Pronunciamento de Pedro Simon em 04/07/2012
Discurso durante a 117ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Indignação com matéria publicada, hoje, no jornal Correio Braziliense, sobre suposto acordo político para não convocação de depoentes pela CPMI do “caso Cachoeira”.
- Autor
- Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
- Nome completo: Pedro Jorge Simon
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO.:
- Indignação com matéria publicada, hoje, no jornal Correio Braziliense, sobre suposto acordo político para não convocação de depoentes pela CPMI do “caso Cachoeira”.
- Publicação
- Publicação no DSF de 05/07/2012 - Página 31754
- Assunto
- Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO.
- Indexação
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- CRITICA, ANUNCIO, JORNAL, CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), REFERENCIA, REALIZAÇÃO, ACORDO, PARTICIPANTE, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO, IMPEDIMENTO, DEPOIMENTO, PRESIDENTE, EMPRESA DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT), OBJETIVO, ENCERRAMENTO, DEBATE, SOLICITAÇÃO, CONVOCAÇÃO, AUTORIDADE, COMISSÃO.
O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) - Srª Presidente, Srs. Senadores, acho muito graves as manchetes do Correio Braziliense de hoje, de que teria havido um acordo entre vários partidos na CPI para impedir a vinda do Presidente da Delta, do ex-Presidente do DNIT e praticamente encerrar os debates naquela CPI.
Levantei a questão na Comissão de Justiça e o Presidente daquela Comissão ficou de marcar uma reunião o mais breve para discutirmos uma ação a ser feita se isso acontecer. Sinceramente, faço um apelo dramático ao Presidente, ao Relator e aos membros da CPI: não façam esse acordo, não humilhem este Congresso, não tomem uma decisão como essa, que, sinceramente, é algo em que eu não posso acreditar.
A CPI, amanhã... E a outra informação agora é que, provavelmente, não dê quórum. Como a repercussão das manchetes foi muito grave, estão dizendo que amanhã, provavelmente, a CPI não reunirá quórum. Eu não sei, mas acho que... eu dizia, hoje, lá na Comissão de Constituição e Justiça, ao advogado de defesa do nosso ilustre Senador que sofre o seu processo, que o azar dele foi cair na Comissão de Ética e na Comissão de Constituição e Justiça. Se tivesse caído na CPI, não aconteceria nada, porque na CPI há um acordo geral e não vai acontecer nada.
Eu faço um apelo muito importante. Não há como não convocar o Presidente da Delta, não há como não convocar o ex-Presidente do DNIT, que exige, que faz um apelo, que quer falar, que quer discutir, que quer expor o que ele tem. Não é possível!
Essa CPI não foi pedida pela oposição. Essa CPI foi ideia do Presidente Lula, foi convocada pelo Governo, não da Presidente. Justiça seja feita, a Presidente Dilma foi contrária desde o início. Só não pôde se manifestar, porque era um movimento do ex-Presidente Lula e aí ela ficou quieta. Mas já que foi convocada e já que está em pleno andamento, chegar a essa altura e os partidos políticos se reunirem: “Tu tiras o teu e eu tiro o meu, não falas do meu e eu não falo do teu, não chama ninguém”! Onde nós estamos? Sinceramente, eu não me lembro de ter visto uma situação tão dramática.
A matéria de folha inteira do Correio Braziliense falando do acordo dos partidos políticos para encerrar e não convocar mais ninguém é algo que realmente fere esta Casa. Se isso acontecer, eu vou propor na Comissão de Constituição e Justiça uma decisão a ser feita, uma providência a ser tomada. Pode ser a extinção da Comissão, pode ser até o pedido de fiscalizar a decisão da Comissão de fazer um acordo para impedir de se convocarem aqueles que devam ser convocados.
Eu faço um apelo aos membros da CPI: que a reunião administrativa de amanhã saia e que, nessa reunião administrativa, sejam convocados todos os que devam ser convocados e que, depois de tanto tempo, a CPI comece a funcionar, tenha a primeira ação, porque até agora foi um zero total.
Muito obrigado, Srª Presidente.