O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, preliminarmente, gostaria de. homenagear a Maçonaria Brasileira por ocasião do transcurso do Dia do Maçom, celebrado no dia 20 de agosto.

            A Maçonaria, ao longo de sua história, tem se notabilizado como uma instituição comprometida com a intransigente defesa dos mais altos valores da vida republicana e das sociedades democráticas em todo o mundo. Corro o risco de repetir outros oradores ou mesmo de ser repetido, mas nunca é demais lembrar que a Maçonaria, desde suas origens, ainda na Idade Média, teve sempre papel preponderante na luta pela paz e pela justiça social.

            Seu engajamento em eventos como a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa, assim como sua oposição ao nazismo e aos regimes fascistas, por quem foi impiedosamente perseguida, é bem uma demonstração dos seus compromissos com a democracia, com a igualdade entre as pessoas, com a livre expressão e com o respeito aos direitos humanos.

            Também no Brasil a Maçonaria foi protagonista de episódios memoráveis da nossa história. Na Inconfidência Mineira, na Conjuração Baiana, na Confederação do Equador e em outros conflitos combateu sempre em favor das posições libertárias, culminando seu sonho e sua luta na Independência do Brasil. Nas campanhas pela Independência, pelo fim da escravidão, pela proclamação da República, a Maçonaria teve representantes ilustres, nacionalmente conhecidos, como Antônio Carlos de Andrade e Silva, Cipriano Barata, Padre Diogo Feijó, Evaristo da Veiga, Gonçalves Ledo, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, Cristiano Otoni. Não custa lembrar que José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, era maçom, assim como o próprio D. Pedro I.

            A presença da Maçonaria se prolongou pelo regime republicano, a começar pelo nosso primeiro Presidente, Marechal Deodoro da Fonseca. A exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos, tivemos também no Brasil numerosos presidentes da República maçons, pois a Maçonaria, como já mencionei, tem como fins supremos os ideais expressos no lema da Revolução Francesa - Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

            Entretanto, Sr. Presidente, a Maçonaria vai além da ação política em defesa dos ideais democráticos e republicanos. Os maçons se dedicam com afinco a obras sociais e de caráter filantrópico, com a manutenção de creches e escolas, ou com a promoção de campanhas para doação de agasalhos, distribuição de alimentos a populações carentes e assistência a desabrigados.

            Para os maçons, o espírito sempre prevalece sobre a matéria, Assim, eles buscam permanentemente o aprimoramento moral e intelectual por meio da educação, do cumprimento do dever, da beneficência e da solidariedade. No mundo contemporâneo, em que se observa um grande fascínio pelo dinheiro, pelos modismos, pelo sucesso a qualquer custo e pelo consumo desenfreado, a Maçonaria, com sua postura filosófica e filantrópica, é um contraponto importante para a promoção do equilíbrio, da paz e da justiça social.

            Por tudo isso, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, parabenizo a iniciativa dos Colegas Parlamentares que propuseram esta merecida homenagem e congratulo-me com todos os maçons pelo transcurso do dia a eles dedicado.

            Muito obrigado!