O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, brasileiros e brasileiras, o Brasil de hoje passa por momentos difíceis. No Brasil de hoje, a toda hora, todos os dias, fala-se de corrupção. Quem poderia imaginar, tempos atrás, que, hoje, o Brasil seria uma Pátria tão contaminada de corruptos? Por semanas, por meses, por dias, as televisões e rádios só falam nisso.

            Meu caro Paim, quando mais jovem, tive a oportunidade de observar os movimentos do Partido dos Trabalhadores em carreatas, em passeatas. Vi os caras-pintadas no combate à corrupção nas ruas deste País. Ainda assisti, neste mesmo microfone, nesta mesma tribuna, a Senadores petistas aqui combaterem a corrupção. Ouvi, na Câmara, discursos inflamados numa época em que a corrupção não chegava a um terço do que é hoje. Vi movimentos contra a corrupção, cheguei a ver os caras-pintadas combatendo nas ruas a corrupção.

            E, hoje, o que se vê? Veem-se passeatas e carreatas? Veem-se caras-pintadas combatendo a corrupção e clamando por um Brasil melhor? Não se vê isso.

            Será que, hoje, nesta Pátria, falta patriotismo? Será que o patriotismo acabou? Será que o brasileiro cansou de ouvir falar em corrupção? Será que o brasileiro cansou de ver todos os meses o seu dinheiro ser jogado no ralo? O dinheiro que a corrupção leva é seu, é de você que paga imposto!

            Vi o Governo brasileiro petista começar a esconder a corrupção. Quem lançou o primeiro germe dessa corrupção foi o Waldomiro, no Governo Lula. E a corrupção se espalhou sem freio. Vi Lula dizer: “Não vi nada. Estava próximo ao meu gabinete, mas também não vi”. Eu o vi começar a criar planos para pelo menos o Governo não ser abatido pela corrupção. Lançou vários planos copiados do Governo Fernando Henrique Cardoso, como o Bolsa Família.

            Posteriormente, Lula lançou o PAC. Chegou a Dilma, a quem ele disse: “Olha, Dilma, você vai ser a mãe do PAC”. E Dilma, então, daí para frente, ficou conhecida como a “mãe do PAC”. Mal sabia ela que esse PAC não saía do papel. Já faz quatro anos que o PAC foi lançado, mas ainda não se completou um terço do que prometeram à população brasileira.

            O PAC, sem a Dilma perceber, procurou uma parceira para se casar. Acabou encontrando uma parceira, meu grande Senador Paulo Paim, e se casou com essa parceira. Parece novela mexicana, mas é a grande realidade. O brasileiro está aí para dizer que estou falando a verdade nesta tribuna. O PAC encontrou uma senhorita rica, simpática e muito esperta, chamada Delta. Casaram-se os dois, o PAC e a Delta, e a Delta, nora da Dilma, começou a roubar o PAC. Mal sabia esse rapaz, mal sabia esse rapaz, o PAC, que se tinha casado com uma menina muito saçariqueira, com uma menina rica, mas saçariqueira, que roubou o País inteiro à vista do marido e da mãe, principalmente à vista da mãe do PAC, que, agora, sem saber o que fazer, diz o seguinte: “Já que minha nora roubou tanto este País, vou agora ver quem foi que roubou para punir”.

            Ora, Presidenta, Vossa Excelência já sabia! Eu mesmo, desta tribuna, Presidenta, por várias vezes, denunciei o Dnit! E sou o Senador da República mais distante desse casamento com a Delta! Vossa Excelência, mãe do PAC, próxima de seu filho e de sua nora, como é que não viu tanta roubalheira neste País?

            Brasileiros, essa atitude que a Presidenta diz que vai tomar agora já era para ter sido tomada há muito tempo, antes que vocês, brasileiros, fossem lesados e roubados por esse bando de ladrões petistas que se instalaram neste Governo e que, há muito tempo, vêm roubando esta Nação, que, há muito tempo, vem roubando o dinheiro que é seu!

            Perdemos a liberdade, perdemos o direito de questionar o nosso dinheiro, perdemos a liberdade neste País. Os brasileiros perderam o patriotismo, não vão mais às ruas, Senador. E a liberdade se foi, Senador Paim. “Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós!”

            Muito obrigado.