Pela Liderança durante a 126ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Repúdio à publicação, pela revista Época, da matéria intitulada “Temporada de Chantagem”.

Autor
Blairo Maggi (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Blairo Borges Maggi
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL.:
  • Repúdio à publicação, pela revista Época, da matéria intitulada “Temporada de Chantagem”.
Publicação
Publicação no DSF de 10/07/2012 - Página 33235
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL.
Indexação
  • CRITICA, PUBLICAÇÃO, PERIODICO, EPOCA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), ASSUNTO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, CHANTAGEM, GOVERNO FEDERAL, REGISTRO, FALTA, VERDADE, DEFESA, ATUAÇÃO, PRONUNCIAMENTO, GOVERNO.

            O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco/PR - MT. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, ocupo a tribuna na tarde de hoje, pela Liderança do PR, para fazer um registro de como as coisas vão acontecendo, da forma como a população vai comprando aquilo que é escrito e da forma que é escrito na imprensa nacional.

            Neste final de semana, uma das grandes revistas de circulação nacional fez uma matéria cujo título é: “Temporada de Chantagem”. E cita que dois Senadores tiveram esse tipo de comportamento esta semana. Um deles - e vou falar por mim - que a revista traz é o meu nome. E fala de uma suposta “ação”, como a revista diz, que quero deixar registrado aqui. Ela diz o seguinte:

O traço mais perverso da chantagem no mundo da política é a sua eficiência. Funcionou com a Deputada Rebecca e, na semana passada, funcionou também com a Presidente Dilma Rousseff. Na terça-feira, o Senador Blairo Maggi, do PR de Mato Grosso, incendiou uma reunião no gabinete da Liderança do PTB na Ala Tancredo Neves.

            Bom, aí é que começam as coisas como elas são escritas e como efetivamente elas acontecem.

            Eu, numa reunião do nosso bloco, fiz algumas cobranças ao Governo - como já fiz aqui nesta tribuna e continuarei fazendo -, da ineficiência do Governo, das coisas que demoram a ser decididas; reclamei das medidas provisórias que vêm para esta Casa, da forma como o Governo conduz a negociação das medidas provisórias não dando oportunidade para que os Parlamentares, os Senadores, aqueles que discordam das medidas provisórias possam colocar no texto algo que nós entendemos como salutar para o comércio e para a indústria brasileira.

            Então, a minha reclamação não é nem uma reclamação, Senador Moka, fora do contexto político que fiz na reunião do meu bloco e que faço aqui neste plenário, quando subo para reclamar do Governo. E acho que essa é a nossa função, de alertar o Governo, de dizer das coisas que não estão funcionando e por que não estão funcionando.

            Tenho total liberdade e total confiança de vir fazer isso aqui na tribuna ou fazer no meu bloco. Mas daí passar para que isso seja uma chantagem é uma coisa muito diferente, Senador Aloysio.

            O que culminou, o que o jornalista acha que foi uma chantagem? O bloco decidiu que as reclamações que eu estava fazendo lá dentro deveriam ser levadas à Casa Civil do Governo, e as reclamações que fiz foram de ordem política, nenhuma outra que não essa. Não reclamei de emenda parlamentar, que não é do meu feitio; não tem um telefonema meu; não tem um ofício meu pedindo qualquer emenda parlamentar para este Governo, desde que cheguei aqui, no início de 2011; não tem uma indicação pessoal minha para nenhum cargo - não tenho e não o farei; as que faço é dentro do que a Bancada de Mato Grosso quer fazer, porque é assim que nós decidimos, que os cargos de preenchimento de confiança nacionais, do Estado do Mato Grosso, deverão ser preenchidos pela maioria das assinaturas dos parlamentares e Senadores daquele Estado.

            Portanto, não fiz reclamação nenhuma, nem de ordem de emendas nem de ordem de indicação, porque não é do meu feitio. Não o fiz e não o farei daqui para frente.

            Agora, reclamar da forma como as coisas são feitas, isso fiz, no bloco, e farei aqui.

            O que culminou, Sr. Presidente, com o que o jornalista acha que é chantagem, foi que na quinta-feira, pela manhã, a Presidente Dilma, depois da reunião que tivemos, telefonou-me, pessoalmente, para ser solidária comigo em relação aos 12 dias que passei no hospital, pela diverticulite e pelo problema coronário que eu tive. E a Presidente ainda me disse: “Blairo, se o nosso médico” - que é o mesmo Dr. Kalil, de São Paulo - “tivesse dito que você estava hospitalizado, eu teria subido ao terceiro andar para lhe dar um abraço. Estou ligando agora para lhe dizer isso.”

            Bom, confundir ou querer vender para o público nacional, para o povo, que isso seria uma chantagem é muito diferente.

            Sr. Presidente, por isso, pelo que está escrito aqui, por esse tipo de atitude é que a política, o Congresso brasileiro vem sendo desrespeitado. Todo dia vem sendo colocado algo de suspeição sobre ele, como um simples telefonema da Presidente a um Senador, que é seu amigo, pessoal, para lhe desejar boa sorte, boa saúde, porque passou 12 dias convalescendo.

            Quero deixar aqui o meu registro, a minha indignação sobre essa matéria. Sei que isso tem reflexos, porque as pessoas leem; leem e dizem: “Olha os chantagistas do Congresso!”. Não foi isso o que aconteceu e quero deixar registrado.

            Houve, sim, as reclamações. Fiz e continuarei fazendo todos os dias que achar necessário fazer para o bom andamento da política, para a defesa da democracia e dos negócios do meu País.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/07/2012 - Página 33235