Discurso durante a 226ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Cumprimentos pelo transcurso dos cinquenta anos da gráfica do Senado; e outros assuntos.

Autor
Lídice da Mata (PSB - Partido Socialista Brasileiro/BA)
Nome completo: Lídice da Mata e Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. TURISMO. ECONOMIA NACIONAL.:
  • Cumprimentos pelo transcurso dos cinquenta anos da gráfica do Senado; e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 06/12/2012 - Página 66378
Assunto
Outros > HOMENAGEM. TURISMO. ECONOMIA NACIONAL.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, GRAFICA, SENADO.
  • CONGRATULAÇÕES, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DO TURISMO, MOTIVO, LANÇAMENTO, PACTO, DESENVOLVIMENTO, TURISMO, RELAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, TRANSFERENCIA, RECURSOS, DESTINATARIO, ESTADOS, OBJETIVO, INVESTIMENTO, OBRAS, INFRAESTRUTURA, SERVIÇOS TURISTICOS, COMENTARIO, APROVAÇÃO, PROJETO, AUTORIA, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DA BAHIA (BA), REFERENCIA, RESTAURAÇÃO, PRAÇA PUBLICA, LOCAL, CIDADE, SALVADOR (BA).
  • SAUDAÇÃO, POPULAÇÃO, ORIGEM, ESTADO DA BAHIA (BA), MOTIVO, REALIZAÇÃO, FESTA, ABERTURA, CALENDARIO, COMEMORAÇÃO, DATA, RELIGIÃO.
  • COMENTARIO, FATO, FECHAMENTO, FABRICA, CALÇADO, LOCAL, MUNICIPIOS, ESTADO DA BAHIA (BA), OBJETIVO, REDUÇÃO, PREJUIZO, MOTIVO, AUMENTO, IMPORTAÇÃO, PRODUTO, ORIGEM, ASIA, REGISTRO, APRESENTAÇÃO, REQUERIMENTO, AUTORIA, ORADOR, RELAÇÃO, COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONOMICOS, REALIZAÇÃO, AUDIENCIA PUBLICA, DEBATE, PROJETO, PROTEÇÃO, INDUSTRIA NACIONAL.

            A SRª LÍDICE DA MATA (Bloco/PSB - BA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Srª Presidenta, Srªs e Srs. Senadores, usarei da tribuna para fazer alguns registros rápidos.

            Primeiro, para parabenizar a Gráfica do Senado pelos seus 50 anos. Hoje, ela recebe do nosso Jornal do Senado um encarte especial. Acho que é realmente um exemplo de trabalho gráfico desenvolvido pelo Senado, que merece o registro de todos nós.

            A SRª PRESIDENTE (Ana Amélia. Bloco/PP - RS) - A Mesa apoia e ratifica a manifestação de V. Exª, uma homenagem a todos os servidores e à Direção da Gráfica do Senado, Senadora Lídice da Mata.

            A SRª LÍDICE DA MATA (Bloco/PSB - BA) - Muito obrigada.

            Segundo, Srª Presidente, para parabenizar o Ministro do Turismo, Gastão Vieira, que ontem lançou o Pacto pelo Desenvolvimento do Turismo. Trata-se de um pacto entre o Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo, e os governos estaduais para destinar R$305 milhões para obras de infraestrutura turística. Na primeira etapa de repasse, foram beneficiados 15 Estados, incluindo a Bahia, além do Distrito Federal. Os governadores firmaram o compromisso de incluir o setor de turismo como prioridade na sua lista de ações estratégicas para os próximos anos.

            Essa primeira fase contemplou os Estados com projetos que já estavam prontos para serem empenhados e integrantes do plano estratégico de desenvolvimento do turismo sustentável - Planos de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS). Outros Estados deverão ser incluídos nos próximos anos, numa segunda etapa do projeto.

            Pela Bahia, o documento foi assinado pelo Governador Jaques Wagner. O evento também contou com a presença do Secretário Domingos Leonelli, a quem aproveito para parabenizar pelo projeto apresentado, e que foi aprovado, de R$25 milhões para a requalificação da Praça Castro Alves, um dos pontos mais conhecidos da cidade de Salvador, mais queridos do nosso Estado, onde fica o monumento ao poeta abolicionista, poeta conhecido como o Poeta dos Escravos, Castro Alves. Essa sempre foi a grande referência do carnaval de rua da Bahia, e passará a ter uma arena multiuso, para uso esportivo, de lazer e cultural, certamente, ajudando muito a fortalecer a veia e a vocação turística da cidade de Salvador.

            Ainda falando sobre turismo, não posso deixar de saudar - ontem não tive oportunidade de fazê-lo - a festa que os baianos fazem abrindo o calendário de festas religiosas populares da Bahia, no dia 4 de dezembro, que é a festa de Santa Bárbara, que é a santa guerreira, com espada na mão, com seu manto vermelho, que recebe os fiéis, todos vestidos de vermelho e branco, numa procissão no centro da cidade, e que abre, como disse, o calendário de festas populares da Bahia, que confirmam, consolidam a nossa cultura religiosa, num sincretismo baiano. É a festa dedicada à Orixá Iansã, no Candomblé, caros Senadores e Senadora.

            E, como disse, é a festa que abre o calendário de festas populares da Bahia. No dia 8 de dezembro, nós teremos a Festa de Nossa Senhora da Conceição, que é também a padroeira do Estado da Bahia. E, assim por diante, nós vamos, durante todo o resto do mês de dezembro até fechar o mês de janeiro, com a grande festa do Senhor do Bonfim.

            Então, eu gostaria de saudar a todos os baianos e a todos os fieis seguidores de Santa Bárbara pela grande festa que realizamos ontem na grande procissão de Santa Bárbara, na cidade de Salvador.

            Finalmente, Sr. Presidente, eu queria aqui chamar a atenção para uma questão a que ontem me referi em meu discurso e que hoje é matéria de um grande jornal da imprensa nacional, que destaca:

Na Bahia, o anúncio do fechamento de 12 unidades da Vulcabras Azaleia, anunciado na última sexta-feira, resultará na demissão de quatro mil pessoas [no Estado da Bahia], o que terá forte impacto (...) nos seis municípios onde elas [essas fábricas] estão localizadas.

Em Firmino Alves [como a matéria relata], na microrregião de Itabuna, cerca de 80% da mão de obra formal ficará desempregada. Segundo dados do Ministério do Trabalho, o município tem 693 empregos formais, dos quais 570 na Azaleia. Em Itororó, na mesma região, o impacto é da ordem de 60%: 1.242 dos 2.068 empregos formais. Em toda a Bahia, serão cerca 12% das vagas na indústria de calçados.

A empresa afirmou em nota que vem tendo prejuízos com importações da Ásia a preços muito baixos. E o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados e Componentes do estado da Bahia, Haroldo Ferreira, defendeu sobretaxas para os calçados asiáticos.

            Essa não é a primeira que esse debate vem ao Congresso Nacional. No ano passado, na Câmara dos Deputados houve uma audiência pública. E eu dei entrada em um requerimento, Sr. Presidente, na Comissão de Assuntos Econômicos para que possamos aprovar na próxima terça-feira, quem sabe. Vou solicitar o apoio do Presidente daquela Comissão para realizarmos uma audiência pública, trazendo aqui o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e representantes da indústria e dos trabalhadores, para que o Congresso Nacional, o Senado Federal, se sobre esse grave problema que a indústria calçadista do Brasil vive, em especial, atingindo diretamente a economia do Estado da Bahia, de 12 pobres cidades do nosso Estado.

            Chamo a atenção para esse fato porque, volto a dizer, quando acontece algo que abala a indústria ou abala segmentos, setores da economia do Sul-Sudeste, de pronto, diversas manifestações no Congresso Nacional e mesmo nos segmentos relacionados com a Fazenda e com a Indústria no País se movimentam.

            Não é possível que uma crise dessas se abata sobre um Estado nordestino, sobre a principal economia do Nordeste, atingindo diretamente setores significativos do nosso Estado, 12 cidades, 12% da mão de obra do setor calçadista do Estado, e não haja uma providência a fim de barrar essa situação, de discutir com o Itamaraty, com o Ministério da Fazenda, com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no sentido de que medidas compensatórias sejam tomadas ou mesmo que políticas sejam adotadas para impedir que a indústria nacional continue sendo destruída por uma concorrência, que é desigual, de produtos de outros países entrando em nosso País.

            Estamos a discutir medidas de proteção para a grande indústria automobilística, como o IPI, que atinge o Fundo de Participação dos Municípios e dos Estados brasileiros, para garantir o emprego, extremamente necessário e importante, na indústria automobilística brasileira, que não é uma indústria nacional, mas uma indústria de produção no Brasil, e sequer temos a defesa da indústria de carros nacionais.

            Nós estamos falando de uma indústria nacional, de fábricas brasileiras que estão sendo destruídas pela prática de uma política de concorrência internacional destrutiva para a nossa indústria.

            Esperamos, portanto, a palavra do Itamaraty, portanto, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Ministério da Fazenda, para a defesa da economia do nosso Estado.

            Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/12/2012 - Página 66378