Pela ordem durante a 97ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Divulgação da realização do 9º Caju Nordeste, na cidade de Picos-PI, no período de 28 de junho a 1º de julho do corrente.

Autor
Wellington Dias (PT - Partido dos Trabalhadores/PI)
Nome completo: José Wellington Barroso de Araujo Dias
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
AGRICULTURA.:
  • Divulgação da realização do 9º Caju Nordeste, na cidade de Picos-PI, no período de 28 de junho a 1º de julho do corrente.
Publicação
Publicação no DSF de 06/06/2012 - Página 23861
Assunto
Outros > AGRICULTURA.
Indexação
  • REGISTRO, REALIZAÇÃO, REUNIÃO, LOCAL, PICOS (PI), MUNICIPIO, ESTADO DO PIAUI (PI), OBJETIVO, DISCUSSÃO, MELHORIA, DESENVOLVIMENTO, PRODUÇÃO AGRICOLA, CAJU, REGIÃO NORDESTE.

            O SR. WELLINGTON DIAS (Bloco/PT - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, enquanto o Senador Walter Pinheiro vai à tribuna, pela ordem.

            Eu queria registrar aqui que o Estado do Piauí é o Estado que tem a segunda maior área plantada de caju do Brasil. Também por isso, a cidade de Picos, centro-sul do Piauí, sediará o 9º Caju Nordeste, no período de 28 de junho a 1º de julho de 2012.

            O evento é um seminário técnico, realizado anualmente em polos produtores de caju situados na região Nordeste do Brasil, com o objetivo de contribuir com a organização, a modernização e o desenvolvimento da cadeia produtiva da cajucultura.

            Quero, assim, Sr. Presidente, dar como lido este texto, em que faço a divulgação, repito, do 9º Caju Nordeste, no período de 28 de junho a 1º de julho de 2012, na cidade de Picos, no Piauí.

            Muito obrigado.

 

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SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTO DO SENADOR WELLINGTON DIAS.

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            O SR. WELLINGTON DIAS (Bloco/PT - PI. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, o Piauí é o estado que tem a segunda maior área plantada de caju do Brasil. Também por isso, a cidade de Picos, centro sul do Piauí, sediará o 9º Caju Nordeste, no período de 28 de junho a 1º de julho de 2012.

            O evento é um seminário técnico, realizado anualmente em pólos produtores de caju situados na Região Nordeste do Brasil, com o objetivo de contribuir com a organização, a modernização e o desenvolvimento da cadeia produtiva da cajucultura.

            Sr. Presidente, o cultivo do caju é tão importante na minha região que durante quatro ou cinco meses do ano muitos agricultores do Nordeste têm o caju como principal fonte de renda. Isso porque o cajueiro é uma planta que resiste à seca e produz justamente quando mais falta água.

            Por isso, é tão importante a realização da conferência Caju Nordeste, que se consolidou definitivamente como o mais importante seminário temático dedicado ao desenvolvimento da cultura do cajueiro no Brasil.

            Grandes temas de interesse para o desenvolvimento da cajucultura piauiense serão tema de palestras, debates e encontros de planejamento durante o Caju Nordeste, com o envolvimento de especialistas do Ministério da Agricultura e Agropecuária, que orientarão sobre como é possível acelerar o encaminhamento de soluções para questões como o registro de produtos agropecuários, especialmente os derivados do pedúnculo e da castanha de caju; o zoneamento agrícola de risco climático da cultura do cajueiro no Estado do Piauí; a padronização, certificação e identificação geográfica da cajuína; o controle fitossanitário do cajueiro, com foco no controle do oídio e da mosca branca.

            Também estão listados como temas de destaque a discussão sobre o consórcio do cajueiro com a apicultura, a economia solidária na cajucultura e apicultura como instrumento de geração e renda, a organização e gestão de minifábricas de beneficiamento de produtos do caju e a produção de mudas enxertadas de cajueiro anão precoce.

            Esses temas, incluídos entre vários outros que farão parte da programação do 9º Caju Nordeste, são de grande interesse para a conjuntura da cadeia produtiva do caju piauiense e foram sugeridos pelas instituições realizadoras do evento, durante a reunião de planejamento promovida pelo Instituto Caju Nordeste do qual participaram representantes da SDR, CODEVASF, SFA/PI, SEBRAE/PI, FAEPI-SENAR/PI, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, EMATER/PI, ADAPI, APSEM, COCAJUPI, Embrapa Meio-Norte e Casa Apis.

            Respaldado no sucesso e continuado crescimento observado na seqüência das oito edições anteriores, realizadas no período de 2004 a 2011, o Caju Nordeste norteia sua ação nas seguintes diretrizes:

            a) A sua realização é anual, dentro de um sistema de parceria que envolve as instituições cujo trabalho tem repercussão no seio da cajucultura;

            b) E itinerante, podendo ser realizado nos estados da Região Nordeste do Brasil, especialmente aqueles onde existam grandes pólos de cajueiro;

            c) O planejamento é participativo, possibilitando que a programação seja construída de forma democrática e atenda aos anseios dos atores da cadeia produtiva do caju;

            d) A participação é gratuita, possibilitando que os pequenos produtores rurais tenham acesso às tecnologias disponibilizadas em todas as atividades da programação do evento.

            Durante a realização da nona edição do Caju Nordeste serão oferecidas as seguintes atrações:

            a) Seminário Técnico em que são apresentadas tecnologias inovadoras para a cajucultura, composto de painéis temáticos, mini-cursos, vitrines tecnológicas, oficinas técnicas, mesas redondas, visitas técnicas a empreendimentos bem-sucedidos.

            e) Feira do Caju em que serão expostos, demonstrados e comercializados produtos, serviços, máquinas e equipamentos relacionados com a cajucultura e com atividades agropecuárias consorciadas.

            f) Troféu Caju de Ouro, comenda entregue anualmente na solenidade de abertura do Caju Nordeste às pessoas e instituições públicas e privadas que se destacaram na realização de ações em prol do desenvolvimento da cajucultura.

            g) Festival Gastronômico, com concurso de receitas preparados com a fibra do pedúnculo do caju e amêndoas da castanha de caju.

            h) Caravanas de Produtores Rurais da agricultura familiar oriundos de pólos produtores de caju dos estados da região Nordeste.

            i) Caju Show com apresentações artísticas e culturais que animarão as noites dos participantes durante o período de realização do evento.

            j) E outros eventos paralelos de interesse da cajucultura.

            Sr. Presidente, talvez muita gente não saiba do tamanho da importância social do caju no Nordeste. O cajueiro, para o semiárido nordestino, é ainda de suma relevância, pois os empregos do campo são gerados na entressafra das culturas tradicionais como milho, feijão e algodão, reduzindo, assim, o êxodo rural. Ao lado do aspecto econômico, os produtos derivados do caju detêm ainda grande importância alimentar para o produtor rural.

            É tão importante a cultura do caju no Piauí que Picos também sedia a Cooperativa dos Produtores de Caju do Piauí, a Cocajupi, que exporta a castanha ou a amêndoa do caju para o Brasil e para o mundo.

            A Cocajupi foi fundada em junho de 2005 e tem por objetivo eliminar a figura do atravessador, vendendo diretamente a sua produção para grandes supermercados e redes varejistas, de forma que o produto chegue ao consumidor final com um preço mais próximo do que a cooperativa negocia.

            A venda da castanha para o exterior é resultado da conquista da certificação da Cocajupi para o Comércio Justo - modalidade de comercialização que leva em conta requisitos como responsabilidade social, sustentabilidade e competitividade dos pequenos e médios produtores.

            Segundo o IBGE, o Nordeste, com uma área plantada superior a 750 mil hectares, responde por 100% da produção nacional, sendo os estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia os principais produtores.

            No Piauí, são quase 200 mil hectares destinados à cultura do caju, o que coloca o estado em segundo lugar no ranking da cajucultura brasileira. Estima-se que uma média de 40 mil estabelecimentos agrícolas desenvolvam a cajucultura no Piauí. Por meio de associações e cooperativas, os produtores vêm aprimorando técnicas, priorizando a produção para beneficiamento da castanha, principalmente a in natura.

            O Brasil, que já chegou a ser o segundo maior produtor de castanha do mundo, ficando atrás apenas da índia, atualmente encontra-se em quarto lugar, perdendo para índia, Vietnã e Costa do Marfim.

            Precisamos aumentar a participação do Brasil na produção de castanha de caju no mundo. E faremos isso, incentivando a produtividade no Nordeste, especialmente no meu Piauí, senhor presidente.

            Era isso que eu tinha a dizer.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/06/2012 - Página 23861