Pela Liderança durante a 68ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem pelo transcurso, hoje, dos 39 anos de existência da Embrapa. (como Líder)

Autor
Lúcia Vânia (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Lúcia Vânia Abrão
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem pelo transcurso, hoje, dos 39 anos de existência da Embrapa. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 27/04/2012 - Página 14683
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, REFERENCIA, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), REGISTRO, IMPORTANCIA, ORGÃO PUBLICO, FATO, CRESCIMENTO, MANUTENÇÃO, MERCADO AGRICOLA, PAIS.

            A SRª LÚCIA VÂNIA (Bloco/PSDB - GO. Pela Liderança. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, inicialmente, eu gostaria de fazer os meus agradecimentos à Senadora Ana Amélia pelas referências elogiosas que fez ao meu trabalho, quando da relatoria do ato médico nesta Casa. Quero dizer da minha satisfação em ver, por meio de uma Senadora tão operosa, meu trabalho reconhecido.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, neste 26 de abril, a Embrapa comemorou 39 anos de existência. Ela nasceu com quatro grandes propósitos: 1º) garantir o abastecimento de alimentos nas cidades; 2º) ajudar a levar o desenvolvimento ao interior do País; 3º) preservar a nossa base de recursos naturais; e 4º) criar excedentes para a exportação.

            Hoje, decorridos quase 40 anos desde a sua criação, podemos nos orgulhar dizendo que todos esses objetivos foram e estão sendo rigorosamente cumpridos.

            Particularmente sempre tive pela Embrapa uma atenção especial, que remonta há alguns anos, quando apresentei emenda de descontingenciamento dos recursos da empresa, que, até então, passava por momentos de dificuldade. Isso porque acredito que ela tem um papel muito importante no desenvolvimento agrário do meu Estado, o Estado de Goiás, bem como de toda a região Centro-Oeste do Brasil.

            Quando a Embrapa foi criada na década de 1970, a agricultura se intensificava no Brasil. Se compararmos o cenário daquela época com o atual, veremos que a decisão de criar uma empresa destinada à pesquisa agropecuária foi mais do que acertada. Hoje nos defrontamos com dois grandes desafios absolutamente primordiais para o País. O primeiro desses desafios é a expansão e o novo perfil de demanda por alimentos. De acordo com projeção do Banco Mundial, em 2025, a população da Terra será de 8,5 bilhões de pessoas, 33% a mais, portanto, do que o que temos hoje. O segundo desafio é a expansão da demanda mundial por agroenergia. A Agência Internacional de Energia estima um crescimento de 53% do mercado de agroenergia para os próximos 25 anos.

            Quando olhamos a dimensão desses dois grandes desafios, vemos que cresce a importância do Brasil como produtor e fornecedor de alimentos, de agroenergia e de matérias-primas agrícolas para o mercado internacional. Isso porque temos a maior disponibilidade de terras agricultáveis do mundo, mais de 280 milhões de hectares em pastagens ou não utilizados, área essa bem servida de sol, água e biodiversidade.

            Além do Brasil apenas a Rússia, com 170 milhões de hectares, e os Estados Unidos, com 110 milhões, possuem reservas relevantes de terras agricultáveis, mas de uso limitado pelos rigores do inverno. Por sua vez, a China e a índia já não dispõem de mais terras livres para a agricultura e, hoje, são importadores líquidos de alimentos.

            Nesse contexto, tanto na produção de alimentos, quanto na geração de agroenergia, a Embrapa é absolutamente indispensável ao País. Suas pesquisas permitirão que o Brasil possa agir competitivamente nesses dois segmentos, o que, fatalmente, redundará em enormes benefícios para todo o povo brasileiro.

            Confesso que sou mesmo uma entusiasta da atuação da Embrapa que, no passado, permitiu ao agronegócio brasileiro gerar excedentes para a exportação, o que tem sustentado os saldos da balança comercial, gerando renda e empregos e contribuindo para o desenvolvimento de diversas regiões do País, anteriormente consideradas improdutivas e relegadas ao abandono, como é o caso do nosso cerrado.

            Graças aos esforços da Embrapa e também à obstinada força dos produtores rurais, o Brasil se prepara para colher, mais uma vez, uma das grandes safras de sua história. A safra de 2011, segundo o IBGE, foi de 159,9 milhões de toneladas e a de 2012, por causa das estiadas no Sul, deverá ser 0,7% menor. É um resultado bastante expressivo, que só confirma o salto dado pela agricultura brasileira nos últimos 50 anos.

            A atuação da Embrapa no exterior é tão significativa que o Itamaraty lhe concedeu, em 2009, a Ordem do Mérito Rio Branco em reconhecimento por suas atividades na área internacional. A Empresa executa, hoje, 65% dos projetos da Agência Brasileira de Cooperação na área de agricultura tropical.

            A esse respeito ressalte-se que, no próximo dia 26, deverá ser lançada a Embrapa Internacional. Em março do ano passado o Senado aprovou a Medida Provisória que dá nova redação à lei de criação da empresa: a Embrapa fica autorizada a “exercer qualquer das atividades integrantes de seu objeto social fora do território nacional, em conformidade com o que dispuser seu estatuto social”.

            Sr. Presidente, ao concluir, quero, em primeiro lugar, dizer que, no Senado Federal, pretendo continuar defendendo a qualidade e a excelência da Embrapa. Em segundo lugar, gostaria de cumprimentar a todos os pesquisadores e servidores da Embrapa, na pessoa do Dr. Pedro Arraes, seu Diretor-Presidente, pelo inestimável trabalho que vem prestando a Goiás e ao Brasil nesses quase 40 anos de existência.

            Que a Embrapa continue sendo um exemplo de seriedade e de competência para todos nós. E tudo isso é muito importante neste momento em que o País, mesmo assistindo a uma série de escândalos, pode, ao lado disso, entender que tem um grande potencial e que tem homens e mulheres que trabalham para a riqueza e o desenvolvimento do nosso País.

            Muito obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/04/2012 - Página 14683