O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB - RR. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente Senadora Marta Suplicy, ontem fiz um pronunciamento aqui criticando os péssimos serviços, o péssimo atendimento de saúde prestado à população pelo SUS, portanto, pelo serviço público de saúde e também pelo sistema dos planos de saúde. Hoje quero aqui registrar um exemplo de como fazer saúde decentemente neste País e, principalmente, de como fazer uma saúde que prima pela qualidade e pela excelência.

            Quero falar aqui da rede de assistência e reabilitação em saúde que tanto orgulha o Brasil, que é a Rede Sarah de Hospitais, cujas unidades espalhadas em oito cidades brasileiras se constituem em referência nacional e até internacional na reabilitação de pacientes com traumas múltiplos, gravemente acidentados ou severamente debilitados em suas condições motoras.

            Como médico, Srª Presidente, posso afiançar a qualidade e a excelência técnica da Rede Sarah. Cada unidade e centro de referência da rede representa, ao mesmo tempo, um espaço diferenciado para tratamento e aperfeiçoamento das técnicas e pesquisas em reabilitação.

            Até mesmo a própria concepção arquitetônica de suas unidades, inovadoras e acolhedoras como as suas práticas de tratamento, evoca os princípios norteadores de sua missão basilar.

            Seus amplos espaços e vãos, nesse sentido, estão intimamente vinculados a propósitos terapêuticos específicos, permitindo aos médicos, aos profissionais de saúde e aos pacientes um meio adequado para o desenvolvimento das ações voltadas para cada patologia ou plano de reabilitação.

            Sempre construída em áreas com bastante verde, seus solários e jardins proporcionam uma experiência hospitalar muito mais humanizada para os pacientes, possibilitando-lhes um conforto psíquico fundamental para o sucesso de sua recuperação.

            Como entidade social autónoma de direito privado mas sem fins lucrativos, a Rede Sarah é um bom exemplo, hoje, na gestão hospitalar e de seus recursos humanos, recrutados nos melhores cursos e universidades na área de saúde de nosso País.

            Presta, portanto, um serviço médico de altíssima qualidade sem ter de recorrer à medicina privada ou aos grandes grupos do setor. Prova, assim, que com um bom modelo de gestão, isto é, de administração, e uma correta e eficiente aplicação de seus recursos é perfeitamente possível, em nosso País, a consolidação de um sistema público de saúde com qualidade e bons resultados.

            Outro ponto a ser realçado, Srª Presidente, no modelo de gestão da Rede Sarah é, sem dúvida, a sua integração às particularidades culturais e epidemiológicas das regiões onde se encontram suas unidades e centros. Dessa forma, seus programas de reabilitação, assim como as modalidades de tratamento, são definidos conforme os indicadores sociais e sanitários das localidades onde cada unidade está inserida. Nesse contexto, são oferecidas aos pacientes em tratamento técnicas e ambientações absolutamente condizentes ao meio ao qual estão vinculados.

(A Srª Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB - RR) - São muitos, nobres colegas, os brasileiros e as brasileiras que já puderam contar com os modernos tratamentos oferecidos pelos hospitais da Rede Sarah. Quase todos nós temos casos de amigos ou parentes que, após graves acidentes ou acometidos por doenças motoras, obtiveram pleno êxito em tratar sua grave condição nas unidades Sarah espalhadas pelo País.

            Como representante de Roraima, tenho o dever de salientar que vários pacientes procedentes do meu Estado já estiveram em tratamento na Rede Sarah, dispondo de toda tecnologia de referência em reabilitação que caracteriza a rede.

            Peço à Presidente só mais uns minutinhos para encerrar. Presidente, gostaria que V. Exª concedesse pelo menos mais dois minutos para eu terminar.

            Srª Presidente, ao todo foram quase mil roraimenses atendidos pela Rede Sarah, mais especificamente 854 pacientes procedentes de Municípios roraimenses que se trataram em alguma unidade da Rede.

            Eu pergunto qual o Estado do Brasil que já não encaminhou paciente para cá ou para as outras unidades da Rede Sarah existentes no Maranhão, no Ceará, no Rio de Janeiro e já não tiveram atendimento?

            Quanto aos pacientes do meu Estado, trata-se de um número relativo e de alta relevância. É um dado muito importante, considerando a incipiente demografia do meu Estado. Portanto, em nome do povo de Roraima, faço um sincero e emocionado agradecimento à Rede Sarah em nome de sua Diretora, Drª Lúcia Willadino Braga, e do seu Cirurgião Chefe, Dr. Aloysio Campos da Paz Júnior, pelos inestimáveis serviços prestados à nossa sociedade.

(A Srª Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB - RR) - É de exemplos de sucesso e eficiência como o Sarah que o nosso País precisa para consolidar de vez a sua escalada rumo ao desenvolvimento.

            Para encerrar, Senadora Marta, eu quero pedir a V. Exª que autorize a transcrição de uma matéria que saiu hoje no jornal Folha de S. Paulo, que diz: “Ministério da Educação e Cultura vai criar 2.500 vagas em cursos de Medicina até 2014”. A maioria dos postos será em universidades federais e o Governo quer beneficiar regiões mais carentes de médicos.

            Eu quero comentar isso em outro pronunciamento, mas digo que é muito importante. Por exemplo, no meu Estado de Roraima, Senador Eunício, tem o curso de Medicina bem avaliado na Universidade Federal. E é muito importante que em Roraima, no Acre, em Rondônia e nesses Estados do Norte, do Nordeste e também do Centro-Oeste tenhamos mais vagas de médicos, para que contemos com médicos formados ali...

(Interrupção do som.)

(A Srª Presidente faz soar a campainha.)

            A SRª PRESIDENTE (Marta Suplicy. Bloco/PT - SP) - Para encerrar, Senador.

            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB - RR) - Formados ali, dentro da realidade de cada Estado, para assim podermos evitar a concentração de médicos no Sul e no Sudeste e a carência de médicos, principalmente nos Estados do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste. Mas, é bom dizer, que muitos Municípios do Sul e do Sudeste também carecem desses médicos.

            Portanto, encerro pedindo novamente a transcrição dessa matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo.

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR MOZARILDO CAVALCANTI EM SEU PRONUNCIAMENTO

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

- “MEC vai criar 2.500 vagas em cursos de Medicina até 2014”.