Discurso durante a 229ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração dos 200 anos da imigração chinesa no Brasil.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração dos 200 anos da imigração chinesa no Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 11/12/2012 - Página 67974
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • CUMPRIMENTO, AUTORIDADE, SENADOR, PRESENÇA, SESSÃO ESPECIAL, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO, IMIGRAÇÃO, PESSOAS, PAIS ESTRANGEIRO, CHINA, RELAÇÃO, BRASIL, COMENTARIO, COOPERAÇÃO ECONOMICA, COOPERAÇÃO INTERPARLAMENTAR, PAIS.

            O SR. VALDIR RAUPP (Bloco/PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente dos trabalhos desta sessão, Senador Flexa Ribeiro; Exmo Sr. Embaixador da República Popular da China, Sr. Li Jinzhang; primeiro signatário da presente sessão, Senador Flexa -- de quem já falamos --; Primeiro-Secretário do Senado Federal, Sr. Senador Cícero Lucena; Presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-China da Câmara dos Deputados, Sr. Deputado Federal Osmar Júnior; Sr. Senador Casildo Maldaner; demais membros da Mesa; minhas senhoras e meus senhores

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, neste momento em que o Senado da República celebra os 200 anos do início da imigração chinesa para o Brasil, venho render minhas homenagens a esse povo culto, honrado e trabalhador, que tem ajudado o nosso País a crescer, a prosperar e a se tornar a sexta economia mundial.

            De fato, desde que os chineses aqui chegaram, em 1812, vindos originalmente de Macau, para introduzir a cultura do chá no Brasil a convite do Rei D. João VI, eles têm dado inúmeras contribuições ao nosso País, com seus restaurantes típicos, com a técnica da acupuntura e das artes marciais. Muitos descendentes de chineses, hoje, são grandes empresários, que geram empregos e melhoram a vida do nosso povo.

            Apesar de a China ser um país milenar e o Brasil um país tão jovem, ambos possuem economias complementares, que oferecem uma multiplicidade de oportunidades.

            No ano passado, o comércio entre os dois países alcançou US$77,1 bilhões, superando o comércio que realizamos com os Estados Unidos. Para 2012, a estimativa é de que esse patamar alcance os US$100 bilhões não apenas na compra e venda de produtos e serviços, mas também de investimentos. A China tem um desejo muito grande de investir no Brasil, em áreas estratégicas como a da alta tecnologia e infraestrutura, o que inclui trens de alta velocidade, portos e energia, e tantas outras. Mas não é apenas isso. Precisamos incrementar nossas relações culturais nos mais diversos aspectos, principalmente na educação, na saúde, no turismo e nos esportes.

            Temos muito a aprender com a China e sua cultura milenar!

            A recente instalação do Mecanismo de Intercâmbio Parlamentar Brasil-China, ocorrido em junho deste ano, no Grande Salão do Povo, em Pequim, é um grande passo para o aprofundamento de nossas relações bilaterais. Por meio desse instrumento, será possível acelerar a implementação de acordos entre os dois países, facilitar os debates e aperfeiçoar o funcionamento dos Legislativos de ambos os países, ajustando as legislações convergentes.

            Quando, em 1974, o Brasil reatou relações diplomáticas com a China, no Governo do então Presidente Ernesto Geisel, não poderíamos imaginar que nossas relações bilaterais chegariam ao nível de hoje.

            Naquela época, o PIB da China era de pouco mais de US$150 bilhões, e suas exportações mal superavam a casa dos US$6 bilhões. Hoje, a China é a segunda potência econômica mundial e já é o maior parceiro comercial do Brasil. Isso, senhoras e senhores, é a prova maior de que só a cooperação é capaz de desarmar as mentes, unir os povos e implantar uma verdadeira cultura de paz e de prosperidade na Terra.

            Os laços de amizade que unem chineses e brasileiros estão cada vez mais fortes, mais consolidados. E a tendência é de que ele se intensifique ainda mais, a partir da eleição do Presidente Xi Jinping, em substituição ao atual Presidente Hu Jintao. A esse respeito, aliás, o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, já se manifestou, dizendo que a relação entre o Brasil e a China permanecerá intensa e inalterada.

            Portanto, deixo registradas as minhas mais profundas homenagens a todos os chineses que vieram ao Brasil e aos seus descendentes, reafirmando meu desejo e de todo o Estado de Rondônia -- e por que não do povo brasileiro? -- para que o relacionamento entre os nossos dois países seja cada vez mais profundo, intenso e produtivo.

            Cumprimento, nesta oportunidade, S. Exª o Sr. Li Jinzhang, Embaixador da República Popular da China no Brasil, e também o Senador Flexa Ribeiro, Presidente do Grupo Parlamentar Brasil-China, autor do requerimento para que esta Casa homenageasse, no dia de hoje, o bicentenário da imigração chinesa ao Brasil.

            Era o que tinha, Sr. Presidente, a dizer.

            Muito obrigado.

            Parabéns a todos os chineses! (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/12/2012 - Página 67974