Discurso durante a 235ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração dos quarenta anos da Rede Amazônica de Rádio e Televisão.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração dos quarenta anos da Rede Amazônica de Rádio e Televisão.
Publicação
Publicação no DSF de 18/12/2012 - Página 72468
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, REDE DE TELECOMUNICAÇÕES, EMISSORA, RADIO, TELEVISÃO, IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, INTEGRAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, REGIÃO AMAZONICA.

            O SR. VALDIR RAUPP (Bloco/PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, José Sarney, que preside esta sessão; Dr. Phelippe Daou, guerreiro, que está revolucionando a comunicação na Amazônia; Senadora Vanessa Grazziotin, autora do requerimento desta sessão de homenagem; Dr. Moreira, da sucursal de Brasília; Srªs Senadoras e Srs. Senadores, Deputados e Deputadas, senhoras e senhores, na Mesa desta sessão, há dois homens com histórias parecidas: um, na área da comunicação, Dr. Phelippe Daou, e outro, na política, o Presidente Sarney, que, no período difícil da transição democrática, presidiu o nosso País por 5 anos, e voltou a presidir na última semana, em virtude da viagem da Presidente e do Vice-Presidente.

            O Presidente Sarney fez história na política pela sua serenidade, pelo seu temperamento, por ter dado ao País uma transição tranquila, implantando programas que estão sendo seguidos até hoje, como os programas sociais, que são seguidos por outros presidentes. Então, parabenizo, neste momento, o Presidente Sarney, pelo trabalho e porque está terminando também esta gestão na Presidência do Senado, tranquila, serena, com muitas ações, com muitos projetos de interesse do nosso País sendo votados. Ainda esta semana, vamos votar muitos projetos importantes para o nosso País, aqui, no Congresso Nacional, no Senado e na Câmara. (Palmas.)

            E é com muita alegria, senhoras e senhores, que participo hoje desta sessão especial destinada a comemorar os 40 anos de existência da Rede Amazônica de Rádio e Televisão, requerida pela ilustre Senadora Vanessa Grazziotin.

            De fato, é notável e digna de ser comemorada a existência da Rede Amazônica. Notável pela dimensão da obra construída sob a liderança do jornalista e empresário Phelippe Daou, seu fundador e presidente. Digna de ser comemorada pelos serviços que presta à nossa região, tão isolada quanto carente em relação às condições de vida experimentadas em outras regiões do Brasil.

            Em 1968, Phelippe Daou, Robert Daou, infelizmente já falecido, Milton Cordeiro e Joaquim Margarido fundaram a Amazonas Publicidade, empresa que seria o embrião da Rede Amazônica de Rádio e Televisão. Em concorrência pública, obtiveram a concessão de um canal de televisão para a cidade de Manaus, instalado em 10 de agosto de 1972.

            Eu ainda não havia chegado à Amazônia. Cheguei em 1977, ao Estado de Rondônia.

            Estava dada a partida para a construção da grande rede de rádio e televisão, hoje composta por 13 emissoras próprias, que transmitem a programação da Rede Globo de Televisão e cobrem 5 Estados e 146 Municípios da Amazônia.

            A história de pioneirismo da Rede Amazônica tem muitos episódios relevantes. Em 1988, foi lançado o Amazon Sat, um canal de satélite que permitia a integração das emissoras da Rede. Atualmente, o Amazon Sat é um canal de TV aberto, que pode ser assistido nos Estados cobertos por emissoras da Rede Amazônica ou por meio de antenas parabólicas. E vai além das fronteiras do nosso País. Muitos países do mundo, hoje, mundo afora, assistem - brasileiros que lá estão ou não brasileiros - à programação e às belezas da nossa Amazônia e do nosso Brasil pelo Amazon Sat. Hoje, cada uma das emissoras da Rede tem retransmissoras nas cidades do interior dos cinco Estados da Região Norte e por ela alcançados.

            Hoje, eu estava, ali no Cafezinho do Senado, conversando com um ex-diretor da Rede, em Cacoal, cidade que me acolheu, em Rondônia - fui vereador, em 1982, na cidade de Cacoal -, Daniel Ganda, que foi gerente daquela emissora. E ele estava relembrando uma história, quando eu fui prefeito da cidade de Rolim de Moura, por dois mandatos. A antena da Rede era na caixa d’água da prefeitura. Quer dizer, um Município recém-criado, fui o primeiro prefeito da cidade, e já estava lá a Rede Amazônica, que hoje tem um belo estúdio. E vai ser inaugurada, agora, a geradora - não é, Dr. Phelippe? Rolim de Moura vai ser geradora também, vai transmitir programas direto. E assim deve ter sido na grande maioria dos Municípios da Amazônia, onde a Rede, hoje, tem estúdios modernos e já entrando também na era digital.

            Com isso, a Rede Amazônica cobre a maior região brasileira em extensão geográfica, sendo a segunda rede regional de televisão, em número de estações, atrás apenas da RBS, que opera em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

            Somam-se à rede de televisão quatro emissoras de rádio FM, em Manaus, Macapá, Rio Branco e Guajará-Mirim, no meu Estado de Rondônia, na fronteira com a Bolívia. E o Dr. Phelippe tem um carinho muito especial e sempre está pedindo pela população não só da Amazônia, mas de Guajará-Mirim também. Está ali o Dr. Lauro Morhy, que foi Reitor da Universidade de Brasília, nascido em Guajará-Mirim, também um entusiasta da cultura daquela cidade. O Dr. Phelippe sempre tem pedido aos governadores que por lá têm passado e ao Governador atual. Recentemente, na inauguração da TV digital, em Porto Velho, ele pediu, encarecidamente, ao Governador que ajudasse a cidade de Guajará-Mirim, lá na fronteira com a Bolívia.

            Uma emissora AM, em Manacapuru, e outras duas que transmitem via Internet. As emissoras de Rio Branco, Macapá e Manaus são integradas via satélite e formam a Rede Amazônica de Rádio, com programação gerada em Manaus. A rede atua também na área educacional, por meio da fundação Rede Amazônica.

            Em Rondônia, a Rede Amazônica foi e é um importante veículo de informação, de desenvolvimento e de integração da população rondoniense, contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento do Estado, da preservação e da divulgação da cultura amazônica.

            No começo deste mês, ressalto que o Presidente Phelippe Daou assinou termo de cooperação técnica com a Telebrás para levar o Programa Nacional de Banda Larga à população da Amazônia Ocidental e do Amapá. O acordo busca atender também a infraestrutura de telecomunicações necessária à Copa do Mundo de 2014, que terá Manaus como uma de suas sedes. E aqui parabenizo o Governador, Senador Eduardo Braga, Prefeito de Manaus, Governador, Senador, Líder do Governo aqui no Senado, a Senadora Vanessa Grazziotin e todos os amazônidas, pela sede que ganhou, sede também da Copa do Mundo, em Manaus.

            O sonho de construir a grande rede de comunicação capaz de ajudar a desenvolver e integrar a Amazônia segue guiando a Rede Amazônica.

            Esse sonho de dar voz à Amazônia pode ser bem traduzido em uma frase recente do empresário e jornalista Phelippe Daou: “Admiro mesmo é o homem da Amazônia, que defende a região, recebe bem as pessoas, oferece seus conhecimentos para quem quer aprender, mas não é ouvido pelos salvadores da Amazônia”. A Amazônia precisa ser mais ouvida. O senhor tem razão, Dr. Phelippe, o homem da Amazônia precisa ser mais ouvido. O Brasil tem que ouvir o homem da Amazônia. E olhem que nós estamos preservando. De vez em quando, gritam mundo afora que a Amazônia está sendo devastada, mas em torno de 81% da Amazônia está preservado; apenas 20% foi desmatado para uso. Também lá existem mais de 20 milhões de brasileiros que habitam a Amazônia.

            Por isso e pelo que já foi feito nesses últimos 40 anos, quero dar meus sinceros parabéns ao Presidente Phelippe Daou e a todos os funcionários, inclusive os que já passaram pela Rede Amazônica de Rádio e Televisão; que eles continuem sempre esse trabalho nobre e imprescindível de dar voz e vez à nossa Amazônia.

            Muito obrigado. (Palmas).


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/12/2012 - Página 72468