O SR. IVO CASSOL (Bloco/PP - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, foi com alegria que, hoje, recebi, em meu gabinete, o Reitor e os demais diretores do Instituto Federal de Rondônia, um Instituto que, há poucos anos, praticamente de 4 anos para cá, conseguiu se desenvolver, conseguiu crescer com o propósito que o Brasil tem.

            É uma alegria deixar meu abraço ao Reitor Raimundo Vicente Jimenez, que, à frente do Instituto Federal de Rondônia, vem fazendo um trabalho de responsabilidade, com excelência na educação profissional, científica e tecnológica.

            É com alegria e satisfação que quero cumprimentar também estas pessoas que estiveram em meu gabinete: o Diretor do Campus Colorado do Oeste, Carlos Henrique; o Diretor do Campus de Porto Velho, Nahim; o Diretor do Campus de Ariquemes, Uberlando; a Diretora do Campus de Vilhena, a Prof. Fabíola; o Diretor do Campus de Ji-Paraná, Vonivaldo; e o Diretor do Campus de Cacoal, Juliano. Com maior alegria ainda, Sr. Presidente, trocamos ideias, especialmente assumindo o compromisso de colocar recursos de emendas de bancada para fortalecer ainda mais o Instituto.

            Quero lembrar, meus amigos e minhas amigas, população de Rondônia, que, na cidade de Ji-Paraná, havia uma escola estadual que tinha todos os equipamentos de laboratório e estrutura física para fazer esse trabalho. Na época do meu governo, governo que comandei por 8 anos, fiz questão de passar aquela estrutura para essa escola técnica, para o Instituto Federal de Rondônia. Hoje, o Instituto tem, em Rondônia, mais de 8 mil alunos.

            Hoje, nós temos vários cursos, a exemplo dos cursos de que falei, em Ji-Paraná, de Técnico em Móveis, Técnico em Informática, Técnico em Florestas, Técnico em Química, Licenciatura em Química - e há falta de professores em várias áreas, como Química, Física, Biologia -, Especialização em Proeja, Especialização em Informática na Educação.

            No Campus de Cacoal, há os cursos de Técnico em Agropecuária e de Técnico em Agroecologia.

            No Campus de Guajará-Mirim, se Deus quiser, será lançada, no dia 07 do mês de dezembro, a pedra fundamental para a construção de mais uma escola técnica, uma escola à altura do que a população da Região Norte precisa.

            Nós precisamos, cada vez mais, dar ensino gratuito para os nossos filhos, para que possamos melhorar a condição de vida das nossas famílias, a condição de vida do nosso povo.

            Rondônia é um Estado em que, na verdade, vem sendo feito um modelo de reforma agrária da década de 70 para cá. Lá há mais de 117 mil pequenas propriedades de pequenos proprietários rurais. O Estado de Rondônia serve como modelo de reforma agrária, que começou ainda nos governos militares. E, hoje, o nosso agronegócio é que fomenta a economia do nosso Estado.

            No Campus Porto Velho - Calama, são ofertados alguns cursos: Técnico em Eletrotécnica, Técnico em Manutenção e Suporte em Informática, Técnico em Edificações, Técnico em Informática, Técnico em Química e Licenciatura em Física. Olhem a importância desses cursos, especialmente no interesse de atender a população!

            Ao mesmo tempo, no Campus Porto Velho - Zona Norte, no Polo Central de EAD, há o Curso Técnico em Eventos, Logística, Meio Ambiente, Reabilitação de Dependentes Químicos e Segurança no Trabalho.

            Em Colorado do Oeste, há outra escola técnica que vem, há muitos anos, correspondendo aos anseios da população, com os cursos de Técnico em Agropecuária, Técnico em Aquicultura, Curso Superior de Tecnologia em Laticínios, Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental, Licenciatura em Biologia, Especialização em Proeja e Engenharia Agronômica.

            Há cursos em Ariquemes. Da mesma maneira, por várias e várias vezes, estive lá, como Governador do Estado de Rondônia, participando de eventos. É uma estrutura extraordinária! Hoje, lá já existem os cursos de Técnico em Agropecuária, Técnico em Aquicultura, Técnico em Informática, Técnico em Alimentos e Licenciatura em Biologia.

            No Estado de Rondônia, em várias áreas, como Biologia, Química, Física, há a necessidade de professores, para que, juntos, possamos atender à demanda estudantil. Infelizmente, estão faltando vários profissionais. Mas fiz um pedido ao Reitor do Instituto para que nos ajude nessa caminhada. Além de nós, a Bancada vai estar unida.

            De minha parte, são apresentadas 15 emendas de bancada. Quatro emendas são de 11 parlamentares, e quatro emendas serão subdivididas. E uma dessas emendas subdivididas já está à disposição do Instituto Federal de Rondônia, para que possa fortalecer ainda mais os investimentos em infraestrutura, para melhorar ainda mais a estrutura física e atender à demanda que está reprimida nessas áreas desses cursos técnicos.

            Mas a situação, infelizmente, é calamitosa no Município de Rolim de Moura.

            Quando fui Prefeito de Rolim de Moura, de 1997 a 2002, havia estrutura de uma escola técnica, de uma escola agrícola. Passei para o campus universitário do meu Estado, para a Unir. Infelizmente, a Unir do nosso Estado vinha se degradando de tal maneira que, infelizmente, foi motivo de matérias jornalísticas nacionais, a exemplo daquela que aconteceu no Rio de Janeiro, no domingo à noite, pelo Fantástico.

            Mas quero falar sobre o nosso curso de Agronomia em Rolim de Moura, na Escola Técnica, no Km 14. Infelizmente, aquela estrutura se encontra abandonada, encontra-se jogada no lixo, encontra-se sem qualquer expectativa de melhora, quando, na verdade, nós poderíamos ter lá também um curso tanto de Veterinária quanto de Zootecnia, que são cursos voltados para a mesma área do Agronegócio, da nossa pecuária e da agricultura do Estado de Rondônia.

            Infelizmente, não é isso o que a gente vê. Nós assistimos aos nossos campi universitários do Estado de Rondônia serem deteriorados, acabados. Há anos e anos que não se vê uma lata de tinta, um pincel sequer, reformando aquelas estruturas.

            Portanto, é importante nós passarmos essa estrutura para o Instituto Federal de Rondônia, para que ele possa dar vida, para que ele possa trazer novos cursos, para que possamos capacitar e profissionalizar os nossos filhos, para poder melhorar a qualidade profissional e a qualidade de vida do nosso povo.

            Mas, ao mesmo tempo, por várias e várias vezes, o Presidente da Câmara do Município de Rolim de Moura e os demais pares do Poder Legislativo encaminharam documentos às minhas mãos que comprovam o desleixo e o abandono que sofre o campus universitário da Escola Agrícola do Município de Rolim de Moura, que, infelizmente, esteve parado por alguns meses por falta de investimento do curso de Agronomia, de que há pouco eu falava.

            Portanto, se o campus universitário, se a nossa Unir não tem competência, não tem estrutura e não dá conta de tocar aquela Escola, vamos, sim, trabalhar junto com o MEC, para que o MEC possa, imediatamente, passá-la para o Instituto Federal, para que ela tenha nova administração, novos investimentos e nova infraestrutura. Com isso, poderíamos passar dos 400 alunos que havia, no começo, na Escola de Colorado, ou nas demais escolas técnicas do Estado de Rondônia, e atingir mais de oito mil, que temos hoje. Poderíamos passar de 12 mil, de 20 mil alunos num tempo menor, se assim Deus quiser. Eu dizia isso no meu gabinete também para o Reitor Raimundo Vicente Jimenez e para os demais diretores dos campi das escolas técnicas do Instituto Federal de Rondônia.

            Na cidade de Guajará-Mirim, no próximo dia 7, vai ser implantada a pedra fundamental do campus da Unir, praticamente em frente da BR-364. Mas temos uma estrutura abandonada no Distrito do Iata, fato que é deplorável. Nessa estrutura foi aplicado dinheiro público, recursos do povo brasileiro que poderiam ter sido investidos em outras áreas, mas, infelizmente, por falta de gestão, a estrutura se encontra abandonada, desleixada.

            E um dos questionamentos que coloquei ao Reitor foi: por que não passar a administração para quem dá conta? Por que não tirar da mão da incompetência, dos maus gestores e passar para quem tem gestão?

            Agora temos uma nova reitora na Unir. Ela está implementando um novo trabalho - e quero parabenizá-la por isso -, mas precisamos pegar as nossas unidades que, infelizmente, estão capengando, estão se arrastando e passá-las para quem tem condições de fazer os investimentos necessários. E um desses investimentos consiste no aproveitamento dessa estrutura do Distrito do Iata.

            Para quem não sabe, o Distrito do Iata é o Município de Guajará-Mirim que tem 95% da sua área preservada em florestas. É um Município que precisava contar com uma compensação do Fundo de Participação. E isso deveria acontecer com todos os Municípios que têm uma grande área preservada no seu território municipal.

(Soa a campainha.)

           O SR. IVO CASSOL (Bloco/PP - RO) - O Iata, no passado, serviu também como ponto de atendimento da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, da Mad Maria, minissérie da Rede Globo.

           Portanto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, aqui vai uma solicitação do Senador Ivo Cassol para o MEC. Estou fazendo, por escrito, um pedido para que o Ministério assuma de vez tanto a escola do Iata, que é da Unir, como também a escola de Rolim de Moura, antiga escola agrícola, a fim de atender os nossos alunos e a demanda reprimida que existe em um instituto competente e sério.

           Por isso, esse Instituto pode contar com a parceria deste Senador, Ivo Cassol, do Deputado Carlos Magno e dos demais pares do meu Estado, pois o que queremos é que esse Instituto seja cada vez mais forte e conte com recursos para que as demandas da nossa população acadêmica sejam atendidas à altura.

           Eram essas as minhas palavras, Sr. Presidente.

           Obrigado.