Comunicação inadiável durante a 129ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Solidariedade aos servidores do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, em greve pela implantação do Plano de Carreira.

Autor
Eduardo Lopes (PRB - REPUBLICANOS/RJ)
Nome completo: Eduardo Benedito Lopes
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
MOVIMENTO TRABALHISTA.:
  • Solidariedade aos servidores do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, em greve pela implantação do Plano de Carreira.
Publicação
Publicação no DSF de 12/07/2012 - Página 36169
Assunto
Outros > MOVIMENTO TRABALHISTA.
Indexação
  • REGISTRO, SITUAÇÃO, GREVE, SERVIDOR, ARQUIVO NACIONAL, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), COMENTARIO, REIVINDICAÇÃO, RENOVAÇÃO, PLANO DE CARREIRA, APOIO, ORADOR, ASSUNTO, REFERENCIA, IMPORTANCIA, ATIVIDADE, ARQUIVISTA, HISTORIA, CRIAÇÃO, ARQUIVO PUBLICO, BRASIL, EXPECTATIVA, SENADOR, ATENDIMENTO, PEDIDO, FUNCIONARIOS.

            O SR. EDUARDO LOPES (Bloco/PRB - RJ. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidenta, e a todos que acompanham essa sessão do Senado,

            Eu quero hoje aqui falar a respeito do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro.

            Na última segunda-feira, 2 de julho, servidores do Arquivo Nacional no Rio de Janeiro, votaram em assembléia pela greve, como também em Brasília a decisão pela greve prevaleceu entre os servidores da Coordenação Regional do órgão.

            Da lista de reivindicações o item principal é o encaminhamento, ao Congresso Nacional, pelo Poder Executivo, de Projeto de Lei tratando do plano de carreiras do Arquivo Nacional.

            O pleito é justo, se considerado o caráter eminentemente técnico das atividades desenvolvidas por esses servidores, a necessidade de lhes proporcionar desenvolvimento profissional e de estabelecer mecanismos que racionalizem melhor os procedimentos administrativos.

            Para melhor compreender a importância dos Arquivistas, basta lembrar ser ele o profissional preparado para recuperar, com rapidez e apuro técnico, a informação contida nos mais diversos suportes: físico, digital ou até mesmo virtual.

            A gestão arquivística de documentos e informações envolve múltiplos elementos, que vão da produção à tramitação, do uso ao arquivamento, da recuperação à classificação das informações contidas nas mais variadas plataformas.

            Não por outra razão, ao regulamentar a profissão, a legislação exige a formação académica de Arquivologia, em nível superior, como requisito para o exercício profissional.

            Justamente por assim ser, nas sociedades contemporâneas o concurso profissional dos Arquivistas vem sendo solicitado tanto pelo Poder Público quanto pela iniciativa privada.

            O Brasil mudou muito nestes quase dois séculos que nos separam da decisão do então Deputado Araújo Lima, futuro "Marquês de Olinda", de propor a criação de um Arquivo Público no Brasil, sugestão apresentada a 20 de outubro de 1823. Aí estava o embrião do nosso atual Arquivo Nacional.

            O advento da "Comissão da Verdade" e da Lei de Acesso à Informação são apenas exemplos de iniciativas governamentais e legislativas, para reafirmar a garantia constitucional pétrea do direito à informação e para dar efetividade à sua prestação.

            Nessa perspectiva, hipoteco então a minha absoluta solidariedade aos que defendem a urgente necessidade de implantação do plano de carreira no Arquivo Nacional.

            A mais importante Instituição brasileira voltada para a guarda, seleção, classificação e disseminação da documentação produzida no País, que é o Arquivo Nacional, não pode se furtar a oferecer aos seus Arquivistas o efetivo reconhecimento profissional, a ser materializado pelo plano de carreira.

            Espero, sinceramente, que no ano de 2012 venhamos a assistir à implantação desse plano, haja vista que esses profissionais são fundamentais e estratégicos nesta "Era da Informação e do Conhecimento".

            A esses profissionais reitero a minha admiração pelo extraordinário trabalho que desenvolvem, a eles renovo meu compromisso de luta pelo contínuo respeito à profissão.

            Muito obrigado!

            Era o que tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/07/2012 - Página 36169