Pela Liderança durante a 167ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa da adoção de medidas, pelos Governos Federal e Estadual, para alavancar a produção industrial da Zona Franca de Manaus. (como Líder)

Autor
Alfredo Nascimento (PR - Partido Liberal/AM)
Nome completo: Alfredo Pereira do Nascimento
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Defesa da adoção de medidas, pelos Governos Federal e Estadual, para alavancar a produção industrial da Zona Franca de Manaus. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 12/09/2012 - Página 47433
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • REGISTRO, REDUÇÃO, PRODUÇÃO INDUSTRIAL, ZONA FRANCA, MUNICIPIO, ESTADO DO AMAZONAS (AM), MOTIVO, CORTE, DISPONIBILIDADE, CREDITOS, COMENTARIO, EXPECTATIVA, MELHORIA, SITUAÇÃO, ENFASE, NECESSIDADE, ESFORÇO, GOVERNO FEDERAL, INCENTIVO, INDUSTRIA NACIONAL, DIVERSIFICAÇÃO, PRODUÇÃO, REFERENCIA, IMPORTANCIA, ASSUNTO, DESENVOLVIMENTO, REGIÃO NORTE.

            O SR. ALFREDO NASCIMENTO (Bloco/PR - AM. Sem revisão do orador.) - Srª Presidenta, Senadores, Senadoras, a sociedade amazonense está envolvida com o processo eleitoral, assim como toda a população brasileira. A necessidade de se discutir o futuro dos Municípios e a escolha dos seus governantes é legítima para o fortalecimento do Estado do Amazonas e do Brasil de modo geral. Não podemos deixar de lado, porém, temas tão cruciais para o nosso desenvolvimento. 

            Neste caso, quero abordar o drama que a Zona Franca de Manaus vem sofrendo na sua produção. Segundo os recentes dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a produção da indústria amazonense amargou o pior resultado desde o ano de 2009. Os dados apontam que o Estado registrou uma queda de aproximadamente 15%, em julho de 2012, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Este é o quarto resultado negativo consecutivo da indústria do meu Estado do Amazonas.

            Somente nos primeiros sete meses do ano, o setor industrial brasileiro também mostrou recuo de 7,6%, metade da queda da indústria amazonense. Este cenário pode ser considerado o de maior retração do País. Além disso, o ritmo de desaceleração do setor produtivo, frente ao fechamento de igual período do ano passado, foi bastante acentuado.

            Para a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), essas dificuldades no Polo Industrial de Manaus são recorrentes a diversos fatores, principalmente o baixo índice de liberação de crédito. É necessário disponibilizar melhores linhas de crédito para gerar um "efeito cascata positivo", aumentando os benefícios, por exemplo, do setor de motocicletas e também de linha branca, segmentos importantíssimos que impulsionam a produção da Zona Franca de Manaus.

            A expectativa da Federação é de que, nesta segunda metade do ano, haverá um aquecimento em decorrência dos pedidos de fim de ano, o que pode melhorar os números da produção do Estado. Essa, porém, não é a estratégia que desejamos. O Governo tem que ser decisivo na adoção de medidas de alavancagem da produção da Zona Franca de Manaus, da mesma forma que vem atuando na indústria automotiva brasileira.

            O bom desempenho da indústria brasileira não pode ficar apenas a cargo do consumidor; é preciso a forte presença dos governos federal e estadual nos processos de estímulo à indústria. No caso do Amazonas, isso fica mais evidente, pois a economia do meu Estado se desenvolve especialmente pela força do Polo Industrial da Zona Franca de Manaus.

            Temos, então, que ousar para combater novas quedas da produção do Polo Industrial. É preciso criar mecanismos que impeçam a saída de empresas e, ao mesmo tempo, criar estratégias de atração a novas indústrias para o Polo Industrial do Amazonas.

            Precisamos diversificar para diminuir nossa dependência de alguns setores. É momento de tirar o projeto do Polo Agropecuário do papel. E também incentivar a expansão do setor moveleiro e naval do nosso Estado do Amazonas. Temos que abrir caminhos para outros segmentos tão atrativos economicamente quanto os demais já existentes na Zona Franca de Manaus.

            Este é o momento. Nada mais oportuno que o calor do debate eleitoral para colocar à Mesa temas que, de fato, afetam diretamente a vida da população do Amazonas. No caso do meu Estado do Amazonas, não podemos esperar uma nova queda da produção industrial para exigir mudanças e cobrar uma postura mais firme dos governos federal e estadual. Não podemos permitir a continuidade desse quadro negativo, pois o desenvolvimento do Amazonas depende de uma Zona Franca forte, pujante, geradora de empregos e indutora da economia no Estado do Amazonas.

            Muito obrigado, Srª Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/09/2012 - Página 47433