O SR. JAYME CAMPOS (Bloco/DEM - MT. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero registrar, antes de iniciar minha fala, a presença valorosa e honrada do ilustre Deputado, ex-Senador e ex-Governador Júlio Campos; do valoroso amigo e Deputado Federal pelo nosso Estado de Mato Grosso, Deputado Pedro Henry, que nos visita nesta noite de hoje; e também do Dr. Huendel Rolim, grande advogado e jurista do nosso Estado de Mato Grosso.

            Sr. Presidente, às vésperas da Rio+20, a mais importante conferência das Nações Unidas no contexto do mundo contemporâneo, é com elevada satisfação e gratificante orgulho que eu gostaria de enaltecer, mediante a transcrição integral nos Anais desta Casa, a matéria jornalística hoje veiculada por meio do programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo de Televisão.

            Na consistente reportagem, Sr. Presidente, conduzida pela jornalista Miriam Leitão, sobre sustentabilidade econômica, essa competente profissional ressalta o exemplo do Município de Alta Floresta, no meu Estado do Mato Grosso, como uma verdadeira lição de economia verde. Conforme relata a reportagem, “a cidade chegou a entrar na lista das que mais desmatam no mundo, tomou consciência ambiental e conseguiu a façanha de deixar o incomodo ranking”.

            Essa constatação, Sr. Presidente, é especialmente relevante diante do fato de Mato Grosso ter destruído, em 20 anos, 117 mil quilômetros quadrados de floresta, o que equivale a três vezes a área do Estado do Rio de Janeiro.

            Diz a matéria:

Na Amazônia, a taxa de destruição anual da região caiu de 27 mil Km² por ano para 7 mil Km² no ano passado, mas é ainda a segunda maior do mundo, depois da Indonésia. Alta Floresta, no norte de Mato Grosso, veio perdendo floresta a cada ciclo econômico. Primeiro foi o garimpo, depois madeira, em seguida a pecuária, que ainda é a principal atividade econômica da região.

Em 2007, ela entrou na lista das cidades que mais desmatam e começou a perder financiamento e investimento. Houve uma mobilização da sociedade para mudar isso, unindo autoridades, ONGs e produtores. Ela acaba de sair dessa lista. Para se ter uma ideia de como isso é difícil, das 40 cidades que estavam na lista, só três conseguiram essa façanha.

            Isso só foi possível graças ao esforço e à articulação conjunta da comunidade dos produtores de Alta Floresta. A partir de ações como a recuperação de pastagens por meio do plantio de arroz, a proteção de rios e de nascentes, o melhor aproveitamento hídrico, o rodízio de pastos e outras iniciativas no manejo ambiental, demonstra-se possível compatibilizar a preservação ecológica e o crescimento dos negócios no campo, até porque, atualmente, nada menos de um quinto de nossas exportações provêm do agronegócio florestal.

            Com essas palavras, Sr. Presidente, encerro minhas considerações, requerendo à Mesa, nos termos do Regimento da Casa, a transcrição nos Anais da íntegra da matéria cujo texto ora encaminho.

            Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR JAYME CAMPOS EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

- “Município de Alta Floresta, na Amazônia, dá lição de economia verde.” Bom Dia Brasil, de 12/06/2012.