Discurso durante a 93ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do encontro realizado hoje, em Brasília, pela Federação das Indústrias de Santa Catarina; e outros assuntos.

Autor
Casildo Maldaner (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/SC)
Nome completo: Casildo João Maldaner
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA INDUSTRIAL.:
  • Registro do encontro realizado hoje, em Brasília, pela Federação das Indústrias de Santa Catarina; e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 31/05/2012 - Página 22430
Assunto
Outros > POLITICA INDUSTRIAL.
Indexação
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, CONGRESSISTA, REUNIÃO, FEDERAÇÃO, INDUSTRIA, ESTADO DE SANTA CATARINA (SC), REALIZAÇÃO, BRASILIA (DF), COMENTARIO, IMPORTANCIA, ATIVIDADE INDUSTRIAL, REGIÃO.

            O SR. CASILDO MALDANER (Bloco/PMDB - SC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Nobre Presidente, Senadora Marta Suplicy, caros colegas, um por todos e todos por um. O lema dos "Três Mosqueteiros", eternizado por Alexandre Dumas na memória coletiva, expressa bem o encontro realizado nesta manhã, em Brasília, pela Federação das Indústrias de Santa Catarina, reunindo toda a representação política catarinense na capital federal.

            Estavam presentes, além dos três Senadores, praticamente todos os nossos Deputados Federais; Secretários de Estado; o Secretário-Executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann; o Secretário Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Leodegar Tiscoski; o Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Álvaro Prata, nosso ex-Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina; recepcionados pelo presidente da Fiesc e pelo vice-presidente da CNI, empresários Glauco José Corte e Paulo Skaff, respectivamente.

            Nosso Estado tem uma indústria pujante, com relevante papel em nosso processo de desenvolvimento e grande contribuição à economia brasileira e nossa participação no mercado internacional.

            Alguns números revelam essa grandeza: são 42 mil indústrias, que geram 736 mil empregos diretos, ou seja, 37% dos trabalhadores catarinenses. É importante contrapor esses números às dimensões geográficas e populacionais do Estado: temos 293 Municípios distribuídos equanimemente, harmoniosamente por todo o território catarinense, e aproximadamente seis milhões de habitantes. O setor responde ainda por 33% de nosso PIB, 44% da energia elétrica consumida, quase R$ 6 bilhões em arrecadação de impostos e 54% da pauta total de exportações. São apenas alguns dados de um Estado que, no campo territorial brasileiro, é pequeno, pois representamos apenas 1% do nosso território, mas, na dinâmica da nossa inovação, da indústria, ela tem uma representação extraordinária e um peso muito forte, não só representando os 54% da exportação catarinense, mas também na balança comercial brasileira.

            Diante dessa magnitude, as necessidades da indústria são, ao fim, as do Estado como um todo. Em poucas linhas, ações que têm sido motivo de cobrança permanente nesta tribuna: aprimoramento de nossa infraestrutura logística, por meio de nossas rodovias, portos, aeroportos, ferrovias; tratamento mais justo em relação à arrecadação proporcionado por nós; reestruturaçao tributária, entre outros.

            Indubitavelmente, os temas são da maior relevância. Contudo, quero destacar um aspecto do encontro, tão importante quanto a sua pauta propriamente dita. Quero destacar a questão emblemática, o ponto culminante que se travou, nessa manhã, na Confederação Nacional das Indústrias, aqui, em Brasília, com essa representação catarinense.

            A presença maciça da representação catarinense, motivada por entidade de representação de nosso setor produtivo, em prol do desenvolvimento, é um marco de união por Santa Catarina.

            De forma suprapartidária, juntando esforços na luta comum, temos muito mais força e possibilidade de alcançar avanços que produzirão reflexos positivos não só para o nosso Estado, mas para todo Brasil. O clima e a manifestação dos participantes foram emblemáticos, destacando, em uníssono, a importância dessa integração. Ficam de lado interesses regionais, políticas paroquiais ou as cores partidárias, para empunhar uma só bandeira: Santa Catarina.

            O Fórum Parlamentar Catarinense sempre desempenhou a função de unir nossos parlamentares em torno de temas comuns. A novidade reside na agregação às entidades de representação de nossas forças produtivas, integrando nosso compasso com as carências de nosso Estado.

            Tais encontros devem tornar-se mais frequentes, não apenas com a indústria, como também com nossos agricultores, com os comerciantes, enfim, com todos aqueles que contribuem para a construção de nosso Estado.

            Ao longo de sua história, Santa Catarina deu provas inequívocas de seu potencial produtivo e sua vocação natural para a inovação, dando vitais contribuições para o Brasil e para o mundo.

            O encontro de hoje consolida o liame essencial entre a força produtiva e a força política, uma conjunção que produzirá bons frutos para todos, mantendo essa rica tradição.

            Trago isso, Srª Presidente, caros Colegas, porque nós mesmos ficamos surpreendidos com o encontro promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina, hoje pela manhã, numa reunião café, para debater os temas.

            O comparecimento não só dos Colegas, Senadores Luiz Henrique e Paulo Bauer, mas dos 16 Deputados Federais da representação catarinense no Governo Federal. Todos nós num ambiente de dar as mãos, com participação dos técnicos nos alimentando com ideias, com inovações, de como poderíamos encontrar soluções, como agirmos em conjunto para buscarmos conquistar, resolver problemas, dúvidas, mas tratando sempre com fundamentação técnica, de logística, de meios.

            Isso nos surpreendeu, isso agrega valores, novas ideias, pensar em trazer - característica catarinense. Nós temos várias inovações, inclusive a urna eletrônica foi confeccionada, foi concebida, o DNA vem de lá, e assim outras inovações; essa predisposição de que precisamos buscar, alimentar, nós os Congressistas, como ferramentas para colocarmos em prática.

            Esse debate, essa orientação técnica, essa alimentação, esse se dar as mãos, como disse antes, é fundamental.

            Oxalá, sei que os demais Estados também fazem. Sei que o Estado de V. Exª, Senadora Marta Suplicy, faz isso; eu sei que lá no Rio Grande do Sul, a Senadora Ana Amélia convive com isso, desenvolve esses esforços, buscando encontrar saídas. Debateu-se muito aquilo que a Senadora Ana Amélia levantou há pouco, o custo da nossa produção, os encargos, a própria energia elétrica para a nossa indústria catarinense, também a gaúcha, a brasileira, corresponde a praticamente um terço de custos, só nos encargos, na geração de produção, emprego e renda. Hoje ela está caríssima; na verdade isso tudo encarece. E as ideias de como encontrarmos os caminhos.

            Isso que aconteceu hoje é uma coisa diferente, não tem ocorrido ainda um encontro como esse. Que eu lembre, não.

            Então, a Federação das Indústrias de Santa Catarina, liderada pelo Dr. Glauco Côrte, foi extraordinária. Acho que isso ajuda a buscarmos saídas e soluções.

            Quero saudar esse encontro; quero saudar esse dar as mãos de todos nós para buscarmos, não só para os Estados, mas são ideias que vão florescer e servir como modelos até para outros Estados e para nós todos do Brasil.

            Eram essas as considerações, Nobre Presidente, caros colegas.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 31/05/2012 - Página 22430