Discurso durante a 61ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Exposição sobre o caso do diplomata iraniano acusado de pedofilia no Brasil.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA EXTERNA.:
  • Exposição sobre o caso do diplomata iraniano acusado de pedofilia no Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 18/04/2012 - Página 13206
Assunto
Outros > POLITICA EXTERNA.
Indexação
  • DEMONSTRAÇÃO, SITUAÇÃO, DIPLOMATA, ORIGEM, PAIS ESTRANGEIRO, IRÃ, ACUSAÇÃO, PEDOFILIA, PAIS, MOTIVO, TENTATIVA, ENCERRAMENTO, IMUNIDADE, OBJETIVO, REALIZAÇÃO, JULGAMENTO, CRIMINOSO, BRASIL.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, rapidamente, pois eu gostaria de mostrar a V. Exª o caso do diplomata iraniano acusado de pedofilia aqui no Brasil.

            Sr. Presidente, por três vezes, nesses últimos 15 dias, estive na Embaixada do Irã para tratar do assunto relativo ao Pastor Youssef, que está condenado à morte, à forca, porque foi considerado apóstata por haver se convertido ao Cristianismo, abandonando o Islamismo. O Pastor afirma que nunca foi mulçumano, mas está condenado à morte.

            Então, lá, eu e o Embaixador tivemos uma boa conversa. Ele disse que não, que ele sequer é pastor, que é ajudante de pedreiro e que foi condenado por prostituição, mas que não está condenado à morte, porque a lei civil deles não condena ninguém à morte por ser apóstata.

            Mas, no dia seguinte, chegaram até mim os originais do tribunal de justiça do Irã, escrito em mandarim, dizendo que ele estava condenado à morte porque virou as costas para Maomé. Eu voltei lá e disse-lhe: “Este é um documento original. O senhor não me falou a verdade”. Ele olhou o documento e realmente não tinha o que fazer.

            Agora um diplomata iraniano, aqui, abusando de crianças em Brasília!

            “Caso haja um acordo, o governo do Irã pode solicitar a volta do diplomata ao país de origem ou extinguir a imunidade dele e permitir o julgamento no Brasil”.

            Então, tem que tirar a imunidade dele para que ele seja julgado aqui. Imaginem se fosse no Irã? Ele estaria condenado à morte. Aqui, minimamente, temos de ter prisão perpétua para esse tipo de gente desgraçada, de mente doente e que abusa de criança.

            Quem abusa de criança não pode ir para país alheio arrotar sua religiosidade para mandar alguém para morte em nome de ter assumido esta ou aquela fé. Não falo com base nas conversas que tive com o embaixador, porque esse é um diplomata, mas nós, aqui, precisamos documentar - e eu farei - e quero ver se dessa vez conto com a solidariedade de V. Exªs, com a solidariedade do Senado, para pedir realmente que seja retirada a imunidade dele, para que esse cidadão, que abusou de crianças aqui em Brasília, seja julgado aqui no Brasil.

            Vamos ver se pelo menos nisso a gente tem unidade.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/04/2012 - Página 13206