Pela Liderança durante a 129ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do transcurso do Dia Internacional do Cooperativismo; e outro assunto.

Autor
Eduardo Lopes (PRB - REPUBLICANOS/RJ)
Nome completo: Eduardo Benedito Lopes
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
HOMENAGEM, ELEIÇÕES. :
  • Registro do transcurso do Dia Internacional do Cooperativismo; e outro assunto.
Publicação
Publicação no DSF de 12/07/2012 - Página 36517
Assunto
Outros > HOMENAGEM, ELEIÇÕES.
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, COOPERATIVISMO, REGISTRO, IMPORTANCIA, ATIVIDADE, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, HISTORIA, CRIAÇÃO, COOPERATIVA, PAIS ESTRANGEIRO, INGLATERRA, DESENVOLVIMENTO, BRASIL, COMENTARIO, ATUAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, FUNDAÇÃO, DIA NACIONAL, COOPERATIVA DE CREDITO.
  • REGISTRO, ATUAÇÃO, ORADOR, CAMPANHA ELEITORAL, ELEIÇÃO MUNICIPAL, PARTIDO REPUBLICANO BRASILEIRO (PRB), COMENTARIO, EXPECTATIVA, EVENTO, ELOGIO, PARTICIPAÇÃO, PARTIDO POLITICO.

            O SR. EDUARDO LOPES (Bloco/PRB - RJ. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.

            Muito bem, eu quero cumprimentar todos que nos acompanham neste momento, seja pela tevê, pela rádio, pela Internet, os que estão aqui presentes, e eu quero fazer um registro de uma data muito importante.

            No último sábado, dia 7, nós comemoramos o Dia Internacional do Cooperativismo, data louvável, que é festejada anualmente, sempre no primeiro sábado do mês de julho, desde 1923. Trata-se de data significativa para milhões de cidadãos no Brasil e em todo o mundo, pois o cooperativismo é uma forma de atividade econômica que, em vez de visar ao lucro, é voltada para a promoção do homem, para a oferta de trabalho e para o desenvolvimento social.

            Embora praticado há pelo menos dois mil anos, o cooperativismo como atividade econômica organizada surgiu na Inglaterra, em 1844, quando um grupo de tecelões fundou a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale. A criação da entidade representava uma alternativa para aqueles operários em face do crescente desemprego gerado pelo sistema capitalista desde a Revolução Industrial.

            Ainda hoje, o cooperativismo tem sido uma resposta bastante eficaz às lacunas do neoliberalismo e da globalização, especialmente no que diz respeito ao desemprego e à perversa distribuição de renda. No cooperativismo, como se sabe, os lucros se revertem em favor dos próprios cooperados, que são "sócios", e são utilizados para fortalecer a cooperativa. Os cooperados podem ter maior ou menor número de cotas, mas, por basear-se em princípios democráticos e no espírito de solidariedade, as decisões devem respeitar a vontade da maioria.

            É por essas e outras razões, Sr. Presidente, que a Constituição Federal prevê, em seu art. 174, § 2o, que "a lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo".

            No Brasil, o movimento cooperativista surgiu em fins do séc. XIX. O mais antigo registro dessa atividade organizada data de 1889, quando foi criada, no Município mineiro de Ouro Preto, a Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto. O movimento se expandiu por todo o País, mas ganhou maior expressão na região Sul, pela influência dos imigrantes que trouxeram a cultura cooperativista dos países europeus.

            Entre outras datas importantes que marcam a expansão dessa atividade, podemos citar:

- a criação, em 2 de dezembro de 1969, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB);

- a entrada em vigor da Lei n° 5.764, de 1971, que disciplinou a criação das cooperativas;

- o reconhecimento internacional, com a eleição, em 1995, do ex-Presidente da OCB, Roberto Rodrigues, para a Aliança Cooperativista Internacional;

- e a criação, em 1998, do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), o mais novo integrante do chamado "Sistema S".

            Hoje, a atividade cooperativa em nosso País abrange segmentos os mais variados. Em todo o território nacional, temos cooperativas agropecuárias, de crédito, de consumo, educacionais, de habitação, de infraestrutura, de turismo e lazer, entre outros.

            A propósito, a Presidenta Dilma Rousseff sancionou no dia 8 de maio último a Lei n° 12.620, que criou o Dia Nacional do Cooperativismo de Crédito, a ser comemorado anualmente no dia 28 de dezembro. Nesse segmento de crédito, as mais de 1.400 cooperativas detêm marcas impressionantes, se comparadas aos bancos tradicionais:

- em volume de ativos, estão na 10ª posição no ranking nacional (com R$34 bilhões em 2008);

- em número de "clientes", que são seus associados, detêm a 6ª colocação; e

- possuem a quarta maior rede de postos de atendimento.

            Tamanho desempenho faz o Brasil figurar como o 16° colocado no ranking mundial de volume de ativos administrados por cooperativas de crédito.

            É oportuno lembrar, igualmente, Sras. Senadoras e Srs. Senadores, que a Assembleia Geral da ONU declarou 2012 o Ano Internacional das Cooperativas. Comemorado no último dia 7 de julho, o Dia Internacional do Cooperativismo ganha um relevo ainda maior, porque comemoramos todos os anos o Dia Internacional do Cooperativismo, mas o ano de 2012 foi declarado pela ONU o Ano Internacional das Cooperativas.

            Na ocasião, foi destacada a contribuição das cooperativas para o desenvolvimento econômico e, particularmente, a geração de empregos, a integração social e a redução da pobreza.

            Por tudo isso, é com orgulho que registro o transcurso do Dia Internacional das Cooperativas, fazendo votos para que essa atividade continue se expandindo fortemente no Brasil e no cenário internacional.

            Quero também aproveitar o uso da tribuna, já que entraremos em recesso na próxima semana, para falar do trabalho que teremos pela frente, visando às eleições 2012.

            Já estamos plenamente em dias de campanha, e a nossa caminhada, a nossa jornada será, certamente, grandiosa, com muito trabalho, com muita dedicação. Quero aqui registrar, mais uma vez, como Vice-Presidente regional do Partido Republicano Brasileiro (PRB), que trabalharemos na campanha ativamente.

            No Rio de Janeiro, o PRB está disputando 16 Prefeituras; temos também 26 candidaturas a Vice-Prefeitos, candidatura a Vereadores em praticamente todos os Municípios, em praticamente todos os 92 Municípios do Estado e também em todo o Brasil.

            O PRB, como todos os demais partidos envolvidos nessa festa da democracia, que são as eleições, especialmente as eleições municipais, em todo o Brasil irá disputar as eleições com mais de 300 candidatos a Prefeito, sendo que, dessas 300 candidaturas à Prefeituras no Brasil, 32 delas são em cidades com mais de cem mil habitantes. Também disputaremos em capitais brasileiras; disputaremos as eleições na capital do Estado de Roraima, na Prefeitura na capital da Bahia, Salvador, com nosso Deputado Federal Márcio Marinho. Também na capital de São Paulo, com a candidatura do Celso Russomanno, ex-Deputado Federal. Enfim, trabalharemos para o crescimento do Partido.

            Eu fui questionado, ontem, por um jornalista do site iG, que fez uma entrevista comigo. Inclusive, também o Estadão está solicitando uma entrevista comigo hoje, e devo dar essa entrevista logo após o pronunciamento. A pergunta que o jornalista do iG fez e, certamente, o do Estadão, já adiantando um pouco o assunto, tratou do crescimento do PRB, do por que, qual a razão que eu dava para o crescimento do PRB. Eu respondi ao jornalista do iG, se não me engano, Fábio é o nome dele, que o crescimento se deve, claro, a muito trabalho, muita dedicação por parte de todos os membros do PRB, mas, principalmente, por uma coisa que eu chamo de credibilidade. A credibilidade que a sociedade e também o meio político têm dado ao PRB eu creio que seja a grande responsável pelo crescimento do Partido.

            Aqueles que vieram para o Partido - alguns deles eu recebi no Rio de Janeiro, e também conversando aqui, no Senado e na Câmara -, alguns que vieram para o PRB, já com mandato ou para disputar a eleição, falaram, do PRB, primeiro dessa credibilidade, mas também falaram do PRB como um Partido leve, um Partido limpo, um Partido leve para se trabalhar, para se disputar eleição.

            Então, eu creio, como respondi, que o fator credibilidade seja o maior responsável pelo crescimento do PRB.

            Eu não tenho dúvidas de que este ano de 2012 é um ano muito importante. Eu o chamei de ano-base. Por que ano base? Eu creio que vai ser um ano que vai sedimentar, um ano que, passadas as eleições, vai fundamentar os alicerces do PRB.

            Não quero ser nem otimista, nem pessimista, apenas dar como exemplo: das 300 disputas a prefeituras, no Brasil - repetindo, nem sendo otimista e nem sendo pessimista -, vamos imaginar como meta do nosso Presidente nacional, Dr. Marcos Pereira, que também concedeu entrevista ao site iG ontem, eleger cem prefeitos. Vamos imaginar que ele consiga alcançar o seu objetivo. Então, o PRB com 100 prefeitos eleitos. Hoje nós temos 800 vereadores eleitos em todo o Brasil, e a meta do Presidente e a nossa é, no mínimo, dobrar o número de vereadores. Então, mantendo o raciocínio do nosso Presidente, nós chegaremos a 1.600 vereadores em todo o Brasil, sem contar os vices, porque eu não tenho como, agora, dar uma ideia mais precisa. Mas vamos imaginar que fique no mesmo número dos prefeitos eleitos. Imagine o PRB com 100 prefeitos, no Brasil; com 100 vice-prefeitos e com 1.600 vereadores. Isso aumenta muito a base de apoio do Partido para as eleições de 2014.

            Por isso chamo de ano-base, porque, aumentando a base de apoio do partido através dos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos, certamente o PRB chegará, em 2014, fortalecido para as eleições.

            O PRB, certamente, seguindo o mesmo raciocínio, se o Presidente do Partido pensa em dobrar o número de vereadores - vamos seguir o mesmo raciocínio -, dobraremos o número de Deputados Federais. O PRB chegou, em 2010, com oito Deputados Federais eleitos. Seguindo o mesmo pensamento, e vou reforçar novamente, nem sendo otimista e nem sendo pessimista, apenas partindo de uma linha de raciocínio, imagine o PRB, nesse mesmo raciocínio, ele chegaria aqui com, no mínimo, 16 Deputados Federais nas eleições de 2014.

            Eu creio - e agora minha opinião - que podemos chegar com muito mais do que isso. Podemos chegar com muito mais do que 16 Deputados Federais. E, claro, também colocando a questão da disputa, em 2014, também no Senado. Eu ainda não sei qual é o projeto do Partido em relação a nomes para 2014, uma vez que o nosso mandato vai até 2018. Então, não temos ainda ideia quanto a isso. Mas, com respeito à eleição para Deputado Federal, é bem clara a nossa visão para 2014.

            Então, com tudo isso, reforço aqui o que certamente alguma coisa, e muito do que eu estou falando aqui, será colocado na entrevista concedida ao site do iG, e também certamente vai ser nessa mesma linha que eu vou conceder a entrevista ao Estadão para se tornar de conhecimento da sociedade.

            Eu quero parabenizar aqui o PRB, todos os membros do PRB, todos aqueles que se estão dispondo a disputar a eleição pelo PRB. No sábado, reuni os candidatos a vereadores do Município do Rio de Janeiro. Lá, o PRB vem sozinho, sem coligação, com a chapa completa: 77 candidatos a vereador no Rio de Janeiro. Eu os reuni no sábado para falarmos sobre material de campanha, para falarmos sobre a campanha do Partido. Eu os parabenizei e reforço aqui os parabéns que dei a eles e dou a todos os militantes do PRB, em todo o Brasil, em todos os Estados.

            Parabéns a todos os que se dispuseram a disputar a eleição em 2012 pelo PRB.

            Encerro aqui o meu pronunciamento, já partindo para o recesso, partindo para o trabalho, e visualizando aqui o nosso amigo, Senador Arruda, que certamente vai lutar, como já disse aqui. Eu ouvi o pronunciamento dele, em que até citou o Ministro Crivella, dizendo que vai ser como o Crivella em Fortaleza. Ou seja: sozinho, mas vai para a rua; vai para cada rua, para cada bairro, para cada casa, pedir o seu voto.

            É isso aí. É preciso realmente ter essa disposição.

            Relembro aquilo que já falei também pessoalmente para o Senador Arruda: na eleição do Senador Crivella, eu, como primeiro suplente na chapa em 2010, não disputei a reeleição a Deputado Federal para ser o suplente do Crivella, em cima de um projeto político que, hoje, está aqui se tornando realidade. Hoje, é uma realidade, porque ele é Ministro, e eu sou Senador.

            Então, abri mão da minha candidatura à reeleição como Deputado Federal para ser o suplente do Crivella, com muito orgulho, com muita honra.

            Aí, eu me lembro, no primeiro dia antes de começar a campanha, em 2010, o que disse ao Senador Crivella. Fui coordenador da campanha dele. Eu disse: “Senador, o senhor tem quem fazer só uma coisa. O senhor tem que se preocupar com uma coisa: vai para a rua apertar a mão do povo. Deixa que do resto eu cuido. Deixa que do resto a gente cuida”.

            Eu disse isso porque, andando com o Senador e Ministro Crivella, sei o quanto ele é querido pela população do Rio de Janeiro. Sei o quanto ele é respeitado. Portanto, eu não poderia deixar o meu Senador preocupado, envolvido com assuntos que desviariam sua atenção, que tirariam o seu tempo de estar nas ruas. Eu disse: “Senador, vá para rua, aperte a mão do povo, deixe que do resto a gente cuida, deixe que do resto eu cuido. Como coordenador da sua campanha, pode deixar que do resto eu cuido”. Aí, obtivemos o sucesso contra tudo e contra todos, contra o poder econômico, contra o poder político. E o Crivella aumentou a sua votação em relação a 2012 e foi reeleito Senador pelo Rio de Janeiro, coisa que o Rio de Janeiro não tem por hábito fazer. É a segunda vez na história que isto acontece: um Senador reeleito no Rio de Janeiro.

            Fica aqui esse registro. A mesma coisa nós já falamos com o Senador Arruda, e ele disse que vai seguir à risca esse conselho. Ele vai para a rua, apertar a mão do povo, e vai lutar contra tudo e contra todos. E já aproveito e desejo que seja bem-sucedido na sua caminhada na disputa da eleição.

            Um abraço a todos. Aproveito e mando o meu abraço também ao querido Ministro Crivella. Um abraço a todos do PRB. Um abraço ao nosso Presidente, Dr. Marcos Pereira. Um abraço especial ao Celso Russomano nessa disputa gigantesca, na cidade de São Paulo. E também um abraço a todos que fazem parte da militância do PRB.

            Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/07/2012 - Página 36517