Pronunciamento de Ana Amélia em 05/06/2012
Pela Liderança durante a 97ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Registro da decisão do Presidente José Sarney, de inclusão, na pauta, de todas as matérias que tratam da extinção ou limitação do voto secreto nas decisões do Senado e da Câmara; e outros assuntos. (como Líder)
- Autor
- Ana Amélia (PP - Progressistas/RS)
- Nome completo: Ana Amélia de Lemos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela Liderança
- Resumo por assunto
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ATUAÇÃO PARLAMENTAR, CONGRESSO NACIONAL.:
- Registro da decisão do Presidente José Sarney, de inclusão, na pauta, de todas as matérias que tratam da extinção ou limitação do voto secreto nas decisões do Senado e da Câmara; e outros assuntos. (como Líder)
- Publicação
- Publicação no DSF de 06/06/2012 - Página 23699
- Assunto
- Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR, CONGRESSO NACIONAL.
- Indexação
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- ELOGIO, JOSE SARNEY, PRESIDENTE, SENADO, MOTIVO, INCLUSÃO, PAUTA, VOTAÇÃO, ASSUNTO, LIMITAÇÃO, EXTINÇÃO, VOTO SECRETO, CONGRESSO NACIONAL, OBJETIVO, AMPLIAÇÃO, TRANSPARENCIA ADMINISTRATIVA, REDUÇÃO, CORRUPÇÃO.
- DEFESA, ORADOR, PERMANENCIA, VOTO SECRETO, CAMARA DOS DEPUTADOS, SENADO, RELAÇÃO, ESCOLHA, MINISTRO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), DERRUBADA, VETO (VET), PRESIDENTE DA REPUBLICA, MOTIVO, PROTEÇÃO, LEGISLATIVO, PODER, EXECUTIVO, JUDICIARIO.
A SRª ANA AMÉLIA (Bloco/PP - RS. Pela Liderança. Sem revisão da oradora.) - Isso acontece. Obrigada, Presidente Marta Suplicy. Agradeço também ao Senador pela gentileza.
O tema já foi tratado aqui pelo Senador Jorge Viana e pela Senadora Angela, em uma parte de seu discurso. Temos agora a instalação da Comissão Mista que examina a Medida Provisória nº 571, que trata do Código Florestal.
É um desafio grande, como ressaltou o Senador Jorge Viana, que, junto com o Senador Luiz Henrique, dois brilhantes relatores, construíram um consenso em torno de um tema tão complexo quanto o de preservar o ambiente com sustentabilidade e, ao mesmo tempo, assegurar a produção de alimentos, de que não só nosso País precisa, como também muitas nações que se alimentam com o que produzimos aqui.
Temos esse compromisso e também uma audiência pública na Câmara dos Deputados, no auditório Nereu Ramos, para discutir exatamente, Senadora Angela Portela, a Medida Provisória nº 568, que trata de uma questão muito polêmica, que diz respeito à redução do salário dos médicos.
Acredito na habilidade do Relator, Senador Eduardo Braga, que está construindo uma alternativa muito adequada para atender a demanda de uma categoria tão importante que são os médicos e também os veterinários. A medida provisória, por equívocos na sua elaboração, incluiu coisas boas e coisas muito ruins, como a redução dos salários não só dos médicos, como também do Dnocs, na região, e outras categorias, como veterinários e agentes comunitários de saúde. Mas penso que há um espaço de negociação. Nós vamos ter essa audiência pública agora, e eu irei para lá em seguida.
E há também, nessa medida provisória, uma questão relacionada ao prazo para os docentes das universidades federais. E ela traz o atendimento da demanda dos docentes. Portanto, essa parte deveria permanecer na medida provisória, retirando-se apenas aquelas matérias que contrariam os interesses dos servidores, no caso a área médica, veterinária, agentes comunitários de saúde, funcionários do Dnocs e tantos outros.
Mas, como disse, caminha-se muito bem para o entendimento. Acredito que esse é o melhor instrumento no campo democrático para se resolver um problema de tal gravidade.
Esta Casa não votaria, sem dúvida, se viesse como está a medida provisória, e nem ao menos a Câmara Federal. Portanto, estamos trabalhando intensamente nisso. Estão mobilizadas as categorias no auditório Nereu Ramos, para onde estou indo agora.
Mas eu queria, Srª Presidente Marta Suplicy, Srªs e Srs. Senadores, fazer um registro estimulador da decisão do Presidente José Sarney, Presidente desta Casa, que determinou, nesta terça-feira, à Secretaria-Geral da Mesa, a inclusão na pauta do plenário de todas as matérias que tratam da extinção ou limitação do voto secreto nas decisões do Senado e da Câmara, inclusive para a perda de mandato.
Segundo a Secretaria, no dia 13, na próxima quarta-feira, começarão a ser examinadas a Proposta de Emenda à Constituição nº 50, de 2006, de autoria do Senador Paulo Paim, do meu Estado, o Rio Grande do Sul; a PEC nº 38, de 2004, do Senador e agora Governador Sérgio Cabral; e a PEC nº 86, de 2007, do Senador Alvaro Dias, que já estão tramitando nesta Casa.
A iniciativa do Presidente José Sarney está absolutamente sintonizada, primeiro, com a aspiração da sociedade brasileira, que quer transparência nas decisões do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
Eu, particularmente, penso que o voto secreto deveria prevalecer apenas em duas circunstâncias: para a escolha de Ministros do Supremo Tribunal Federal, porque, eventualmente, no futuro, serão os julgadores dos membros do Senado; e também para a derrubada de veto presidencial. É dispensável dizer a força que tem o Poder Executivo sobre os parlamentares na apreciação da derrubada de um veto por esta Casa.
Então, as únicas condições de manter o voto secreto seriam essas. Nos demais casos, como escolha de embaixador, de agência reguladora, em todas as demais matérias, deveria ser o voto aberto, inclusive para cassação de mandato.
Eu queria, então, saudar a iniciativa do Presidente José Sarney em determinar à Secretaria-Geral da Mesa a inclusão dessa matéria no próximo dia 13, Presidente Marta Suplicy. Penso que ele presta um grande serviço ao Parlamento e à sociedade brasileira.
Muito obrigada.