano, de todos os veneráveis das lojas.

            Quero explicar aqui, para os que não são maçons, que quando nos referimos aos veneráveis da loja referimo-nos ao presidente daquela instituição, aquele que a dirige, que preside as sessões e as ações da loja.

            Aqui em Brasília e nas cidades-satélites são 74 lojas, mas, no Brasil todo, temos mais de três mil lojas maçônicas distribuídas pelos 26 Estados e pelo Distrito Federal.

            Então, ao fazer esse registro hoje, faço uma homenagem especial ao lembrar que, no dia 17 de junho, o Grande Oriente do Brasil completará 190 anos. Também comemoro aqui os 41 anos do Grande Oriente do Distrito Federal e os 62 anos do Grande Oriente de Santa Catarina.

            Ao encerrar, Senador João Ribeiro, peço a V. Exª que autorize a transcrição das matérias que aqui apenas me referi de maneira sucinta, para que fiquem registradas nos Anais do Senado, para que possam servir realmente para pesquisa e para registro do importante trabalho que presta a Maçonaria.

            Eu diria que é muito importante que a Maçonaria, hoje, procure, de fato, ser muito mais proativa e interagir mais com a sociedade, de forma que algumas pechas do passado, da época em que havia perseguições contra a Maçonaria, porque, ela, a Maçonaria, incomodava reis e religiões por ser, na verdade, originária de uma espécie de sindicato de construtores, que nós chamávamos de pedreiros, mas que, na verdade, eram composta de pedreiros, mestres de obras, arquitetos, engenheiros àquela época, que foram responsáveis, Senador João Ribeiro, pela construção das grandes catedrais e dos grandes palácios, e que, portanto, detinham o segredo dessas construções. Por isso, de repente, passaram a incomodar os poderosos, porque achavam que a Maçonaria detinha muito poder, tanto é que eles eram chamados de pedreiros livres. Àquela época, uma pessoa não tinha liberdade de ir e vir como qualquer um, enquanto os maçons eram chamados de pedreiros livres, justamente porque eles tinham a liberdade, um salvo-conduto de se locomover livremente entre um reino e outro.

            Então, ao encerrar, reitero o pedido de transcrição nos Anais das matérias a que me referi.

 

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR MOZARILDO CAVALCANTI EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I, §2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

- “Grande Oriente do Brasil’ - História;

- “Grande Oriente do Distrito Federal” - 41 anos;

- “Grande Oriente de Santa Catarina” - 62 anos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/04/2012 - Página 14014