Pronunciamento de Eduardo Lopes em 02/05/2012
Comunicação inadiável durante a 71ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Alerta para a epidemia de dengue no Rio de Janeiro.
- Autor
- Eduardo Lopes (PRB - REPUBLICANOS/RJ)
- Nome completo: Eduardo Benedito Lopes
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Comunicação inadiável
- Resumo por assunto
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SAUDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ).:
- Alerta para a epidemia de dengue no Rio de Janeiro.
- Publicação
- Publicação no DSF de 03/05/2012 - Página 15281
- Assunto
- Outros > SAUDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ).
- Indexação
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- APREENSÃO, EPIDEMIA, DOENÇA TRANSMISSIVEL, TRANSMISSOR, MOSQUITO, MUNICIPIO, RIO DE JANEIRO (RJ), ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ).
O SR. EDUARDO LOPES (Bloco/PRB - RJ. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.
Vamos falar, nesta comunicação inadiável, a respeito da dengue. Ouvimos a Senadora que nos antecedeu também comentar sobre a dengue.
A cidade do Rio de Janeiro, mais uma vez, está sofrendo uma epidemia de dengue, situação esta já confirmada oficialmente pelas autoridades locais.
É a quinta vez que a dengue atinge o nível de epidemia na cidade. A primeira vez foi em 1987. Cinco anos depois, em 1992, a cidade foi novamente atingida. Em 2002, mais uma vez a dengue atingiu o nível epidêmico, que resultou na morte de 62 pessoas. Nova epidemia em 2008 mais do que dobrou o número de óbitos: 136 pessoas perderam a vida em razão da doença.
Desta vez, Sr. Presidentes e os que nos acompanham, são mais de 50 mil casos da doença já com 12 mortes confirmadas.
O índice de infectados é de cerca de 700 casos por 100 mil habitantes, o que não deixa dúvida de que há uma situação epidêmica no Município.
O problema é ainda mais preocupante pelo fato de que esse estado de verdadeira calamidade pública tende a piorar nos próximos dias. A previsão é a de que a doença atinja seu pico máximo no próximo mês. Aí a situação tende a se agravar, inclusive em relação ao atendimento nos hospitais públicos da cidade.
O fato é que está havendo um crescimento muito rápido do número de pessoas infectadas pelo Aedes Aegypt. Como disse, essa é uma situação que tende a piorar nos próximos dias.
Em apenas uma semana, foram registrados cerca de 10 mil novos casos. Então, quero registrar que não compartilhamos a atitude conformista do Secretário Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, que se resume a minimizar o problema com comparações estatísticas. Não é porque o número de mortes até agora confirmado seja menor que o de 2002 ou 2008 que devemos aceitar passivamente uma situação como essa.
Essa é uma guerra que o Governo do Rio de Janeiro precisa e deve combater com determinação.
Os hospitais fluminenses estão com suas capacidades de atendimento comprometidas e o custo de tudo isso é bastante elevado, mas o pior mesmo é que quem mais sofre com tudo isso são as pessoas mais pobres, que não têm plano de saúde e que habitam em locais onde há maior incidência da doença.
Então, essa era a nossa comunicação inadiável. Queremos, realmente, que essa situação seja revertida em nossa cidade do Rio de Janeiro.
Obrigado, Sr. Presidente.