O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu quero, Senador Pedro Simon, dedicar 1 minuto da minha fala, na tarde de hoje, a V. Exª. Quero dizer que escutei atentamente V. Exª. Transmito-lhe a minha seriedade, de muitos e muitos anos atrás, a minha admiração por V. Exª. Ainda jovem, militante na política, olhava V. Exª nesta tribuna e dizia a mim mesmo o quanto me honrava tê-lo como Senador da República do meu País.

            Hoje, ouvindo-o atentamente, palavra por palavra, esta convicção aumentou, esta admiração aumentou, porque me traz a certeza de que V. Exª é um patriota ardoroso, um patriota que tem amor à sua Pátria, que tem dedicação às coisas que ferem a sua Pátria, dedicação especial em fazer críticas e defender o povo da Nação brasileira.

            Por isso, eu dedico este 1 minuto da minha fala a V. Exª, dizendo-lhe o quanto me honra hoje poder estar aqui próximo de V. Exª e o quanto o admirei durante todas as vezes em que chegava da Assembleia Legislativa do Estado, do meu Estado, para assistir à sua fala e admirar, admirar e admirar este grande brasileiro, que já está na história da nossa Pátria, chamado Pedro Simon.

            Parabéns, meu Senador querido.

            Meu nobre Presidente, minha fala hoje vem da inquietação de ver a imprensa brasileira preocupada com a volta do Genoíno, um dos condenados agora no mensalão, para assumir uma vaga, em janeiro, de Deputado Federal. Nação brasileira, minha Pátria querida, nós não podemos acreditar nisso. Meu nobre e querido Senador Pedro Simon, meu nobre e querido Senador Paulo Paim - pasmem, Srs. Senadores -, a notícia de que o mensaleiro condenado, criminoso, que induziu seus parentes a levarem dinheiro na cueca para salvar os 500 milhões... A chama da corrupção tinha sido aberta: “Vamos salvar aqui pelo menos um bolo de R$500 mil. Põe na cueca do meu parente e o manda para o Ceará”.

            E agora vem a notícia de que esse mesmo Genoíno, condenado à prisão por esse Supremo Tribunal Federal que me orgulha, pelos seus membros que me orgulham; de que o Genoíno, Nação brasileira, o próprio Genoíno...

            Quantas vezes, Pedro Simon, vim a esta tribuna, para pedir a condenação dos mensaleiros! Quantas vezes, Pedro Simon, vim eu a esta tribuna para alertar sobre a corrupção do Presidente do DNIT! Passei aqui anos fazendo esse alerta. Quanto esse homem levou da nossa Pátria? Como estão as estradas brasileiras? Tudo isso poderia ter sido evitado, se naquela época tivéssemos tomado providências. Infelizmente, não as tomamos.

            Serve também, meu caro Pedro, para mostrar à Nação como o PT, Partido dos Trabalhadores, comporta-se em relação a esses fatos - aquele Partido que se dizia sério, aquele Partido que se dizia competente em não ter em seus quadros corruptos, safados, bandidos e ladrões, condenados.

            Hoje, quatro membros do PT são condenados, condenados pelo mensalão. E o PT diz que não vai tirá-los dos seus quadros; que não vai expulsar dos seus quadros José Dirceu, o cabeça principal da roubalheira neste País, o desmoralizador do Congresso Nacional, aquele que foi punido pelo Supremo Tribunal Federal e que, com certeza, irá para a cadeia provar o sabor do isolamento, merecidamente.

            E o PT olha para ele e diz: “Não, tu és uma pessoa maravilhosa. Tu não podes sair do nosso Partido.” Aquele Partido que se dizia sério e que hoje começa ser conhecido, cada vez mais, pela Nação brasileira. A cada atitude do PT, o povo brasileiro sabe mais profundamente quem é o Partido dos Trabalhadores.

            Outrora, por qualquer coisa mínima, quantos foram expulsos do PT, meu querido Pedro Simon?

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - Quantos e quantos foram expulsos por coisas menores? Mas esses, esses que hoje eu posso chamar de ladrões... E, quando falo, esta palavra incomoda, mas é a verdade, é a realidade. Temos de ser autênticos e corajosos.

            Não temos que ser covardes, Pedro. Eu te admiro exatamente pela tua lealdade à Nação, pelo teu caráter, pela tua personalidade, pelo teu destemor.

            Por isso, eu admiro esse homem chamado Pedro Simon.

            Por isso, Pátria, eu jamais deixarei de defendê-la, custe o quanto custar à minha pessoa! Jamais arredarei o meu pé, para lhe dizer, Pátria amada, quem é o PT de hoje e quem era o PT de antigamente.

            Muito obrigado, Sr. Presidente, pela tolerância de V. Exª.