Comunicação inadiável durante a 219ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Relato de viagem oficial realizada recentemente por S.Exa. à República Popular da China.

Autor
Casildo Maldaner (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/SC)
Nome completo: Casildo João Maldaner
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR.:
  • Relato de viagem oficial realizada recentemente por S.Exa. à República Popular da China.
Publicação
Publicação no DSF de 28/11/2012 - Página 64147
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
Indexação
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, VIAGEM, PAIS ESTRANGEIRO, CHINA, COMENTARIO, IMPORTANCIA, PAIS, ASIA, ECONOMIA INTERNACIONAL, COMPARAÇÃO, SITUAÇÃO, ECONOMIA NACIONAL, ENFASE, NECESSIDADE, AMPLIAÇÃO, APROXIMAÇÃO, GOVERNO ESTRANGEIRO.

            O SR. CASILDO MALDANER (Bloco/PMDB - SC. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Obrigado a V. Exª, Senador Cássio Cunha Lima, que preside esta sessão.

            Uso estes poucos minutos que me confere o Regimento, Sr. Presidente e caros colegas, para fazer um registro e um breve relato da viagem de que tive a honra de participar, uma missão oficial à China, de onde regressamos nesta madrugada. Foi uma missão chefiada pelo eminente Senador Flexa Ribeiro, com os colegas que participaram da comitiva: Lobão Filho, Jarbas Vasconcelos, Agripino Maia, Cícero Lucena, Vanessa Grazziotin e Aloysio Nunes Ferreira.

            Nós estivemos na China, no Parlamento chinês inclusive, com a nossa representação de oito colegas dos 81 Senadores - praticamente 10% do Senado Federal se fez representar. O Senador Flexa Ribeiro, coordenador desse grupo Brasil-China, aproveitou para fazer o convite para que viessem ao Brasil, participar de uma comemoração que o Senado vai prestar, que o Brasil vai prestar, no próximo dia 10 de dezembro, quando os Correios brasileiros vão lançar um selo em homenagem aos 200 anos de imigração chinesa no Brasil. Será um momento muito importante.

            Já houve uma missão da China aqui no Brasil há questão de uns dois meses e nós fomos devolver essa visita, pois o entendimento que se realiza entre o Brasil e a China é muito importante.

            O grupo composto pelos oito Senadores, conforme declinei, além de visitar a Assembleia Popular Nacional da China, em um debate que lá tivemos com eles, e assembleias estaduais e municipais, esteve em entidades voltadas ao comércio e às relações exteriores daquele País.

            O fato é sabido. O gigante chinês, que, ao longo dos últimos anos, provoca uma verdadeira revolução econômica, com profunda alteração dos eixos tradicionais do mercado internacional, preserva relações comerciais extremamente relevantes para o Brasil. Trata-se de nosso maior comprador, respondendo sozinho por mais de 17% de nossas exportações em 2011, um valor estimado em US$44,3 bilhões. É ainda o segundo país de quem mais importamos produtos, com uma participação de 14,5% do total importado.

            Essa proeminência econômica, contudo, não diz respeito unicamente ao Brasil. Globalmente, a China, com seu um bilhão e 340 milhões de habitantes e um PIB de US$7,4 trilhões, é o segundo maior comprador mundial e o maior exportador.

            Uma das várias razões desse crescimento pode ser comprovada em qualquer visita ao País: o forte investimento em infraestrutura, dotando-a de capacidade de suportar e garantir condições para o seu crescimento.

            Tivemos a ocasião de conhecer, por exemplo, a Companhia Nacional de Rede Elétrica da China, a maior empresa de transmissão e distribuição de energia elétrica do mundo. Outros exemplos estão no imenso porto em Xangai, que movimenta mais de 30 milhões de containeres por ano, além da eficiente rede ferroviária, contando inclusive com um trem-bala que percorre longas distâncias com velocidade superior a 300 quilômetros por hora. Tivemos, inclusive, a ocasião de ir de Pequim a Xangai, um trajeto de 1.200 quilômetros, num trem desses. É um espetáculo viajar com um trem desses, numa velocidade de 300 quilômetros por hora. Eles são avançados nesse campo.

            São, sem dúvida, para finalizar, Sr. Presidente, lições que temos que aplicar cada vez mais. A aproximação e o aprofundamento de nossas relações com a China deve se intensificar. Para tanto, temos também de pensar em soluções logísticas. Cito o exemplo catarinense, Estado com perfil exportador que deve buscar novas saídas para alcançar o Oriente. Nossa região do oeste catarinense, por exemplo, que está no centro geográfico do Mercosul, pode mandar seus produtos via Chile, alcançando uma vital ligação com o Oceano Pacífico. Para tanto, precisamos, obviamente, criar uma efetiva linha férrea integradora que conecte nossas regiões produtoras e leve nossos produtos pelo Atlântico e também, por que não, pelo Pacífico.

            A China nos traz, finalizando, outras tantas lições na educação, cultura, disciplina e história, igualmente ricas e valiosas. Deixo, contudo, ao Senador Flexa Ribeiro, nosso coordenador dessa viagem, que por certo fará os relatos mais aprofundados dessa missão de que nós tivemos a honra de participar com os demais sete colegas que há pouco declinei.

            Deixo, portanto, este registro nesse momento, Sr. Presidente, entendendo que vale a pena o Brasil participar desse caminho e dessa parceria com esse grande país.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/11/2012 - Página 64147