A SRª LÍDICE DA MATA (Bloco/PSB - BA. Como Líder. Sem revisão da oradora.) - Muito obrigada, Sr. Presidente. Para mim é uma honra, uma alegria poder falar logo após essa voz importante do Nordeste brasileiro e do nosso partido no Senado Federal, Senador Antonio Carlos Valadares.

            Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, o Senador Valadares já ressaltou aqui, hoje, a audiência na CAE com a participação do Ministro Guido Mantega. E eu quero aproveitar também para, saudando o Senador Valadares pelo seu pronunciamento, destacar a importância das medidas que a Presidente Dilma traz para o Brasil com as mudanças nas regras da poupança.

            Na CAE, o nosso Ministro Guido Mantega fez uma bela exposição da situação da economia brasileira e das novas situações de perigo que vive a economia internacional.

            Sua posição clara, didática deixa para o Brasil a confiança na sua posição, na posição da Presidente Dilma de manter aquecido o investimento no Brasil e, dessa forma, buscar o enfrentamento da crise econômica com a manutenção do consumo, com a manutenção do aquecimento da economia.

            A posição tomada em relação aos juros da poupança, às mudanças na regra da poupança, permitindo que a poupança continuasse sendo esse grande estímulo ao pequeno poupador brasileiro, essa ferramenta de manutenção da segurança da poupança, que faz com que o povo brasileiro possa continuar confiando e acreditando no Governo Federal, sem duvida nenhuma, traz para nós a alegria de poder votar uma medida dessa natureza com a certeza de que estaremos debatendo a situação da economia brasileira e apostando no rumo de continuar lutando pelo desenvolvimento do Brasil, lutando para que o Brasil continue mantendo índices de crescimento, mesmo que pequenos, importantes para o momento que vive a economia mundial, que se abate principalmente sobre as zonas mais desenvolvidas do mundo, especialmente o Mercado Comum Europeu e a economia norte-americana.

            No entanto, Sr. Presidente, não posso deixar de registrar a minha preocupação quanto às novas medidas tomadas ontem pelo Governo Federal, visando à diminuição do IPI para a indústria automotiva. Embora tenha concordância em geral com a política econômica do Governo Federal, essas medidas atacam diretamente a economia dos Estados e Municípios brasileiros, que, de um lado, lutam para que possamos garantir-lhes a participação no pré-sal como o grande momento de reconquista de sua capacidade econômico-financeira. O IPI atinge o Fundo de Participação dos Estados e atinge o Fundo de Participação dos Municípios.

            A manutenção do parque automotivo nacional funcionando é extremamente importante para a Nação brasileira, para os empregos do Brasil, mas não pode ser apenas essa a grande linha de estímulo à indústria nacional. Isso significará perda de receita para os Municípios e aprofundamento dos problemas da vida nas grandes cidades, nos grandes centros urbanos brasileiros, que já não suportam mais a injeção de novos veículos a cada ano, inviabilizando a vida nas grandes cidades, inviabilizando as habitações, inviabilizando a mobilidade nas grandes cidades brasileiras.

            Creio que o momento exige que o Governo Federal pense em novos estímulos, em estímulos ainda mais profundos sobre o transporte coletivo em nosso País, o transporte sobre rodas, o transporte urbano.

            As medidas pensadas e já anunciadas para os ônibus, creio que precisam ser aprofundadas, para que possamos ter possibilidade de baixar a tarifa do transporte coletivo nas grandes cidades brasileiras e poder, dessa maneira, estimular o uso do transporte coletivo, seja de ônibus, seja dos trens urbanos e dos metrôs.

            Senão não vamos poder, num ano de eleições municipais, garantir que a qualidade de vida nas grandes cidades do nosso País possa se modificar para melhor, e radicalmente. 

            Portanto, eu gostaria de deixar aqui a minha preocupação frente a essas medidas, cuja motivação eu compreendo, a motivação da guarda dos empregos na indústria automotiva; mas precisamos estimular a indústria como um todo no País, o parque têxtil deste País, diminuir o preço das roupas no Brasil, fazer com que o custo da economia popular seja diminuído, para que nós possamos ter, efetivamente, a garantia da manutenção do consumo. E ter também, como o governo tem apontado, o aumento do crédito para, dessa maneira, garantir o estímulo ao consumo.

            Mas, Sr. Presidente, além dessas afirmações, eu gostaria aqui também de registrar, parabenizando, desta tribuna, o Governo da Bahia, o Secretário de Turismo do Estado da Bahia, que abriram, na última quinta-feira, o I Salão Baiano de Turismo, realizado no Centro de Convenções de Salvador. 

            O evento, realizado pela primeira vez no nosso Estado, resultou de um velho sonho do trading turístico local. Os agentes e operadores brasileiros e estrangeiros estiveram presentes, aprovando aquele momento, que contou, além da presença do Governador Jaques Wagner, com a presença do Ministro do Turismo, Gastão Vieira, e recebeu dez mil visitantes em três dias.

            Esse evento, Sr. Presidente, reuniu 120 operadores brasileiros e estrangeiros do setor turístico, 40 jornalistas nacionais e internacionais, além de empresas de receptivos, hotéis, representantes de segmentos ligados ao turismo, câmaras técnicas e empresários das 13 zonas turísticas da Bahia. O maior evento de promoção, marketing e turismo do nosso Estado já realizado.

            Os operadores de turismo e agentes de viagem puderam conferir de perto os ritmos da Terra de Todos os Santos, com show de forró, com artistas como Adelmário Coelho, Zelito Miranda, Gereba e tantos outros. O desfile de Samba de Roda, Zabiapunga, Marujada e também da famosa Fubica da Família Macedo, fundadora do trio elétrico.

            A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apresentou naquele salão dados dos estudos realizados, mostrando que a Bahia registrou um fluxo de 11 milhões de visitantes no ano de 2011. De acordo com o relatório, 5,3 milhões de visitantes são de outros locais do Brasil, 558 mil são estrangeiros e outros 5,3 milhões são baianos viajando pelo próprio Estado.

            Os principais Estados de origem do turista que vem à Bahia são: São Paulo, com 16,6%; Minas Gerais, com 7,4% e o Rio de Janeiro, com 4,9%.

            Entre os visitantes internacionais, o destaque para o turista da Argentina, que enviou mais de 100 mil visitantes para a Bahia em 2011, seguida por Espanha, Itália, França, Alemanha e Estados Unidos.

            Em 2011, a atividade turística movimentou R$7 bilhões no Estado da Bahia, contra R$5 bilhões em 2009, ano em que foi realizado o último estudo.

            O destino Bahia, Sr. Presidente, cresce não apenas com a participação de Salvador, mas participação de diversos outros destinos do interior do Estado da Bahia. Porto Seguro é o segundo destino mais visitado na Bahia, com 9%, depois vêm Ilhéus, Prado, Praia do Forte, Morro de São Paulo, Arraial D'Ajuda, Costa do Sauípe, Imbassaí, Maraú, Itacaré, Lençóis e Trancoso.

            Mas não apenas os destinos de mar e sol na Bahia são destinos procurados. Temos também a Chapada Diamantina, oferecendo para o turista brasileiro uma condição de turismo ecológico, de turismo de aventura, de maneira ímpar e de forma a atrair turistas de todo o Brasil.

            Na oportunidade, o Ministro do Turismo, Gastão Vieira, publicou um artigo nos jornais de principal circulação do nosso Estado, chamado “A Força do Nordeste”, em que chama a atenção justamente para o Nordeste como uma grande área propulsora do turismo brasileiro. Nesse artigo, destaca:

Uma prova disso foi a captação de 17 eventos por Salvador em 2011, [de turismo, de eventos, de negócios], o que fez com que a cidade saltasse da 9ª para a 3ª posição no ranking da Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA).

            Nono no mundo. No Brasil, Salvador ficou atrás apenas do Rio de Janeiro e de São Paulo.

            Portanto, a região do Nordeste brasileiro se apresenta para o País como o grande celeiro do turismo nacional. Dentro da região Nordeste, o Estado da Bahia é o preferido pelo turista internacional. Em 2010, Salvador foi a cidade da região que mais recebeu estrangeiros. Dados da demanda turística internacional, do Departamento de Estudo e Pesquisa do Ministério do Turismo, mostram que a Bahia é o Estado do Nordeste preferido pelo turista internacional e também pelo turista nacional. A Bahia é o Estado preferido de todos os turistas dos Estados brasileiros.

            Nós, baianos, ao mesmo tempo em que nos sentimos honrados com essa posição, afirmamos o nosso compromisso, com esse Salão Baiano de Turismo, mais um evento de importância na Bahia, de melhorar, a cada dia mais, a qualidade dos serviços turísticos em nosso Estado. Na oportunidade do Salão Baiano de Turismo, foi apresentada, pela Secretaria de Turismo, uma maquete extraordinária do Estado da Bahia, onde se podia andar em cima de uma caixa de vidro, sobre o Estado da Bahia, visitando todas as suas zonas turísticas, as suas 16 zonas turísticas. Melhor dizendo, as suas 13 zonas turísticas, são 13 zonas turísticas no nosso Estado

            Portanto, Sr. Presidente, igual iniciativa só se tem no Memorial da América Latina em São Paulo, onde vemos uma maquete da América Latina, que pode ser visitada por todos nós. A maquete do Estado da Bahia, não tenho dúvida, vai fazer sucesso em todas as feiras internacionais e nacionais, dando uma dimensão ao turista e aos operadores do turismo no Brasil da força do turismo no Estado da Bahia, como grande indutor do nosso desenvolvimento.

            Creio que a inclusão, no Programa Brasil Maior da Presidente Dilma, de alguns setores da economia do turismo, especialmente da hotelaria, no seu pacote de desoneração, dá monta e dá conta da sensibilidade que o Governo Federal começa a ter da importância do turismo para a economia nacional.

            Portanto, quero aqui saudar todos aqueles que se esforçaram para construir o I Salão Baiano de Turismo; o Governador Jaques Wagner; a Secretaria do Turismo, em especial a Bahiatursa; a equipe do Governador Jaques Wagner, o Secretário Domingos Leonelli, da Bahiatursa, que tornaram realidade esse antigo sonho dos operadores do turismo em nosso Estado e deram, mais uma vez, à Bahia, um destaque nacional com a realização daquele evento.

            Muito obrigada, Sr. Presidente.