Discurso durante a 226ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem à Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) pelos trabalhos desenvolvidos neste setor.

Autor
Cidinho Santos (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: José Aparecido dos Santos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. AGRICULTURA.:
  • Homenagem à Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) pelos trabalhos desenvolvidos neste setor.
Publicação
Publicação no DSF de 06/12/2012 - Página 66379
Assunto
Outros > HOMENAGEM. AGRICULTURA.
Indexação
  • HOMENAGEM, ASSOCIAÇÃO NACIONAL, PRODUTOR, ALGODÃO, MOTIVO, CONTRIBUIÇÃO, AUMENTO, PRODUTIVIDADE, PRODUTO AGRICOLA, IMPORTANCIA, ABASTECIMENTO, INDUSTRIA NACIONAL, COMENTARIO, CURRICULO, EX PRESIDENTE, SOCIEDADE CIVIL, ANUNCIO, REALIZAÇÃO, AUDIENCIA PUBLICA, LOCAL, COMISSÃO DE AGRICULTURA, SENADO, OBJETIVO, DEBATE, MELHORIA, PRODUÇÃO AGRICOLA, BRASIL.

            O SR. CIDINHO SANTOS (Bloco/PR - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Mozarildo; Srªs e Srs. Senadores; telespectadores da TV Senado; ouvintes da Rádio Senado, venho à tribuna hoje para homenagear a Associação Brasileira de Produtores de Algodão, a Abrapa, e a nova diretoria da entidade, que assume na data de hoje, para o biênio 2013/2014.

            O Presidente Gilson Pinesso, do nosso querido Estado do Mato Grosso, vem substituir o Sérgio De Marco, outro produtor mato-grossense. E o próprio Gilson Pinesso, em seu pronunciamento, numa entrevista recente, disse a seguinte frase:

Vamos dar seguimento a tudo que vem sendo feito com o objetivo de sempre evoluir nos campos ambiental, social e econômico.

A palavra para se alcançar tudo isso é continuidade. Continuidade dos trabalhos. Continuidade dos esforços. E, sobretudo, continuidade da união, termo que também representa os cotonicultores brasileiros e os demais elos da cadeia.

            A partir da fundação da Abrapa, Sr. Presidente, em 1999, os ganhos de produtividade soam significativos: enquanto a aérea plantada se mantém, na média, em quantidades menores, no período anterior à Abrapa, a produção registra aumentos substancias.

            Saímos da condição de importadores para, em 2001, garantirmos a autossuficiência da produção de algodão e abastecimento da indústria nacional.

            A otirnização do uso do solo permite o crescimento da oferta de algodão e, ao mesmo tempo, coloca o País na trilha da preservação e da sustentabilidade.

            No grandioso cenário mundial do agronegócio, o algodão brasileiro também se destaca: é o 5º maior produtor, com mais de 1,8 miihão de toneladas na safra recorde de 2011/2012. O Brasil é o 3º maior país exportador, é o 1º em produtividade em sequeiro, e o 5º maior consumidor, com quase 1 milhão de toneladas/ano.

            No início do mês passado, a Abrapa, sob a liderança do Presidente Sérgio De Marco, marcou presença no encontro anual da Internationa! Cotton Association (ICA), em Hong Kong, na China, e fizeram parte da comitiva brasileira: o Presidente que hoje empossa, Dr. Gilson Pinesso, ex-Presidente da nossa Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão; João Carlos Jacobsen Rodrigues e Paulo Shimohira, também da diretoria; e Eduardo Logemann e Eraí Scheffer Maggi, dos conselhos para o biênio 2013-2014.

            Entre outros representantes e dirigentes dessa comitiva, quero destacar que esteve presente o Senador Blairo Maggi, que foi o primeiro Presidente da Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão, a Ampa, fundada em 1997.

            Quero parabenizar o Presidente da atual gestão, Dr. Sérgio De Marco, pelo lançamento do programa Algodão Brasileiro Responsável, uma síntese da união dos cotonicultores brasileiros em prol de uma produção responsável com o futuro das próximas gerações.

            Sérgio de Marco é, desde setembro de 2005, o Presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, que compõe a estrutura funcional do Conselho Nacional do Agronegócio, para propor apoiar e acompanhar as ações para o desenvolvimento do setor.

            E queria falar um pouquinho sobre o currículo do nosso produtor Sérgio De Marco, até para homenageá-lo pelo trabalho prestado à frente da Ampa, à frente da Abrapa e também na Cadeia do Algodão no Ministério da Agricultura.

            Sérgio de Marco, 57 anos, casado com a Dona Ivete Brisot De Marco, 2 filhos, nasceu na cidade de Xapecó, Santa Catarina. Pertencente a uma família de agricultores, começou a carreira em Xapecó, como gerente da Extrafino, empresa precursora da Ceval, que foi, posteriormente, incorporada pela Bunge Alimentos.

            Permaneceu, nessa posição, até os 26 anos, de onde saiu para constituir, em sociedade com o irmão, uma empresa para comercialização de combustíveis e outra especializada em transporte frigorífico, no oeste catarinense. Atuou como Presidente do Lions Clube de Xapecó, desenvolvendo várias ações comunitárias naquela localidade.

            Em 1983, transferiu-se para Rondonópolis, onde reside desde então, desenvolvendo atividades agropecuárias na região.

            Acompanhamos os bons resultados do algodão, no Cerrado de Mato Grosso, em 1997. O Grupo BDM Brisot De Marco, do qual participa, em uma sociedade familiar, ingressou nessa nova cultura, em Campo Verde. Atualmente, cultiva soja, milho e algodão, na região sul do Estado e, além da exploração agrícola e da agropecuária em suas propriedades, o grupo BDM marca a sua atuação na exportação de algodão, para o mercado internacional e possui usinas de beneficiamento de algodão.

            Desde setembro de 2005 até os dias de hoje, o Sr. Sérgio De Marco é Presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados. Essa Câmara compõe a estrutura funcional do Conselho Nacional do Agronegócio e também tem por finalidade propor, apoiar e acompanhar as ações para o desenvolvimento do setor.

            Foi eleito, em março de 2006, Presidente da Coopercotton - Cooperativa de Cotonicultores de Mato Grosso, com sede em Rondonópolis. Foi idealizador e fundador da Ampa - Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão.

            Em 5 de maio de 2006, assumiu a Presidência da Abrapa, participou da diretoria da entidade e de sua fundação e, em 2004, tomou posse como Vice-Presidente.

            Em 3 de maio de 2006, assumiu a Vice-Presidência da Abrapa, Associação Brasileira de Produtores de Algodão, e, em junho de 2010, foi eleito Presidente da instituição para o biênio 2011/2012.

            Isso é um pouco do currículo do Presidente que hoje deixa a Abrapa, o produtor rural Sérgio De Marco.

            A você, Sérgio, à sua diretoria, parabéns pelo trabalho à frente da entidade! E ao novo Presidente, Gilson Pinesso, e aos demais representantes de Diretoria, queremos desejar-lhes um excelente trabalho à frente da entidade. Sabemos que o Gilson tem o currículo e a experiência necessária para dar continuidade ao trabalho desenvolvido ao longo dos anos, no intuito de solidificar a imagem da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão - Abrapa.

            Posso afirmar que os homens passam, mas seus trabalhos permanecem. Senhoras e senhores, todas as marcas nós deixamos mediante o nosso trabalho sobre a terra. Quando trabalhamos em conjunto nos ligando ou nos unindo a outras pessoas, nós criamos as instituições. Quanto mais forte for a ligação entre as pessoas, mais fortes serão as instituições. Os homens passam e as instituições ficam.

            Registro os parabéns ao Sérgio De Marco, a toda a sua Diretoria, mais uma vez, e também à nova Diretoria que ora assume, já com um grande desafio, Sr. Presidente. Há pouco, tivemos uma reunião com o Presidente da Comissão de Agricultura, o nosso colega Senador Acir, lá de Rondônia. Destaco que, se no agronegócio, o Governo não atrapalhasse, já nos ajudaria bastante.

            E, quanto ao algodão, àqueles números que citei aqui, ressalte-se a importância desse segmento para a economia do Brasil. No momento, o Governo, além de não nos ajudar, atrapalha-nos. Uma portaria do Ministério do Meio Ambiente, mais precisamente do Ibama, em conjunto com o Ministério da Agricultura, proíbe a aplicação aérea de alguns inseticidas da cultura do algodão, o que vai acabar, se permanecer essa portaria, inviabilizando totalmente essa cultura no Brasil e deixando milhões de famílias desempregadas, porque essa cadeia de produção gera muito emprego no Brasil. Hoje, mais de um milhão de funcionários trabalham, direta ou indiretamente, na cadeia produtiva do algodão, e não me refiro somente à produção da lavoura, mas também ao beneficiamento do algodão, às malharias, às confecções, que todos fazem parte da mesma cadeia.

            E essa portaria é do Ibama e do Ministério da Agricultura, que, em vez de se preocuparem com a nossa produção agrícola e desenvolver nosso País, estão preocupados com a questão da multiplicação das abelhas, proibindo a aplicação aérea nas agriculturas brasileiras, especialmente do algodão. Nós, que vivemos no campo, sabemos que, como, no mês de janeiro, principalmente no Estado do Mato Grosso, nos Estados da região Centro-Oeste, chove de dia e de noite, é praticamente impossível entrar com um trator em qualquer lavoura. A pulverização tem que ser feita em regime de urgência e se recorre à pulverização aérea para proceder a esse combate de forma rápida e eficiente.

            Quando o Governo vem com uma portaria dessas, atrapalhando e inviabilizando um segmento importante da sociedade brasileira, da nossa economia, que corresponde a uma boa parcela do PIB, ficamos preocupados.

            No dia 13, na Comissão da Agricultura, nós teremos uma audiência pública, para a qual será chamado o Ministério da Agricultura, o Ministério do Meio Ambiente, a Embrapa, os produtores rurais, a Abrapa, para debatermos o que nós queremos para o Brasil, se é trabalharmos para produzir com qualidade, com eficiência uma cadeia que orgulha o Brasil, como a cadeia do algodão - em qualquer país a que você vá, China ou Japão, o algodão brasileiro é elogiado -, ou se é vivermos envolvidos com pequenas coisas, com picuinhas - se a abelha está crescendo ou está diminuindo -, e prejudicarmos um segmento desses, que é o segmento do algodão no Brasil.

            Por isso a nossa preocupação, Presidente Mozarildo. O Senador Blairo Maggi, inclusive, veio a Brasília e está acompanhando esse movimento hoje. Ele vai falar com a Ministra da Casa Civil dessa preocupação de que, se o Governo não puder nos ajudar, que, pelo menos, ele não nos atrapalhe.

            Era só isso, Sr. Presidente.

            Muito obrigado. Agradeço a compreensão do tempo excedido.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/12/2012 - Página 66379