Pela Liderança durante a 117ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa de implantação de ações federais voltadas para o crescimento sustentável, semelhantes ao Pólo Industrial de Manaus. (como Líder)

Autor
Alfredo Nascimento (PR - Partido Liberal/AM)
Nome completo: Alfredo Pereira do Nascimento
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
POLITICA DE DESENVOLVIMENTO, POLITICA DO MEIO AMBIENTE.:
  • Defesa de implantação de ações federais voltadas para o crescimento sustentável, semelhantes ao Pólo Industrial de Manaus. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 05/07/2012 - Página 31766
Assunto
Outros > POLITICA DE DESENVOLVIMENTO, POLITICA DO MEIO AMBIENTE.
Indexação
  • DEFESA, IMPLANTAÇÃO, MEDIDA, GOVERNO FEDERAL, OBJETIVO, CRESCIMENTO ECONOMICO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, PRESERVAÇÃO, MEIO AMBIENTE, SEMELHANÇA, POLO INDUSTRIAL, ZONA FRANCA, MUNICIPIO, MANAUS (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM).

            O SR. ALFREDO NASCIMENTO (Bloco/PR - AM. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, a economia do Amazonas se desenvolve especialmente pela força do Polo Industrial de Manaus (PIM). Esse complexo de indústrias envolve negócios comprometidos com a sustentabilidade da região e com o respeito pelo meio ambiente.

            O Polo é, sem dúvida, uma solução econômica que impede a exploração irracional dos potenciais naturais, e, com isso, torna-se possível a preservação de 98% da Floresta Amazônica no Estado.

            Estudo realizado em meados de 2007 por conceituados economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a estratégia de industrialização materializada no Polo Industrial de Manaus contribuiu substancialmente para a desaceleração do desmatamento da Floresta Amazônica, em particular, do meu Estado do Amazonas.

            Recentemente, tivemos a oportunidade de acompanhar a Conferência da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Para a realização de toda a estrutura desse megaevento para debater o futuro do Planeta, foram gastos R$150 milhões, segundo valores divulgados pela imprensa. A meu ver, é dinheiro jogado fora. Existem outras políticas públicas mais eficazes, com resultados mais concretos no que se refere à preservação de nossas riquezas naturais.

            Especialistas da área ambiental afirmam que o documento aprovado na Rio+20 é fraco. A sociedade civil, participante ativa da Conferência, não foi ouvida pelos líderes dos 193 países integrantes. Objetivamente, não ficou definido nada de concreto. O fato é que os objetivos foram jogados para 2014, e a implementação das metas pela sustentabilidade, para 2015.

            Ambientalistas enxergam avanços, mas abaixo do esperado. A desculpa dos governantes para justificar o baixo desempenho da Rio+20 é a crise econômica internacional. Porém, em edições passadas, a atual crise não existia, e pouca coisa avançou na preservação do Planeta.

            Temos de ousar e de aproveitar os bons exemplos internos. O Brasil, ao criar o Polo Industrial de Manaus, vem atingindo bons resultados, reflexo da soma de investimentos no setor produtivo mais compromissos firmados com a sustentabilidade.

            Meios antes vistos como divergentes - indústria x meio ambiente - a pesquisa do Ipea comprovou que podem caminhar juntos para a preservação da Floresta Amazônica. Então, o momento é o de agir. O Brasil não precisa esperar 2014 ou 2015 para dar sua contribuição para salvar a humanidade e preservar a mãe natureza. Ainda de acordo com a avaliação do Ipea, as empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus, que são mais de 500, faturaram US$26 bilhões, geraram 105 mil postos de trabalho diretos, exportaram US$1 bilhão, registraram próximo de US$7 bilhões de investimentos fixos e arrecadaram algo em torno de R$15 bilhões em tributos.

            Portanto, como parte estratégica da Zona Franca de Manaus, o Polo Industrial de Manaus é um modelo de desenvolvimento e de preservação da Amazônia. É prova também de que o Brasil está muito mais avançado que outros países no que se refere ao crescimento com sustentabilidade. Somos capazes de multiplicar nosso capital, de atrair investimentos externos e de proteger nossa biodiversidade simultaneamente.

            Creio que o Governo brasileiro perdeu a oportunidade de mostrar ao mundo, durante a Rio+20, que é possível continuar crescendo economicamente, garantindo a sobrevivência das gerações futuras com qualidade.

            Um recurso escasso que não está sendo levado em conta é o tempo. O relógio corre contra nós tomadores de decisão. É chegada a hora de implantar ações semelhantes à ação do Polo Industrial de Manaus para assegurarmos um futuro próspero e ambientalmente saudável para a população do nosso País, como nós já estamos fazendo no Amazonas.

            Muito obrigado, Srª Presidente.

            Era o que eu tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/07/2012 - Página 31766