Comunicação inadiável durante a 220ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração pela aprovação de projeto de lei que considera como operacionais as despesas de capacitação de empregados, para fins de apuração do imposto de renda das pessoas jurídicas; e outro assunto.

Autor
Vanessa Grazziotin (PC DO B - Partido Comunista do Brasil/AM)
Nome completo: Vanessa Grazziotin
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
POLITICA INDUSTRIAL, ECONOMIA NACIONAL. ENERGIA ELETRICA.:
  • Comemoração pela aprovação de projeto de lei que considera como operacionais as despesas de capacitação de empregados, para fins de apuração do imposto de renda das pessoas jurídicas; e outro assunto.
Publicação
Publicação no DSF de 29/11/2012 - Página 64390
Assunto
Outros > POLITICA INDUSTRIAL, ECONOMIA NACIONAL. ENERGIA ELETRICA.
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, APROVAÇÃO, PROJETO DE LEI, AUTORIA, ORADOR, ASSUNTO, REDUÇÃO, IMPOSTO DE RENDA, PESSOA JURIDICA, EXECUÇÃO, REQUISITOS, INVESTIMENTO, FORMAÇÃO PROFISSIONAL, EMPREGADO, OBJETIVO, SUPRIMENTO, AUSENCIA, QUALIFICAÇÃO, PESSOAS, AUMENTO, POSSIBILIDADE, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, PAIS.
  • REGISTRO, INCENDIO, BAIRRO, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DO AMAZONAS (AM), ELOGIO, ORADOR, CORPO DE BOMBEIROS, CIDADE, MOTIVO, AGILIZAÇÃO, AUXILIO, PESSOAS.
  • CRITICA, MOTIVO, PRECARIEDADE, ABASTECIMENTO, ENERGIA ELETRICA, MUNICIPIO, MANAUS (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM), COMENTARIO, ORADOR, NECESSIDADE, PROVIDENCIA, GOVERNO, OBJETIVO, SOLUÇÃO, GRAVIDADE, SITUAÇÃO.

            A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB - AM. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, companheiros e companheiras, no programa Café da Manhã com a Presidenta, do início desta semana, a Presidenta Dilma tratou de um assunto de fundamental importância para o aumento da competitividade da indústria brasileira, no sentido de garantir mais crescimento e geração de empregos no Brasil.

            Disse a Presidenta que -- abre aspas -- “uma das prioridades de seu Governo é ampliar o acesso e estimular o interesse dos jovens para a educação técnica e profissionalizante”. O objetivo é formar técnicos e qualificar os trabalhadores para aumentar a competitividade das empresas brasileiras ou as aqui instaladas.

            Com a mesma finalidade, Sr. Presidente, e garantindo o estímulo à qualificação profissional em todos os níveis educacionais, eu apresentei o Projeto de Lei nº 149, no ano de 2011. Esse projeto garante incentivos às empresas que investirem na qualificação profissional de seus trabalhadores, de seus empregados.

            E, para a minha satisfação e a de todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras, Sr. Presidente, Srs. Senadores, companheiros e companheiras, a matéria foi votada no dia de ontem e aprovada por unanimidade, em fase terminativa, na Comissão de Assuntos Econômicos desta Casa (CAE).

            Por isso, Sr. Presidente, eu não poderia deixar de, no dia de hoje, vir à tribuna deste plenário para agradecer a todos os Senadores e Senadoras que votaram favoravelmente, de forma unânime, à aprovação do meu projeto. E faço um agradecimento especial ao Senador Armando Monteiro, que foi Relator dessa matéria. Como ex-Presidente da Confederação Nacional das Indústrias, o Senador Armando Monteiro sabe da importância e da repercussão desse projeto de lei para todo o País e, principalmente, para o desenvolvimento, com geração de mais empregos e de empregos mais qualificados em nosso País.

            O Relator considerou, Sr. Presidente, que o projeto se integra e complementa a principal diretriz prevista na Lei nº 12.513, de 2011, que criou o Pronatec, ou seja, a de ampliar as oportunidades educacionais dos trabalhadores por meio do incremento da formação profissional.

            O projeto, Sr. Presidente, aprovado no dia de ontem, de minha autoria, permite deduzir do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica todas as despesas com capacitação de seus empregados.

            A Lei nº 4.506, de 1964, e o Regulamento do Imposto de Renda nº 99, que tratam da dedução das despesas com formação profissional no Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas, não definem o conceito ou a extensão do que seria a formação profissional hoje, em nosso País.

            Situação, Sr. Presidente, que tem levado a Receita Federal do Brasil a entender que este termo abrange somente o ensino fundamental, médio e curso técnico para especializar o empregado na área em que trabalha, para efeitos de dedução, portanto, desses custos com educação, também chamado de “auxííio-educação”.

            Ou seja, apesar da determinação legal em sentido estrito e da interpretação restritiva da Receita Federal quanto ao termo -- entre aspas -- “formação profissional”, há precedentes jurisprudenciais proferidos pelo Superior Tribunal de Justiça, que têm dado uma interpretação extensiva ao termo “auxílio-educação”, incluindo no seu conceito mensalidades de faculdades, ou seja, de cursos de nível superior, cursos de línguas e outros do gênero, destinados ao aperfeiçoamento dos empregados das empresas.

            O projeto que apresentei, portanto, Sr. Presidente, vem exatamente no sentido de por fim a todas as dúvidas de interpretação. Nele, o termo se amplia para qualquer nível de ensino, inclusive o nível superior, desde que considerado pela empresa de interesse para o seu objetivo social. E também é necessário que sejam oferecidas condições de igualdade para todos os empregados.

(Soa a campainha.)

            A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PcdoB - AM) - É preciso ter clareza que, no atual estágio de desenvolvimento e de competição no mundo globalizado, o Brasil enfrenta enorme problema de qualificação de mão de obra. Avolumam-se os indícios de carência de pessoal qualificado em praticamente todos os setores de atividade, não obstante a massa de desempregados em busca de ocupação em nosso País.

            Portanto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é necessário possibilitar às empresas que promovam a complementação educacional de seu pessoal, com o que todos terão a ganhar, sem que ocorra a insegurança jurídica que hoje caracteriza a matéria. Por critérios puramente administrativos, o órgão da administração fiscal aceita, ou não, determinados cursos ou níveis escolares para o efeito de dedução da base de cálculo do Imposto de Renda. A empresa fica, portanto…

(Interrupção do som.)

            A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PcdoB - AM) - … à mercê do entendimento fiscal a posteriori, normalmente acompanhado de multas e encargos, Sr. Presidente.

            Por fim, eu quero destacar aqui que a apresentação desse projeto, aprovado -- repito -- no dia de ontem por esta Casa, é fruto de um compromisso assumido durante a minha campanha como candidata a Senadora da República pelo Estado do Amazonas. Meu compromisso com os trabalhadores do polo industrial de Manaus, por meio do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas. À época, nós chamamos a proposta de Universidade dos Trabalhadores. É uma iniciativa que beneficia tanto o trabalhador quanto o empresariado. O primeiro porque poderá ter acesso à sonhada formação superior ou a uma melhor qualificação técnica. E o segundo porque poderá contar com uma mão de obra mais qualificada.

            E, portanto, Sr. Presidente, mais uma vez, eu cumprimento meus pares e…

(Interrupção no som.)

            A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB - AM) - (Fora do microfone: … espero que, na Câmara dos Deputados), eu já concluo, o projeto tenha uma tramitação célere e rápida como foi aqui no Senado Federal.

            E, por fim, Presidente Mário Couto, eu peço a V. Exª licença e um minutinho, se possível, apenas para fazer um registro. Um registro muito triste para o meu Estado e para a minha cidade de Manaus.

            Ontem eu estava em Manaus por razões de compromissos políticos assumidos e acompanhei de perto um dos maiores incêndios ocorridos nos últimos anos. Um incêndio que atingiu uma comunidade de um bairro muito central da cidade de Manaus, o Bairro São Jorge, um bairro vizinho ao bairro em que moro, e a comunidade chamada de Artur Bernardes, uma comunidade muito carente, muito pobre, por onde já está previsto passar um Prosamim, que é um projeto de saneamento dos igarapés de Manaus. O fogo atingiu aproximadamente 540, quase 550 famílias, e muitas delas…

(Soa a campainha.)

            A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB - AM) - … perderam todos os seus pertences.

            Mas registro, também, que o socorro do Corpo de Bombeiros chegou a tempo para evitar qualquer vítima fatal, e o apoio do Governo do Estado, através do Governador Omar foi - e tem sido - fundamental para que essas famílias possam enfrentar esse problema muito difícil de uma forma pelo menos sabendo que terão lugar para morar, não ficarão ao relento.

            E, posterior a isso, Sr. Presidente, mais uma vez, a cidade de Manaus viveu um apagão de quase 4 horas durante a tarde inteira. A cidade inteira ficou sem luz. Não é possível mais convivermos com isso, Sr. Presidente. Precisamos dar um ponto final a este problema, porque uma cidade de 2 milhões de habitantes, que tem um parque industrial que abriga mais de 600 empresas, não pode viver à mercê desses apagões, que estão cada vez mais frequentes.

            Muito obrigada, Sr. Presidente.

            Era o que eu tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/11/2012 - Página 64390