O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PMDB - RR. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu pedi a palavra para fazer dois registros rápidos.

            O primeiro deles é internacional: registrar a satisfação pela vitória do socialista François Hollande na eleição da França. Isso demonstra, sem dúvida nenhuma, um posicionamento que a sociedade francesa e a sociedade europeia, de um modo geral, têm tomado nas últimas eleições em diversos países, mostrando que é preciso um caminho alternativo para a solução econômica que não a recessão.

            Sem dúvida nenhuma, a receita da recessão não tem sido uma boa receita em lugar nenhum do mundo. Já tivemos, no passado, aqui no Brasil, essa tentativa de receita, e esses parâmetros foram mudados no Governo do Presidente Lula, quando se optou por outro caminho, o caminho do crescimento, o caminho da mobilidade da sociedade com aumento de renda, o caminho, enfim, da riqueza, da prosperidade e da busca de melhores condições da divisão do bolo. A ideia não era crescer o bolo, mas, sim, repartir o bolo, crescendo o bolo.

            Agora a comunidade europeia fica em xeque por conta de todos os problemas de fundo econômico que tem vivido, e esse xeque econômico tem sido cobrado dos atores políticos. Muitos governantes da Europa perderam as eleições exatamente por conta da receita da recessão. Isso demonstra que o Brasil, que tem pugnado por outro caminho, tanto no governo Lula quanto no Governo da Presidenta Dilma, tem pregado - e a Presidenta Dilma pregou isso em reuniões internacionais, inclusive na própria Alemanha, com a Chanceler Merkel - a construção, o crescimento, o desenvolvimento, o incentivo à produção como forma de tirar os países desse processo de desemprego, desse processo, enfim, de sofrimento da sociedade.

            Então, o discurso do Presidente francês eleito foi exatamente na mesma direção do discurso que tem feito o nosso País e que tem dado certo. Então, eu quero aqui desejar felicidades ao povo francês. Nós temos um carinho muito grande pela França. Quero dizer que é preciso que o crescimento mundial seja debatido, é preciso que nós tenhamos efetivamente uma receita; não uma receita pronta, mas uma receita na visão da melhoria da qualidade de vida das pessoas.

            O resultado das eleições na Grécia também foi outro recado. Os partidos que estavam efetivamente no poder não tiveram a maioria necessária para instalar os seus governos. Portanto, mais uma vez, fica aqui o alerta de que é preciso que nós busquemos saídas inteligentes e criativas, no sentido de gerar atividade econômica, de gerar emprego e de fazer com que nós possamos evoluir.

            Aqui, no Brasil, o Governo tem procurado fazer isso. A Presidenta Dilma tem enfrentado esse desafio. Nós estamos, agora, na luta para diminuir os juros. É importante que os juros, no Brasil, entrem nos patamares internacionais de juros em condições de a sociedade pagar. Não basta só cair a taxa Selic, têm de cair o spread bancário, o risco, tem de cair o juro final ao tomador, o juro do cheque especial, o juro do consumidor, o juro do cartão de crédito. É esse juro que tem de entrar em parâmetros racionais, em parâmetros modernos, em parâmetros que possam, efetivamente, atender aos anseios da sociedade.

            Então, eu queria fazer esse registro e parabenizar François Hollande, que ganhou a eleição.

            Outro registro rápido que eu gostaria de fazer é que o Ministério da Saúde lançou um programa nacional de vacinação para as populações indígenas, algo importante, porque as vacinas que são oferecidas à sociedade brasileira nos postos de saúde, na maioria das vezes, não chegam às comunidades indígenas, principalmente nas mais distantes.

            O Ministro Alexandre Padilha teve a sensibilidade de montar esse programa. O programa começou e está sendo um sucesso. Posso atestar, no meu Estado de Roraima, o esforço que está sendo feito pelas diversas entidades envolvidas nesse programa, que, sem dúvida nenhuma, merece um registro, merece o aplauso, porque dá dignidade e leva condições de saúde às populações indígenas mais distantes do nosso País, principalmente da região amazônica, da região Centro-Oeste, que, efetivamente, estão em lugares mais ermos, lugares com menos condições de acessibilidade e, portanto, de chegada dessa condição de saúde.

            Eu quero, aqui, aplaudir esse trabalho do Ministério da Saúde e registrar a minha satisfação por ver o programa chegando às comunidades de todo o País.

            Era esse o registro que eu gostaria de fazer.

            Muito obrigado, Srª Presidente.