O SR. EDUARDO LOPES (Bloco/PRB - RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.

            Agradeço e parabenizo o nosso Senador Ivo Cassol pelo pronunciamento.

            O SR. PRESIDENTE (Casildo Maldaner. Bloco/PMDB - SC) - Senador Eduardo, quero só informar que, após V. Exª, nós temos a inscrição do Senador Eduardo Suplicy. Na sequência, depois, como Líder, está inscrito o Senador Magno Malta e, em seguida, pelo que vejo de presença, o Senador Flexa Ribeiro.

            O SR. EDUARDO LOPES (Bloco/PRB - RJ) - Sr. Presidente, eu agradeço e cumprimento todos que acompanham, agora, esta sessão do Senado, seja pela TV Senado, pela Rádio Senado, pela Internet, pelas comunidades. De forma especial, também quero cumprimentar aqueles do Força Jovem Brasil que acompanham, agora, este pronunciamento, porque eu os avisei que falaria sobre esse maravilhoso trabalho de alcance nacional que é o Força Jovem Brasil.

            Quero falar, hoje, então, sobre esse trabalho, sobre as atividades, o alcance e a tamanha relevância desse projeto chamado Força Jovem Brasil.

            Poucos programas sociais, em nosso País, têm alcançado uma dimensão tão ampla e tão admirável como o Força Jovem Brasil, também conhecido pela sigla FJB. Um programa que atende, hoje, mais de 300 mil jovens em todo o território nacional, por meio de atividades educacionais profissionalizantes, esportivas e também culturais.

            O objetivo não poderia ser mais nobre: transformar a vida de meninos e meninas, de rapazes e moças que enfrentam problemas, que não conseguem estabelecer um rumo claro a seguir, ajudando-os a fazer a diferença na sociedade como profissionais de sucesso nas mais diversas áreas.

            As atividades realizadas pelo Força Jovem Brasil são gratuitas e abertas a qualquer pessoa que delas queira participar.

            Na área da cidadania, por exemplo, temos o Projeto Se Liga 16 que, além de auxiliar os jovens a regularizar seus documentos pessoais, cuida de lhes oferecer a sempre necessária formação política e informações sobre direitos civis.

            Quero destacar aqui um trabalho maravilhoso dentro do Se Liga 16, no sentido da cidadania ao levar orientação aos jovens que completam 16 anos que venham a tirar, entre todos os documentos, também o título de eleitor, tornando-os, assim, capazes de exercer o seu direito de cidadania através do voto. Então, quero, aqui, ressaltar esse trabalho tão importante do Se Liga 16, trazendo responsabilidade ao jovem que completa 16 anos, dando-lhe essa consciência de exercer o seu direito a voto.

            O projeto também encaminha moças e rapazes para o mercado de trabalho, atuando em parceria com agências de emprego e empresas em geral. Nós temos, dentro deste projeto, esse acordo, o chamamos de bolsa de emprego, em que agências e empresas também contatam o Força Jovem, onde temos um banco de dados muito grande em que oferecemos a oportunidade de trabalho para o jovem. Um trabalho também maravilhoso.

            Mas não fica por aí. Na verdade, os voluntários que participam desse projeto estão sempre realizando ações de cunho social, como doação de sangue, distribuição de cestas básicas em comunidades carentes, oferta de sopa, agasalho para moradores de rua e arrecadação de artigos de primeira necessidade, como produtos de higiene e fraldas que são doados a familiares de presos, orfanatos, asilos e outras instituições filantrópicas. São feitas ainda visitas a hospitais, como aquelas realizadas no âmbito da campanha Dose Alegria, que leva amor e carinho a crianças internadas.

            Outro projeto, no campo da cidadania, é o Uniforça, que auxilia a organização de eventos e que também atua quando ocorrem grandes tragédias.

            Um exemplo foi, na queda do avião da TAM, no Aeroporto de Congonhas, a Uniforça esteve ali presente ajudando. Também em tragédias, como as que aconteceram no Rio de Janeiro, em Teresópolis, lá no Morro do Bumba, o trabalho foi árduo, mas o Uniforça, com seus voluntários, estava ali presente, resgatando corpos, levando alimento, ajudando os feridos. Quer dizer, o Uniforça presente em momentos tão difíceis, infelizmente falando, mas presente para doar o carinho e o auxílio.

            Nessas ocasiões, os voluntários deslocam-se imediatamente para o local da tragédia, oferecendo, como já falamos, a ajuda possível no socorro às vítimas.

            Por seu turno, o Grupo Secretárias, formado por meninas que integram o Força Jovem Brasil como dirigentes, voluntárias ou participantes de projetos, também atua intensamente em atividades sociais.

            O Congresso Feminino, por exemplo, é evento que acontece durante uma tarde inteira, com workshops, palestras, desfiles e oficinas sobre saúde, moda, beleza, comportamento e atividades profissionais.

            Na área da cidadania, temos a Consciência Jovem, que desenvolve, por exemplo, ações em prol do meio ambiente, como o plantio de árvores e a limpeza de cidades e praias.

            Também promove a Caravana Consciência Jovem, como aquela que se realizou no Playcenter, em São Paulo, e que reuniu milhares de integrantes da Força Jovem da capital paulista e do interior do Estado.

            No campo da educação, senhoras e senhores, temos o Projeto Jovem Nota 10, que está transformando em realidade o sonho de milhares de jovens de melhorar o seu padrão educacional e, principalmente, ter acesso ao ensino superior. Nesse Projeto Jovem Nota 10, os voluntários preparam os jovens para o vestibular, preparam os jovens para concursos públicos, preparam os jovens para buscar oportunidades melhores.

            Atuando de forma voluntária, uma equipe integrada por profissionais das mais diversas áreas proporciona aos jovens não apenas cursos pré-vestibulares, mas também cursos de libras, rotinas administrativas, secretariado, informática, artesanato, idiomas, turismo e hotelaria.

            Em parceria com instituições de ensino superior, são realizados vestibulares sociais coletivos, dos quais somente em 2011 participaram mais de 20 mil pessoas, em 18 unidades da Federação.

            Cumpre destacar, ainda, o projeto UP (Unidade de Planejamento), que apoia estudantes universitários e profissionais das áreas de Engenharia e de Ciência e Tecnologia.

            O Projeto Cultura, de sua parte, fomenta atividades culturais e de lazer, tais como teatro, cinema, canto, coral, banda, dança, cursos de teclado, cursos de violão, shows diversos e também passeios turísticos.

            Em parceria com a Record Entretenimento, realiza-se o Festival Média Metragem, que teve sua primeira edição levada a efeito no teatro Paulo Autran, em São Paulo. Já o Fashion Day é evento que junta muita animação, muita música e muito glamour, com um elogiadíssimo desfile de moda feminina.

            No campo esportivo, Sr. Presidente, todos os ouvintes, todos os telespectadores, devemos destacar aqui o apoio a milhares de atletas, muitos dos quais vêm obtendo expressivos resultados tanto em nível nacional como até em nível internacional.

            Destacamos aqui o carateca Juarez, da equipe de judô do Rio de Janeiro, campeão do Pan-Americano 2007; a Robervânia, no kung fu; as irmãs Tâmila e Géssica, no surfboard; o boxeador Giovani. Esses e muitos outros atletas que o tempo não me permite citar são integrantes do Força Jovem Brasil e que alcançaram prestígio internacional e projetam mundo afora o esporte do nosso País. Parabenizo, então, todos os atletas do Força Jovem Brasil.

            Temos eventos como a Virada Esportiva, capaz de reunir mais de 60 mil jovens no Parque Ecológico do Tietê para nove horas ininterruptas de atividades esportivas. Temos eventos como o Festival de Artes Marciais, cuja primeira edição aconteceu em Valinhos; e a Copa Evangélica, que reuniu em São Bernardo do Campo representantes da Igreja Universal, da Renascer, da Brasil para Cristo e também da Assembleia de Deus.

            Essas e muitas outras ações vêm sendo desenvolvidas pelo Força Jovem Brasil, sempre com a cobertura da VPR. Eu quero mandar um abraço a todos da VPR, uma agência de comunicação integrada por voluntários e que faz a cobertura de todos os eventos do Força Jovem Brasil e que é também responsável pela divulgação de todo o trabalho realizado. Parabéns à VPR e um abraço a todos que fazem parte da VPR.

            O site www.forcajovembrasil.com.br tem uma rede social com mais de 90 mil membros e alcança cerca de quatro milhões de visualizações por mês. O Força Jovem Brasil possui ainda uma rádio on-line e uma revista bimestral, a Força Jovem Magazine, com tiragem de 50 mil exemplares e distribuição nacional. Além disso, há um programa de televisão, o Força Jovem Brasil, que vai ao ar todos os dias à meia-noite, pela IURD TV.

            É todo um trabalho, repito, do mais alto gabarito, digno dos mais entusiasmados elogios e aplausos. Mas, em meio a todo esse trabalho, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu gostaria de destacar uma atividade que vem sendo conduzida com muito empenho, com muita determinação e, acima de tudo, com muito amor. Refiro-me ao projeto Dose Mais Forte, por meio do qual uma equipe de voluntários, em sua maioria ex-dependentes químicos, desenvolve atividades de conscientização sobre os malefícios causados pelas drogas. Eventos que dão ênfase à informação são realizados em escolas, universidades, centros de reabilitação juvenil e mesmo junto a comunidades inteiras para alertar as pessoas sobre esses assuntos. Essas ações são acompanhadas de um trabalho de orientação, apoio espiritual e auxílio à família dos jovens viciados.

            Atenção muito especial, evidentemente, tem sido dada à questão do crack. Pesquisas baseadas no último censo realizado pelo IBGE, Senador Eduardo Suplicy, dão conta de que o número de usuários de crack no Brasil já passa de 1,2 milhão e que a idade média para o início do uso da droga está na faixa dos 13 anos. As consequências são devastadoras, a começar, é claro, pela própria saúde do usuário.

            A intoxicação, a fome, o sono, os danos causados aos pulmões, ao coração, aos ossos e músculos, ao sistema neurológico, todos esses fatores, somados, configuram um processo que, em grande parte das situações, conduz à morte. E se a morte não vem como decorrência da ação do crack sobre o organismo, vem pela violência, uma violência que se estabelece tanto na relação do usuário com o traficante, como nas práticas que ele acaba adotando para satisfazer o vício.

            E aqui eu não poderia deixar de citar, infelizmente, o nosso Rio de Janeiro. Na comunidade do Jacarezinho, quando passamos ali, na Avenida Suburbana, vemos uma cracolândia, vemos jovens jogados pelas calçadas, em pleno sol, dormindo, brigando, fumando crack. Quando passo ali, vemos, realmente, na situação do viciado no crack, infelizmente, o lixo humano. O viciado em crack se torna realmente, infelizmente, um lixo humano. E nós presenciamos isso sempre que passamos ali no Jacarezinho. Mesmo com todo o esforço, mesmo com todo o trabalho do Governo, da Prefeitura, do Força Jovem Brasil, do trabalho de evangelização que é realizado também pelos voluntários, pelos membros da Igreja Universal do Reino de Deus, mesmo assim, a proliferação de viciados acontece num ritmo realmente assustador.

            É uma violência que impacta diretamente a sociedade na forma de furtos, roubos, assaltos, sequestros e até assassinatos e que também impacta a sociedade na forma de prejuízos ao sistema educacional e de dispêndios cada vez maiores com a saúde pública, a assistência e a previdência social.

            É por isso que, no âmbito do projeto Dose Mais Forte, estão ganhando força eventos como o “Crack: tira essa pedra do meu caminho”, que, em janeiro de 2011, promoveu passeatas em todo o País. Também temos o evento chamado “Driblando o crack”, que, em setembro do mesmo ano, ou seja, setembro do ano passado, reuniu quinhentos mil jovens em estádios brasileiros para assistir a jogos de futebol beneficentes. Eu mesmo participei de um jogo, no Rio de Janeiro, juntamente com o Romário e outras pessoas.

            Também temos o “Nocaute ao crack”. O nobre Senador Eduardo Suplicy, boxeador, sabe muito bem o que é isso. Espero não tenha sofrido nenhum, mas realizamos um nocaute ao crack, em novembro último, com a apresentação de várias modalidades de artes marciais, incluindo o próprio boxe.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - V. Exª permite um aparte, Senador?

            O SR. EDUARDO LOPES (Bloco/PRB - RJ) - Pois não, Senador Eduardo Suplicy.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Quero cumprimentá-lo por seu pronunciamento, e a preocupação, sobretudo, dos esforços dessas organizações que V. Exª menciona, através, sobretudo, de ações culturais, esportivas, educacionais, para prevenir, educar, combater o crack, que, de fato, tem uma repercussão extraordinariamente maléfica, sobretudo para os jovens que acabam utilizando o crack. Gostaria de registrar, na linha dos exemplos que V. Exa. citou, um trabalho que me parece muito interessante, originado em São Paulo, por um jovem dramaturgo, nas comunidades mais carentes ali no Estado de São Paulo, tanto em bairros como o Jardim Ângela, Guaianases, como também em Caconde, no interior, e em diversos outros lugares, Asdrúbal Serrano vem promovendo aquilo que ele denomina “a arte contra o crack”. São peças curtas de teatro que os jovens estão apresentando - eles são os atores em cada uma dessas comunidades - para justamente mostrar os efeitos danosos nos que se tornam viciados no crack e quais os caminhos para se libertarem do crack. Inclusive, ele colocou a renda básica de cidadania como uma das maneiras que, quando plenamente instituída, ajudarão os jovens a se libertarem do crack. Então, um exemplo, na linha dos exemplos citados por V. Exª. Meus cumprimentos.

            O SR. EDUARDO LOPES (Bloco/PRB - RJ) - Obrigado, Senador Eduardo Suplicy, pela sua participação, que quero incorporar a minha fala.

            E, como eu disse, o Romário, o Deputado Romário, ao participar de um desses eventos - não de um só, mas de vários, participou em Manaus, participou no Rio, em vários Estados ele participou dessa caravana conosco -, disse, na condição de ídolo do futebol, que muitos dos seus amigos da comunidade do Jacarezinho, que eu aqui citei e onde ele cresceu e ele foi criado, não tiveram a oportunidade de dar esse drible definitivo nas drogas. Ora, os eventos como os promovidos pelo Força Jovem Brasil mostram que é possível, sim, driblar o vício, comprometer-se com a virtude, com resultados extremamente satisfatórios para os jovens, para seus familiares e para o Brasil.

            Portanto, Sr. Presidente e todos, eu quero aqui, na pessoa do Pastor Jean Madeira, parabenizar todo esse trabalho - ele que, com tanto entusiasmo e tanta competência, coordena as ações do Força Jovem Brasil. Faço questão de declarar a minha admiração e o meu reconhecimento a todas as pessoas que vêm atuando no programa. Com seu trabalho voluntário, com sua dedicação, com seu amor enorme e sincero pelo ser humano, esses jovens demonstram, dia após dia, que podemos e devemos acreditar em nosso País, um país que, com a graça de Deus, caminha para ser cada vez mais próspero, cada vez mais bem-aventurado. Parabéns a todos os integrantes do Força Jovem Brasil e continuem no exercício de sua admirável missão.

            Eu quero, aproveitando e cumprimentando o Força Jovem Brasil, também aqui parabenizar e registrar que ontem, dia 9 de julho, a Igreja Universal do Reino de Deus completou 35 anos de existência. E o Força Jovem Brasil é fruto desse trabalho também, é fruto do trabalho da Igreja Universal do Reino de Deus, um trabalho de evangelização, um trabalho onde se atua para a transformação de vidas. Então, eu quero parabenizar a Igreja Universal, parabenizar todos os membros, pastores, bispos da Igreja, obreiros, todos os grupos, enfim, parabenizo a Igreja Universal e todos aqueles que fazem parte dessa imensa família. E parabenizo, em especial, o nosso líder, o líder da Igreja Universal, o Sr. Bispo Edir Macedo.

            Parabéns a todos e que, realmente, vidas continuem sendo transformadas.

            Sr. Presidente, obrigado.