O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA. Para discutir. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, vou começar o meu pronunciamento na tarde de hoje pedindo permissão ao Senador Requião para que eu possa usar o mesmo termo que V. Exª, Senador Requião… Senador Requião, eu lhe escutei atentamente e gostaria que V. Exª pudesse me escutar um pouco.

            Eu gostaria de pedir permissão a V. Exª para poder usar o mesmo termo que V. Exª usou aqui, quando entrou nesta tribuna; quero entrar exatamente como V. Exª entrou. V. Exª entrou dizendo: “Eu estou decepcionado…”. E olhava os Senadores do PSDB. Eu estou decepcionado, Senador Requião, com a Presidenta da República, porque ela faltou com a verdade ao povo brasileiro, Senador, quando ela mentiu à Nação. Ela mentiu à Nação há 15 dias do segundo turno das eleições! Estou dizendo, coloque nas notas taquigráficas deste Senado, o que este Senador está dizendo. Ela prometeu ao povo brasileiro, Presidente, está aqui na minha mão a prova autêntica. Ela prometeu baixar 25%, não é 20%, não. É isso aqui que o PSDB questiona, é a sinceridade, Presidente. Este Governo cresceu mentindo. Esse Governo do PT e seus associados cresceram, chegaram à presidência da República mentindo aos brasileiros.

            O Lula disse, Pedro Taques, que ia resolver o problema dos aposentados no Brasil. Eu queria ver a Presidenta, Srªs e Srs. Senadores, ter coragem, Senador Renan Calheiros, de dizer a todos, a todos os que comungam e votam o que ela manda. Manda, Presidente, manda, manda votar esse Projeto de Aécio Neves, que já está na Mesa, pedindo a promessa de V. Exª aos brasileiros, pedindo que V. Exª -- está aqui o Projeto de Aécio Neves --, faça, Presidenta, tenha coragem de pedir à sua Base para aprovar esse projeto, Presidenta, mas não minta à Nação brasileira. V. Exª prometeu que tiraria… Está aqui, Presidenta: “eu estou assumindo um compromisso de redução, inclusive no sentido de zerar, tanto o PIS/Cofins de energia como de transporte de saneamento.”

            É isso, Requião, é isso que queremos, que o Governo não minta à população brasileira. É isso, Senador Requião. Presidente, deixe registrado nos Anais desta Casa, no dia de hoje, que o PSDB não quer 20%, não; o PSDB quer 25%;o PSDB quer que a Presidenta cumpra com a palavra dela à Nação brasileira, Presidente. É isso o que o PSDB quer, meu querido Requião. Não culpe Fernando Henrique Cardoso. Esse homem que V. Exª quis culpar aqui nesta tribuna, na tarde de hoje, respeitado Senador Requião, ainda vão chamar de o herói deste País. Espere, Senador Requião, que V. Exª ou os filhos de V. Exª ainda vão testemunhar a história desta Nação. O que nós queremos, Senador, Senadores, é a sinceridade à Nação. Estamos cansados dessa tática baixa e covarde. O que o PT quer, neste momento, é tirar a culpa de cima do Lula na história do mensalão, desse famoso mensalão. Esse Partido manchou a história da Nação e se consagrou o maior formador de corrupção da história deste País. O que eles querem, Pedro Taques, é chamar a atenção para um outro fato, tentando jogar nas costas do PSDB coisas que não foram ditas por nós. No momento em que aquele senhor… Como é o nome dele, aquele careca? Valério, Valério. Olha eu esquecendo agora o nome do Valério. No momento em que aquele senhor foi ao Ministério Público dizer que o Lula sabia de tudo, Pedro Simon. Hoje, Valério disse que foi ao Ministério Público… Esse não é o Fernando Henrique Cardoso não, esse é o Lula. É o Lula. Bateu um recorde, em toda a história brasileira, por consecutivos -- quase que mensais -- escândalos nesta Nação. E o Valério, meus caros Senadores e Senadoras, disse que tem prova. Disse que prova! Aí, o PT cai no desespero. “Vamos pôr a culpa no PSDB em alguma coisa. Temos de tirar, desvirtuar!”

            Não vai, não vai apagar jamais! Não apaga nunca. Vocês já estão na história desta Nação. A história desta Nação coloca vocês, petistas, como os maiores corruptos desta Nação!

            Este Senador, por várias vezes, veio aqui a esta tribuna anunciar, como se fosse um pajé lá do meu Estado do Pará, como se fosse a dona Eneida, lá de Soure, que dizem que acerta tudo, lá da Ilha do Marajó. Eu vim aqui dizer sempre, Aécio Neves, daqui a dois ou três dias haverá novo escândalo.

            Lembro-me muito bem, Pedro Taques, quando começaram os escândalos no Ministério. Eu, pelo menos, acertei em quatro, Pedro Taques. Pelos menos em quatro eu acertei que iriam cair!

            Dilma, minha querida Dilma. Estás perdoada porque mentiste. Estás perdoada, Dilma! Tudo bem, tu mentiu. Acabou! Tu não vai dar 25% como prometeu. Vai dar só 20%. Mas faz um favor, minha Dilma querida. Sinceramente, Dilma, manda sua base aprovar o projeto do Aécio Neves. Este projeto, Dilma, te consagra. Sabe por quê? Apaga a tua mentira! Este projeto era aquilo que ela prometeu, que queria fazer, e o fez agora. E você está dando a grande oportunidade para que ela possa tirar a mentira dela publicamente, quando fez há quinze dias do segundo turno das eleições. Há quinze dias!

            Esse é o PT! Esse é o Partido dos Trabalhadores!

            Ah, se a gente pudesse falar meia hora! Uma hora aqui…

            (Interrupção do som.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - Eu queria poder fazer uma comparação.

            O SR. PRESIDENTE (Anibal Diniz. Bloco/PT - AC) - Para concluir, Senador.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - Entre os governos de Fernando Henrique Cardoso e o governo do PT. Mas, na hora em que quiserem, a gente pode começar. É só comparar os escândalos do Fernando Henrique Cardoso, no seu Governo, e comparar os escândalos do Lula e da Dilma. Não é só do Lula, não. A Dilma continua a bandalheira.

            Manda, Dilma, manda uma medida provisória para cá, para acabar com a bandalheira do teu Governo!

            Muito obrigado, Presidente.