O SR. JOÃO CAPIBERIBE (Bloco/PSB - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é com enorme satisfação que venho à tribuna para me dirigir ao País, com o coração radiante de satisfação, para saudar o desempenho do Partido Socialista Brasileiro (PSB) nas eleições encerradas no domingo passado.

            Aos 65 anos, o PSB é hoje um Partido que orgulha os seus militantes, abrigados nos núcleos de base, que ainda hoje mantêm vivos os postulados dos seus fundadores E lembro aqui Hermes Lima, Evandro Lins e Silva, Antonio Cândido, Joel Silveira e Rubem Braga, liderados pelas mãos seguras de João Mangabeira.

            A semente, lançada em 1947, interrompida em 1965 com a ditadura militar e retomada em 1985 com a refundação do PSB e com a redemocratização do nosso País, continua rendendo bons frutos.

            O PSB tem hoje uma ampla representação política em todo o País e é respeitado pela fidelidade a seus princípios e a seu programa. Com densidade, apresenta propostas voltadas com um olhar no futuro, que será, certamente, socialista e democrático.

            Nessas eleições municipais, foi posto o desafio para a continuação do crescimento do PSB. Sob a liderança do Governador Eduardo Campos, Presidente Nacional, com a participação das lideranças emergentes do Partido, nossa aguerrida militância venceu o desafio.

            Em 1987, então no cargo de Secretário de Agricultura do Amapá, eu e um grupo de militantes políticos decidimos sair do MDB e ingressamos no PSB.. No ano seguinte, em 1988, o PSB do Amapá apresentou-me como candidato a prefeito de Macapá. Vencemos a eleição.

            Em 1990, atendendo a um convite da direção do PSB, Miguel Arraes ingressa no Partido e, três anos depois, é eleito Presidente do Partido. Em 1994, Arraes elege-se governador de Pernambuco, e eu do Amapá.

            Desde sua refundação, o PSB vem tendo o reconhecimento popular e vem sendo honrado com os compromissos assumidos pelos seus fundadores.

            Nessas eleições municipais, as conquistas do Partido foram magníficas. Nesse segundo turno, disputamos em sete cidades: três capitais e quatro cidades importantes e ganhamos em seis dessas cidades. Vencemos em Fortaleza, com Roberto Claudio; em Cuiabá, com Mauro Mendes; em Porto Velho, com Mauro Nazzif; em Duque de Caxias, com Alexandre Cardoso; em Petrópolis, com Rubens Bomtempo e, em Campinas, com Jonas Donizette.

            Vale lembrar que já havíamos conquistado, no primeiro turno, vitórias retumbantes em Belo Horizonte, reelegendo o Prefeito Marcio Lacerda e, no Recife, conquistando a prefeitura com Geraldo Julio.

            O PSB foi o Partido que elegeu o maior número de prefeitos de capitais. Ao todo, cinco. O Partido ainda foi decisivo nos apoios a Fernando Haddad, em São Paulo; a Arthur Virgílio, em Manaus; e a Clécio Luís, em Macapá, candidato do PSOL do nosso companheiro Senador Randolfe Rodrigues.

            O PSB cresceu em 42% o número de prefeituras e ampliou em 100% o número de eleitores nas cidades que serão por nós administradas a partir de janeiro de 2013. Pulamos de 7,6 milhões de eleitores para 15,3 milhões. No conhecido G85, formado por 85 cidades com mais de 200 mil habitantes, que podem ter segundo turno, elegemos 11 prefeitos. Essas 11 prefeituras fazem com que o PSB seja o segundo Partido a administrar o maior número de habitantes do País, algo em torno de 10 milhões de brasileiros e brasileiras.

            Uma das conquistas do PSB neste ano foi a nossa inserção na Região Sudeste, onde saltamos de 55 prefeituras para 91, incluindo uma capital, Belo Horizonte, e cidades do porte de Campinas, São José do Rio Preto, Limeira e Marília, em São Paulo; Duque de Caxias e Petrópolis, no Rio de Janeiro; e Serra e Guarapari, no Espírito Santo.

            Além disso, o PSB é o segundo Partido do País em quantidade de prefeituras no Nordeste brasileiro. No Amapá, que eu represento nesta Casa, o PSB, que governa o Estado, fez 3 prefeituras, de 16; mais 4 vice-prefeitos e 28 vereadores, conquistando o título de o maior Partido do Amapá.

            O PSB tem ainda o maior percentual de reeleição de prefeitos. Reelegemos 71% dos nossos prefeitos, quando a média nacional foi um pouco mais de 50%, numa demonstração de que os eleitores dessas cidades avaliaram de forma positiva o jeito socialista de governar.

            Nada disso seria possível se não tivéssemos uma militância forjada nos núcleos de base, que remonta da fundação do Partido e que até hoje cumpre suas tarefas de conscientizar a militância.

            Os núcleos de base envolvem a militância no projeto partidário, discute as questões nacionais e, através da soma das opiniões debatidas, forma a orientação e o alvo da ação partidária.

            Por isso, a militância é a alma do PSB. Uma militância que homenageio e a quem credito a vitória do PSB nessas eleições.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.