O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, não é mais minha intenção, Sr. Presidente José Sarney, vir a esta tribuna falar sobre esse assunto porque, ainda há pouco, passei aqui dez minutos falando a verdade à Nação brasileira.

            Mas, Sr. Presidente, ao me encaminhar à minha residência na noite de hoje, não sairá, com certeza absoluta, da minha cabeça o que acontece na tarde de hoje aqui neste Senado.

            Incrível, Sr. Presidente, era bom que V. Exª pudesse me arrumar uma fita que pudesse ter a gravação do que ocorreu há poucos minutos. A oposição brasileira pedindo para não tirar mais do bolso do povo; a oposição brasileira queria mais desconto da conta de luz; a oposição brasileira queria que a Presidenta Dilma cumprisse com a palavra dela e não passasse mais por mentirosa à Nação brasileira.

            Na hora em que perdemos, Senador Renan Calheiros, na hora em que perdemos a votação em que brigávamos a favor do povo brasileiro, o que se viu aqui, Senador Jayme Campos, foram aplausos para a derrota do povo brasileiro, Senador. A TV Senado não sei se mostrou os Senadores aplaudindo a vitória da Presidenta e a derrota do povo brasileiro, a miséria do povo brasileiro.

            Dilma, Presidenta Dilma, Vossa Excelência tem tudo!

            Vi na televisão que, só de empregados, V. Exª tem 142.

            Tudo o que queres na vida, Dilma, tu tens. Mas, se tu fores num bairro do Rio de Janeiro, num bairro de São Paulo, num bairro do Pará, tu vais ver que não tem energia nas ruas. As ruas são escuras. E, lá na cobrança da conta de luz, está a taxa de iluminação pública, Presidenta Dilma.

            Aqui, os teus Senadores, neste momento, aplaudiram a desgraça do povo brasileiro, Presidenta Dilma.

            (Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - Que vergonha! Que exemplo dá este Senado à Nação. Que vergonha aqueles que dependem do Governo! Que vergonha aqueles que não são independentes, aqueles que trabalham contra a população brasileira para agradar a vontade da Presidenta e para depois serem retribuídos.

            O PSDB sai esta tarde, daqui deste Senado Federal, com a consciência do dever cumprido. Nós não queríamos só 20%: nós queríamos uma baixa de 25%, uma diminuição de 25%, conforme declarou a Presidenta da República que iria fazer, a 10 dias, a 15 dias do segundo turno das eleições presidenciais.

            Desço desta tribuna, Sr. Presidente, mais uma vez dizendo à Nação brasileira que esse Governo que está aí chegou ao poder mentindo, mentindo e mentindo ao povo brasileiro.

            Muito obrigado, Presidente.